quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Feto hidrocefálico é operado e recolocado no ventre materno

O progresso da tecnologia permite agora uma cirurgia com o útero aberto


National Right to Life News publicou uma interessante notícia que vale a pena ser reproduzida.
James Neal Borkowski é uma criança diagnosticada com hidrocefalia no útero da mãe.
Em 2 de março, uma equipe de cirurgiões do Centro Médico da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, Tennessee, fez uma cirurgia em seu cérebro com um procedimento característico "com o útero aberto".
Para um hidrocefálico, um excesso de fluido no cérebro que pode levar à incapacidade grave, até mesmo à morte. Uma operação deste tipo nunca tinha sido realizada em um feto.
A criança nasceu livre daquela condição, dois meses depois da mencionada cirurgia que é apenas o mais recente progresso na área -  em rápida evolução - em cirurgia fetal. "Na evolução da cura em obstetrícia, não se volta atraz agora", disse o dr. Joe Bruner, membro da equipe cirúrgica do feto. "Mais e mais hidrocefálicos foram tratados antes do nascimento e espera-se que mais e mais médicos possam ser formados neste campo".
Bruner e os seus colegas operaram Susan Borkowski de Knoxville, Tennessee, e seu filho, ainda não nascido, quatro semanas após um ultra-som de rotina que levou ao diagnóstico de hidrocefalia. Os pais do pequeno Borkowski encontraram a informação sobre o programa de cirurgia fetal de Vanderbilt na Internet e entraram em contato com os médicos.
A Comissão de revisão da Universidade tinha recentemente aprovado um plano para tentar tratar a hidrocefalia com cirurgia com o útero aberto e, depois de muitos exames, para assegurar que o feto fosse operável, a operação foi feita na 24ª semana de gestação. De acordo com o que foi anunciado pela Associated Press (AP) durante uma intervenção cirúrgica, que durou uma hora, o Dr. Bruner abriu o útero da Sra. Borkowski, e seu feto tinha sido parcialmente tirado.
O dr. Noel Tulipan tinha colocado um pequeno tubo, chamado de "desvio" no cérebro do recém-nascido, o qual estava ligado a um outro tubo que drenou o fluido em excesso no saco amniótico. O feto tinha sido então removido no útero materno, esperando nascer.
Esta foi a primeira operação para tratar a hidrocefalia com o útero aberto. Em meados dos anos 80, cerca de 40 fetos ainda não nascido com hidrocefalia, tinham sido submetidos a um procedimento em que a desviação foi inserida através do abdômen da mãe no cérebro da criança, disse Bruner.
As operações não foram bem sucedidas porque "o mesmo desvio não estava bem e os exames disponíveis não conseguiam restringir o campo”, explicou Bruner. "Alguns fetos não deviam receber o desvio. Existem muitas causas de hidrocefalia, disse Bruner, e "nem todas melhoram com um desvio."
Após os fracassos das operações dos anos 80, não se tentou mais tratar a hidrocefalia no útero. A tecnologia atual fez progressos tais que os doutores podem determinar os justos candidatos, utilizar um desvio que drena bem o fluido e operar diretamente, sobre a criança através de uma cirurgia com o útero aberto.
Em 12 de maio, o pequeno Neal Borkowski foi dispensado da seção de cesária, com um peso de quase 2 Kg. Como explica AP, os médicos substituiram o desvio original por um outro que deveria continuar a drenar o fluído na sua cavidade abdominal.
Os exames realizados após o nascimento de Neil não mostraram excesso de líquido no cérebro. "O desvio funcionou maravilhosamente bem", disse Bruner.
Os médicos, no entanto, não estão seguros de que Neal possa continuar a desenvolver-se normalmente, porque não se sabe se as deficiências encontradas nos fetos hidrocefálicos sejam causadas por fluido em excesso ou se o excesso é o efeito de um precedente dano ao cérebro.
"A hidrocefalia causa uma ferida no cérebro ou é somente a ponta do iceberg?", pergunta Bruner. "Não o saberemos até que Neal não cresça".
Atualmente, vários nascituros com defeitos congênitos podem ser tratados com cirurgia fetal somente em três lugares nos EUA: Vanderbilt, Children’s Hospital of Philadelphia, e a University of California em São Francisco. Foram tratados espinha bífida, câncer e outras doenças com sucesso crescente. Bruner, no entanto, diz que a média dos pacientes de Vanderbilt viaja umas 1.500 milhas para chegar ao Centro, o que é impossível para muitas famílias que necessitam da cirurgia.
"Estamos desenvolvendo diretrizes de treinamento para ajudar outros centros a oferecer esses programas", disse Bruner.
O pequeno Borkowski é Um de nós. Para desenvolver a tecnologia, ajudar a medicina, a fim de que se possa curar também durante a vida pré-natal.

Daqui.

Sem comentários: