Excerto da homilia do Pe Duarte da Cunha na celebração de preparação para o Natal
O amor, em segundo lugar, faz-nos ainda querer partilhar a vida e ajudar os outros, faz-nos ir ao encontro de todos, sem fazer aceção de pessoas, e ajudar cada um nas suas necessidades imediatas ou mais profundas. O amor pela vida leva a querer contagiar os outros com este amor e, por isso, toda a gente, a começar pelos mais pequenos e pobres, nos interessam e preocupam. O amor está atento e é criativo, inventando o que for preciso, reunindo as forças necessárias para concretizar as ações que sejam precisas em vista do bem de todos e de cada um.
Também por isso, o amor iluminado pela fé mete as pessoas juntas para criarem obras sociais que vão acompanhar os que sofrem, para lutar na política por leis justas e por medidas que sejam mesmo em ordem ao bem comum e não desprezem nem a verdade nem a vida, para apresentarem propostas educativas respeitadoras da liberdade e de uma moral humana e conscientes de serem chamadas a ser uma ajuda aos pais e não uma substituição destes.
Mas, caríssimos, a primeira obra e a mais importante é a família. Cada um cuide bem da sua família e ajudemo-nos nesta tarefa. Defender a verdadeira família implica que os esposos se amem e concorram para o bem do outro em tudo, crescendo na consciência de que o verdadeiro amor passa por dificuldades e exige sacrifícios para reforçar a unidade e aumentar os frutos e só assim se pode ser feliz. Cuidar da família é, por isso, ter a unidade entre marido e mulher aberta e acolhedora do dom dos filhos e comprometida com o dever de os educar. Uma educação que passa muito mais por um acompanhar que por um dar coisas ou dizer muitas palavras, que passa por sentir a responsabilidade com a própria vida para testemunhar o gosto de viver santamente e querer que os filhos sejam santos e não apenas por querer que os filhos não tenham problemas e sejam importantes neste mundo ou ricos.
11 de Dezembro 2010
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