quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Balanço negativo da liberalização do aborto



A Federação Portuguesa pela Vida quer mais informação de apoio à grávida e o fim da gratuitidade da interrupção voluntária da gravidez. No balanço dos sete anos sobre o referendo, a Federação Portuguesa pela Vida faz um retrato negro da aplicação da lei.

Em sete anos foram realizados cerca de 120 mil abortos em Portugal. Números que preocupam Isilda Pegado, da Federação Portuguesa pela Vida. “Em relação às 120 mil pessoas é como se pensássemos que Aveiro, que é uma cidade grande, de um momento para o outro ficasse sem gente. Era uma cidade fantasma. Foi aquilo que fizemos nestes sete anos. Fizemos uma cidade fantasma. E por isso, temos algumas salas vazias de crianças, porque algumas já estavam a ir para a escola e, por isso, temos professores sem alunos”.

O que faz falta, diz Isilda Pegado, é “mudar a regulamentação que está implementada em Portugal. É preciso que haja mais informação dos sistemas de apoio à grávida. Essa informação não é dada. É dada toda a informação ao aborto, mas em relação ao prosseguimento da maternidade essa informação é omitida”.

Além disso, sublinha, é essencial “valorizar de forma muito efectiva a maternidade, nomeadamente através das leis do trabalho. É preciso que deixe de existir o subsídio de maternidade para quem faz um aborto”.

Os números de sete anos sobre o referendo que despenalizou o aborto até às 10 semanas de gravidez não se esgotam nas 120 mil interrupções da gravidez registadas.
Há outros dados importantes, resultado do cruzamento de dados da Direcção-Geral da Saúde com outros do Instituto Nacional de Estatística.

“Aquilo que vemos, comparando os dados que estão disponíveis no INE relativamente à coabitação das mães que têm filhos e os dados quer a DGS disponibiliza também sobre o mesmo indicador, é que há um número de abortos igual a 80% do total de nascimentos das mães que não vivem com o pai do seu bebé, enquanto nas mães que vivem com o pai do seu bebé este número é de apenas 12%”, explicou Francisco Vilhena da Cunha, da Federação Portuguesa pela Vida.

Dois dados apresentados esta tarde, no Parlamento, durante o colóquio “Sete anos sobre o referendo do aborto: como estamos hoje”.

Fonte: Rádio Renascençahttp://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=138744

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