sábado, 6 de outubro de 2012
Portugal está, actualmente, a pagar pelos erros do passado e a
procurar resolver os problemas do presente, o que implica a adopção de medidas
radicais.
No entanto, as necessárias medidas de austeridade que têm sido
adoptadas têm vindo a comprometer seriamente o seu futuro, atingindo de forma
desproporcionada as famílias com filhos, tanto mais quanto maior o seu número,
uma vez que no cálculo do “rendimento de referência” é desprezada ou
menosprezada a existência de dependentes nas famílias que os têm,
designadamente:
·
nos escalões do IRS e nas taxas moderadoras do serviço de saúde (em
que não são contabilizados os filhos)
·
nos passes sociais (em que cada filho vale apenas
25%)
·
nos abonos de família (em que cada filho vale apenas
50%).
Portugal carece urgentemente de um sentido de equidade e justiça
relativamente às famílias com filhos a cargo. Para estas famílias, que possuem
um conjunto de despesas essenciais muito mais significativo, o esforço provocado
pela austeridade é incomparavelmente maior.
Esta falta de sentido de equidade e justiça provoca, naturalmente,
um cada vez menor número de nascimentos – neste ano, iremos ter mais um mínimo
absoluto, provavelmente inferior a 90.000, 70.000 menos do que seria necessário
para garantir a renovação das gerações.
Foi ontem anunciado mais um forte agravamento das medidas de
austeridade.
A APFN apela ao governo para aproveitar esta oportunidade para
adoptar, JÁ, o “rendimento per capita” como “rendimento de referência”, a
começar pelos escalões do IRS, abono de família, taxas moderadoras e passes
sociais.
A não adopção desta medida irá provocar uma ainda maior queda da
taxa de natalidade e emigração das famílias com filhos e dos que desejam tê-los,
arrasando, de vez, o futuro do país.
Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Lisboa, 4 de Outubro de 2012
Sobre a APFN – Associação Portuguesa de Famílias
Numerosas
A
APFN foi formalmente constituída em 1999 e integra famílias com três ou mais
filhos. Acredita e defende os valores da família, contando atualmente com mais
de 10.000 associados. A
APFN pretende, com a sua actividade, mudar as mentalidades e as políticas
relativamente à família e transformar o
actual cenário de inverno demográfico que, se não for alterado, continuará a
conduzir à insustentabilidade económica e social do país. A APFN acredita na
família como a solução do futuro e enquanto resposta histórica em todos os
momentos de crise. Está
convicta que o país precisa de mais crianças e jovens mas também precisa que
essas crianças e jovens possuam as competências suficientes para enfrentar os
desafios do Futuro. O
lema da APFN é “Apostar na Família é construir o Futuro”.
Para mais informações
Consulte: www.apfn.com.pt
Contacte: Ana Mira | T
217 552 603 | TM 916 079 548
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