quinta-feira, 23 de julho de 2009
Durante a campanha para o último referendo foram muitos os do "não" que se mostraram contra a exibição dos fetos mortos.
Diziam que essa estratégia poderia ser contraproducente na medida em que os "pró-abortistas" iriam chamar-nos de "extremistas", "radicais" ou mesmo acusar-nos de "demagogia".
Os "pró-escolha" (eu prefiro, chamar-lhes "pró-abortistas") argumentam que não é necessário mostrar os pormenores sórdidos do aborto (incluindo a ecografia do feto ainda vivo) para que a mulher saiba que a sua decisão é efectivamente correcta e necessária em face dos motivos que a levaram a optar pelo aborto.
Mas, digo eu, o aborto, o que se vê na ecografia, os "restos humanos" que resultam do aborto não existem ? não fazem parte da realidade do processo abortivo ?
Por exemplo, uma das razões que certamente levarão muitos dos que têm medo de andar de avião a aumentar esse receio, passa pela constatação dos efeitos da queda dos aviões: um avião em queda, a consciência dos passageiros que irão morrer segundos depois, os corpos dilacerados a boiar no oceano, como aconteceu recentemente com o vôo da Air France.
Esta constatação, embora se pudesse dizer que tem um lado "doentio" ou "mórbido", também tem um lado positivo, na medida em que o choque causado pela constatação dos efeitos das quedas dos aviões leva as autoridades a querer evitar e prevenir a queda de mais aviões.
Isto tudo para dizer que nos Estados Unidos, a Graham Collection Fundation optou por promover a divulgação de imagens de fetos mortos como forma de combater o aborto.
Dizem os seus promotores que:
The Grantham Collection is a non-partisan catalyst for action that brings about change through graphically awakening the consciousness through visual facts. The cruelty to these babies are horrifying and heart-wrenching. We will show you what the abortion industry does not want you and the world to see.
Sei que muitos discordarão do que vou dizer, inclusive alguns dos meus colegas de blog, mas pessoalmente acho perfeitamente legítimo que se actue desta forma, o que não quer dizer que não se procure, dentro das imagens em causa, seleccionar as que sejam menos chocantes.
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