quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Violência doméstica e aborto

1) Esta notícia que nos dá conta de 43 mulheres vítimas de violência doméstica, em Portugal, só em 2008 é bem elucidativa da boçalidade e da falta de cultura cívica elementar que ainda há por aí.

2) Embora nos meios rurais e de baixa cultura e classe baixa seja uma fenómeno mais frequente, a violência doméstica existe em todas as classes sociais, incluíndo nas mais altas.

3) Está subjacente um comportamento cultural e civilizacional grave, demonstrativo da falta de personalidade e educação básica por parte de muitos homens.
Uma ideia de machismo cretino, próprio de sociedades subdesenvolvidas.

4) No outro dia, soube de um juíz que, a seguir às refeições, tomava a iniciativa de lavar os pratos e, ao deitar, preparava o farnel dos filhos. Para muitos, isto é sinal de "homem-banana", "homem que não se saber impôr", etc.etc.

5) Há toda uma campanha por fazer junto da opinião pública e junto das escolas no sentido de promover uma nova mentalidade relativamente ao papel da mulher, salvaguardando as suas especificidades próprias.

6) Quem muitas vezes promove violência doméstica é também quem, muitas vezes, força a mulher à prática do aborto.

Infelizmente, violência doméstica e aborto andam, muitas vezes, de mão dada.

2 comentários:

Anónimo disse...

Quem muitas vezes promove violência doméstica é também quem, muitas vezes, força a mulher à prática do aborto.

violência doméstica e aborto andam, muitas vezes, de mão dada.

e fala por experiência própria ou apeteceu-lhe tirar esta brilhante e abjecta conclusão apenas com base na notícia que linka?

MRC disse...

Caro João,
De facto, falo por experiência própria, pelos contactos que tenho com associações de apoio à mulher grávida onde, muito frequentemente, surgem mulheres objecto de violência doméstica e cujos companheiros pretendiam coagi-las à prática do aborto.
Também nos tribunais, constataram-se alguns casos de mulheres que abortaram devido à pressão dos companheiros.
Há que não esquecer que a violência doméstica não tem que ser forçosamente só violência física, também pode ser, e muitas vezes, é violência psicológica.