segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Consumismo



Um amigo americano, herdeiro de uma fortuna, resolveu este ano começar uma nova vida.
Fez uma lista de tudo o que era supérfluo, começando pelos vários carros, casas, relógios e outros objectos. Contava-me a rir que cada vez que punha um objecto na lista voltava a analisá-la para ver se realmente lhe fazia falta ou não, tal era o impulso consumista.
Dizia que mais de 50% das coisas que possuía não eram necessárias e quando decidiu fazer o inventário ficou surpreendido, especialmente com a quantidade de roupa, aparelhos electrónicos, sapatos, canetas e perfumes que nem sequer sabia que tinha.
Esta decisão fez-me pensar, pois, embora não seja um consumista e tenha muita consciência do que compro, confesso que me deparei com alguns aparelhos electrónicos, roupas e outras coisas que não só não sabia que tinha como não conheço explicação para os ter comprado.
Pensava eu que era anticonsumismo até ser confrontado com este facto.
Dizia-me o meu amigo que ter peso a mais é de facto uma forma de consumismo, no sentido de que se consome mais do que se necessita.
Assim, acredito que a maior parte da população sofre de uma forma ou de outra de consumismo.
É de facto uma perturbação psicológica, uma doença de que quase todos sofremos sem nos apercebermos disso e sem o aceitarmos.
É potenciada ou induzida pelo marketing agressivo e inteligente.
Uma das poucas coisas boas que as crises trazem é ajudar a tratar estas perturbações, pois sem dinheiro não há doença!
Aqui está uma boa decisão para 2014.
Ver se o que temos é realmente necessário, especialmente se tivermos peso a mais.

Presidente da Malo Clinic Health
& Wellness

Fonte: Jornal "i"

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