sexta-feira, 12 de julho de 2013

APFN impugna tarifários de água

 
 
É UMA REALIDADE QUE HÁ MUITO VEM SENDO CONTESTADA PELA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FAMÍLIAS NUMEROSAS. HÁ FAMÍLIAS, COM 3 OU MAIS FILHOS QUE ESTÃO A PAGAR CADA GOTA DE ÁGUA AO DOBRO DO PREÇO HABITUALMENTE PRATICADO, DEVIDO AOS TARIFÁRIOS EM VIGOR QUE TAXAM O CONSUMO POR HABITAÇÃO E NÃO POR PESSOA, ESCALONANDO OS PREÇOS CONSOANTE O VOLUME DE ÁGUA CONSUMIDA. NUMA HABITAÇÃO EM QUE VIVA UMA FAMÍLIA NUMEROSA A ÁGUA ACABA MUITAS VEZES A SER TAXADA NO ESCALÃO MAIS ELEVADO, EMBORA NÃO HAJA NENHUM CONSUMO EXCESSIVO PER CAPITA.
HOJE ALGUMAS FAMÍLIAS, COM O APOIO DA APFN, AVANÇAM PARA A VIA JUDICIAL IMPUGNANDO OS TARIFÁRIOS DE ÁGUA A QUE ESTÃO SUJEITOS.

Aceitando o princípio que visa penalizar consumos excessivos que podem implicar desperdício de água, a APFN defende a criação de tarifários familiares que dividam o consumo total pelo número de membros da família. Deverá ser este o princípio a considerar para efeito dos escalões com a correspondente variação no preço. Trata-se da única forma de assegurar a existência de equidade e justiça nos tarifários, fazendo com que todos paguem o mesmo valor por gota de água consumida.

O primeiro tarifário familiar da água foi criado em Sintra, com a colaboração da APFN, no ano de 2002 e hoje são já mais de 90 os tarifários familiares existentes. Contudo, mais de 10 anos volvidos, muitos mais estão por criar. Desde a sua criação que a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) vem chamando a atenção para o facto de milhares de famílias numerosas pagarem a água mais cara.


Também em Agosto de 2009 o Instituto Regulador de Águas e Resíduos, através da sua recomendação nº 1/2009, vem reconhecer este problema e sugerir que seja feito o “ajustamento dos escalões de consumo em função da dimensão do agregado familiar…”.

Persistindo contudo a existência de tantos tarifários que prejudicam as famílias numerosas, a APFN entende que está na hora de, em colaboração com algumas famílias, avançar com reclamações administrativas e para os tribunais.

Neste sentido serão entregues às autoridades, nesta sexta-feira, dia 12 de Julho, reclamações relativas aos fornecedores de água dos municípios de Ourém e Maia.

Analisando estes tarifários à luz do padrão internacionalmente aceite de consumo médio per capita mensal de 3,6 m3 obtemos os seguintes resultados:


A APFN relembra que a falta de sentido de equidade e justiça para com as famílias com dependentes é em forte medida responsável pela insustentabilidade demográfica que se vive no país e se acentua a cada ano.

 
Anexo: análise APFN dos referidos tarifários
Para informação adicional:






Lisboa, 12 Julho de 2013

Sobre a APFN – Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

A APFN foi formalmente constituída em 1999 e integra famílias com três ou mais filhos. Acredita e defende os valores da família, contando atualmente com mais de 10.000 associados. A APFN pretende, com a sua actividade, mudar as mentalidades e as políticas relativamente à família e  transformar o actual cenário de inverno demográfico que, se não for alterado, continuará a conduzir à insustentabilidade económica e social do país. A APFN acredita na família como a solução do futuro e enquanto resposta histórica em todos os momentos de crise. Está convicta que o país precisa de mais crianças e jovens mas também precisa que essas crianças e jovens possuam as competências suficientes para enfrentar os desafios do Futuro. O lema da APFN é “Apostar na Família é construir o Futuro”.

 

 

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