sexta-feira, 5 de julho de 2013

O colapso demográfico em Portugal? Para onde vamos?


FONTE DO GRÁFICO: PORDATA

OTelegraph publicou há dias uma crítica do livro 
Money Runs Out do economista Stephen D. King.

A tese de fundo do livro é que a Europa tornou-se
um caso de falência por causa do colapso demográfico. 


Os chamados"baby boomers", diz King, convencidos
erradamente que o problema fundamental sempre foi o
da superpopulação, pararam de fazer filhos mas
continuaram a gastar e a endividar-se.
O cálculo económico, segundo o autor, é simples:
se gerarmos despesas e nos endividarmos, sem fazer 
que os que vão pagar a conta sejam mais numerosos,
deixamos-lhes por legado um fardo insuportável.
É exactamente o que está a acontecer na Europa onde
a ideia dos perigos da superpopulação cristalizou, mesmo
sem base real, e gerou uma cultura antidemográfica: 

pense-se na eutanásia, na contracepção, na homossexualidade.

Noutras zonas do mundo onde esta cultura não penetrou
e se fazem mais filhos, assistimos a um contínuo processo de desenvolvimento.

Esta queda demográfica é um problema grave na Europa.

PORTUGAL

Um artigo recente do Washington Post dedicou-se a Portugal, 
que nos últimos 4 anos sofreu uma queda de nascimentos de 14%. 

Uma tendência que é uma constante em todos os países europeus
desde o fim dos anos 60. Segundo as projecções dos economistas,
por volta de 2030 em Portugal 27,4% da população estará reformada,
com mais de 1 cidadão em cada 4 a ter mais de 65 anos.

Portugal é o "cabeça de série" de vários outros países.

ALEMANHA

Por exemplo, na Alemanha a queda demográfica levará em 2025
a um défice de 6 milhões de trabalhadores e o consequente
desequilíbrio para o bem-estar do país, revelou recentemente
o relatório “Estratégia demográfica” do governo.

ESPANHA

Também em Espanha a situação é difícil. O INE, instituto 
nacional de estatística espanhol, registou recentemente uma 
queda da população de 0,48% devido ao êxodo de estrangeiros 
do país por causa da crise. Uma queda não compensada pelo 
saldo de nascimentos sobre os falecimentos. Com efeito, segundo o mesmo INE, o número de estrangeiros desceu
216.125 pessoas (3,8%) enquanto que o número de espanhóis
subiu 10.337 pessoas (0,02% da população).

ITÁLIA

Em Itália a situação não é melhor. O ISTAT recentemente
actualizou os dados da população em 2012. O "saldo natural",
isto é a diferença entre o número de nascidos e o número
de falecidos teve sinal negativo: - 78.695 pessoas.

Fonte: O Povo

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