Mãe morre. Bebé salvo
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=238195&idselect=9&idCanal=9&p=200
O atropelamento ocorreu na estrada que liga São João da Venda ao sítio do Esteval, em Loulé, a cerca de cinquenta metros da estação dos comboios
Maria de Fátima Gomes Pereira esperava dar à luz no dia 21 deste mês. Ontem de manhã foi a uma consulta de obstetrícia no Hospital Distrital de Faro (HDF) e dirigiu-se para casa: desembarcou no apeadeiro no sítio do Esteval, em Almancil, Loulé, e momentos depois foi atropelada. Morreu aos 38 anos, mas os médicos conseguiram salvar-lhe o filho, submetendo-a uma cesariana de emergência apesar de já se encontrar cadáver. O bebé nasceu em paragem cardiorrespiratória mas foi reanimado.
O condutor envolvido no acidente pôs-se em fuga. Foi detido quatro horas depois pela Brigada de Trânsito (BT) de Albufeira.
Jorge Miguel, o nome que Maria de Fátima queria dar ao filho bebé, enc Fonte hospitalar adiantou ao CM que o parto “foi rápido”, pois as equipas dos serviços de Urgência Geral, Obstetrícia e Neonatologia, que procederam à cesariana, já estavam a postos quando Maria de Fátima deu entrada na unidade de saúde, em paragem cardiorrespiratória e com graves lesões na coluna cervical.
“Os médicos tentaram salvar uma vida e a prioridade foi salvar o bebé”, adiantou a mesma fonte.
Maria de Fátima, que se encontrava em fase final de gravidez, desembarcara do comboio às 13h15 e seguia pela berma da estrada em direcção a casa, no sítio do Esteval, a cerca de um quilómetro do apeadeiro, quando foi colhida por um automóvel que circulava em sentido contrário. O condutor pôs-se em fuga.
“Ela seguia pela berma da estrada, encostada à parede e afastada do asfalto, quando foi atingida pelo carro, que seguia em sentido contrário”, revelou ao CM uma condutora que circulava atrás do suspeito. A testemunha, que solicitou o anonimato, garantiu que o indivíduo fugiu após o embate (ver caixa).
Segundo fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), apesar de a vítima já se encontrar em paragem cardiorrespiratória, a equipa médica tentou reanimá-la durante a evacuação para o HDF, para manter a circulação e oxigenação de forma a permitir o parto e salvar o bebé.
A directora clínica do HDF não autorizou ontem que os médicos responsáveis pela intervenção prestassem declarações à Comunicação Social. Helena Gomes realçou no entanto “a actuação exemplar” dos clínicos envolvidos.
MARIA DE FÁTIMA GOMES PEREIRA
A mãe de Jorge Miguel encontrava-se em fase final de gravidez. O parto no estava previsto para o próximo dia 21, no Hospital de Faro.
…
OPERAÇÃO
A equipa médica manteve a circulação sanguínea e a oxigenação da mãe para o bebé não sofrer danos, nomeadamente ao nível do cérebro. Realizada a cesariana, os cirurgiões conseguiram reanimar a criança depois de ter sofrido uma paragem cardio-respiratória. O bebé, um rapaz, foi encaminhado para o serviço de neonatologia onde permanece ligado a um ventilador.
BEBÉ
- Estável
O menino que deveria nascer a 21 de Abril, está numa situação clínica estável, mas de risco perante a possibilidade de sofrer nova paragem cardíaca ou uma infecção. Recebe apoio ventilatório para de uma forma gradual os pulmões funcionarem. Hoje, um dia depois da operação, o bebé deverá ser medido e pesado.
Madalena Bentes/Rui Pando Gomes
1 comentário:
Obrigado por Blog intiresny
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