terça-feira, 30 de setembro de 2014
VII Congresso Europeu
de Famílias Numerosas encerrou, dia 20 de setembro, em Cascais
Portugal
está na cauda da Europa não só na taxa de natalidade de 1.2 filhos por mulher,
bem longe dos 2.1 necessários para a reposição das gerações. Portugal está
também na cauda da Europa nas transferências do Estado para as famílias, com
1,5% do PIB, contra 2,3% da média europeia.
Este
cenário conduziu a um défice atual de um milhão e 400 mil crianças, uma difícil
situação tendo em vista não só a sustentabilidade do modelo social português
como também da própria coesão social.
Estas
são as principais conclusões de um estudo apresentado no VII Congresso Europeu
das Famílias Numerosas, realizado pelo Gabinete de Estudos da APFN, baseado numa
análise alargada e comparativa de 15 países europeus.
Em
representação do Primeiro-Ministro, o secretário de Estado Pedro Lomba
reconheceu “os infernos” pelos quais as famílias têm que passar, “mesmo em
coisas tão simples como encontrar uma creche para os seus filhos”. O mesmo
responsável frisou que “o governo lançou uma estratégia nacional para a
natalidade, como corolário da liberdade e da justiça social” deixando a promessa
de que “o governo saberá transformar em medidas concretas os vossos trabalhos e
as vossas conclusões”.
Clara
Gaymard, Presidente da GE France e mãe de nove filhos, referiu que, neste
momento, “o que importa é tornar o futuro possível”, frisando que a sua opção de
mãe e profissional só foi possível “pelo contexto francês de apoio abrangente às
famílias, em especial as famílias numerosas”.
Livia
Oláh, investigadora de demografia na Universidade de Estocolmo, apresentou os
vários modelos de organização social da Europa, demonstrando que, em matéria de
família, os países nórdicos e França são aqueles que, objetivamente, conseguiram
manter padrões equilibrados de natalidade e coesão. Esses países registam um
investimento importante nas políticas de família como um todo – natalidade,
conciliação, sistema fiscal, abono de família, infraestruturas, etc.
Martin
Werding, economista e consultor do governo alemão para as questões da Família,
insistiu na urgência de se ter em conta que cada criança representa um
investimento de retorno económico e social incontornável para a sustentabilidade
global das sociedades.
O
VII Congresso Europeu das Famílias Numerosas decorreu em Cascais nos dias 19 e
20 de setembro, contado com a participação de centenas de pessoas, oriundas de
14 países europeus.
Estiveram
presentes no evento a Ministra da Hungria para a Família e a Juventude, o
Presidente da Câmara de Cascais, os secretários de Estado Pedro Lomba e Cardoso
da Costa, os deputados Elsa Cordeiro (PSD) e José Ribeiro e Castro (CDS).
APFN,
21 de Setembro de 2014
Sobre
a APFN – Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
A
APFN foi formalmente constituída em 1999 e integra famílias com três ou mais
filhos. Acredita e defende os valores da família, contando atualmente com mais
de 10.000 associados. A APFN pretende, com a sua actividade, mudar as
mentalidades e as políticas relativamente à família e transformar o actual
cenário de inverno demográfico que, se não for alterado, continuará a conduzir à
insustentabilidade económica e social do país. A APFN acredita na família como a
solução do futuro e enquanto resposta histórica em todos os momentos de crise.
Está convicta que o país precisa de mais crianças e jovens mas também precisa
que essas crianças e jovens possuam as competências suficientes para enfrentar
os desafios do Futuro. O lema da APFN é “Apostar na Família é construir o
Futuro”.
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