sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Abortos feitos por motivo do sexo do bébé

Numa reportagem feita através de gravações com câmara oculta, o jornal relatou como alguns médicos de hospitais particulares consentem fazer abortos motivados unicamente pelo sexo do bebé, prática ilegal no Reino Unido.

Em declarações ao Daily Telegraph, o ministro da Saúde, o conservador Andrew Lansley, expressou preocupação com essa denúncia e disse que começou uma investigação urgente sobre o assunto.

Os repórteres do jornal visitaram, acompanhados de grávidas, as consultas ginecológicas de nove centros de saúde particulares do Reino Unido, nas quais as mulheres tentaram marcar uma operação de aborto por não estarem satisfeitas com o sexo do feto.

Em três das clínicas, os médicos concordaram em fazer a operação a um preço que varia entre 240 a 760 euros e, numa delas, foi oferecida inclusivamente a falsificação dos papéis do procedimento.

Um dos casos é o de uma mulher grávida de oito semanas que disse a uma médica de uma clínica de Manchester, no norte da Inglaterra, que queria interromper a gravidez porque ia ter uma menina, o que foi consentido pela especialista.

Outro, uma mulher grávida de um feto masculino de 18 semanas, conseguiu marcar um aborto numa clínica londrina sob o pretexto de que queria uma menina, pois já tinha um menino.

Uma lei britânica de 1967 estabelece a interrupção de gestações de até 24 semanas se a saúde física ou mental da mãe estiver em risco, mas nunca para escolher o sexo do bebé.

Em 2010, na Inglaterra e Gales foram feitas 189.574 operações de aborto, 8% a mais do que há 10 anos.

Em 2007, um estudo da Universidade de Oxford indicou que entre 1969 e 2005 aumentaram os casos de escolha do sexo do bebé através de abortos, principalmente nos nascimentos de meninas entre a comunidade hindu que vive no Reino Unido.

Fonte: Diário Digital

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