sábado, 8 de junho de 2013

O papel do pai na educação de uma criança


A propósito deste post, leia-se o seguinte:

Há muito que os psicólogos acreditam que o envolvimento do pai na educação das crianças é fundamental. São cada vez mais as provas científicas que sugerem que o pai participa nesse processo - em especial aquele que está disponível emocionalmente para os filhos - contribui de uma maneira para o bem-estar das crianças. Os pais têm um poder de influência nas crianças que as mães não têm, em particular nas áreas do seu relacionamento com os colegas e do aproveitamento escolar. A investigação indica, por exemplo, que os rapazes com pais ausentes sentem mais dificuldades a descobrir o equilíbrio entre a afirmação da sua masculinidade e o autodomínio. Por conseguinte, é-lhes mais difícil aprender o autocontrolo e prolongar o prazer, capacidades que se tornam cada vez mais importantes à medida que os rapazes crescem e procuram as amizades, o sucesso académico e perseguem os objectivos de uma carreira. A presença do pai pode ter um significado profundo em termos de resultados académicos e também em termos de carreira, apesar de as provas nesta área serem um pouco mais ambíguas. No entanto, é claro que as raparigas cujos pais estiveram presentes e tiveram um envolvimento activo nas suas vidas têm menos tendência para se tornarem sexualmente promíscuas quando mais novas e terão tendência para estabelecer relações saudáveis com os homens quando atingirem a fase adulta.

A investigação revela também que a influência de um pai é duradoura. Um estudo efectuado a longo prazo, iniciado na década de 50, indica que as crianças, cujos pais estiveram presentes e participaram na sua educação quando elas tinham cinco anos, tornaram-se adultos mais indulgentes, com uma empatia superior àqueles cujos pais estiveram ausentes. Aos 41 anos, os participantes neste estudo, que em crianças tiveram mais calor do pai, tinham mais facilidade no estabelecimento de relações sociais mais sólidas. A prova deste facto estava nos casamentos mais estáveis, mais bem sucedidos, na relação com os seus próprios filhos e a sua participação em actividades recreativas com indivíduos exteriores à família.

in GOTTMAN, John, DeCLAIRE, Joan, (1999) A Inteligência Emocional na Educação, Pergaminho (pág. 168).
Sublinhados nossos.

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