segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dias de modernidade

Dentro de pouco tempo será muito normal que uma criança tenha dois pais ou duas mães (a luta pela adopção vai continuar), consuma livremente "drogas leves" na adolescência (não tardará…), opte nessa altura pela interrupção de uma gravidez que de repente deixou de desejar, ou não desejou de todo, e até se poupe razoavelmente cedo à luta contra uma doença apelando à eutanásia (outra discussão que não falha).
Por esse mundo fantástico, no qual todos os cidadãos serão completamente livres para não fazerem sacrifício algum, dou, desde já, os meus parabéns a Francisco Louçã, o homem que viu na fractura completa da sociedade portuguesa, em especial na vulgarização da instituição família, o cimento para fazer crescer uma nova ordem social e dentro dela o seu partido.
A José Sócrates, que pegou nestas bandeiras a reboque de interesses meramente políticos, e de controlo de danos eleitorais, concedo neste particular muito menos mérito do que aquele que ele provavelmente se achará credor.
A homossexualidade é um tema delicado. Mexe transversalmente em todos os partidos. Condiciona todas as intervenções. Hoje, um partido tradicionalista e conservador, como o PCP, onde a família conta, tem a posição que tem. E partidos como o PP e o PSD parecem envergonhados dos seus valores fundacionais. Há muita desorientação. Mas há, sobretudo, pouca coragem para assumir. Até posições políticas.
João Marcelino in DN

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