A invasão ideológica do lobby gay
A pessoa é um todo, cujo funcionamento é à partida harmonioso entre as suas diferentes dimensões - corpo, afecto, espírito, etc. Como se pode conceber, seja cientificamente ou no senso-comum, que alguém viva num corpo masculino, dotado dum sistema afectivo-sexual obviamente formado e desenvolvido durante milhões de anos pelas espécies no sentido de permitir uma complementaridade que se completa no sistema afectivo-sexual feminino... para depois ser objecto dum deslocamento do destinatário natural desta corporeidade afectiva para outro destinatário, com perdas enormes em termos da riqueza inerente, e sem meios corporais para se realizar nessa orientação?
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Há muitos e fáceis sinais que nos indicam por que não é bom, e que a Igreja desenvolve em reflexões profundíssimas, como por exemplo a Teologia do Corpo, de João Paulo II. O problema é que os desejos humanos se querem sobrepor a esses sinais, abafá-los e negá-los.
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Quanto à perspectiva científica, realmente não existe um corpo de investigação credível para concluír aquilo que o Tiago diz. Para começar, existe uma imposição política e ideológica sobre a comunidade científica, em que nem sequer se permite experimentar científicamente hipóteses diferentes daquela que é veiculada pelo discurso dominante, coisa grave em termos da ciência - a falta de liberdade para a experimentação de hipóteses. Alguém confia num conhecimento científico baseado em hipóteses 99% formuladas segundo uma direcção, e apenas 1% formuladas noutra direcção? Que experimentação científica é esta?
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O DSM (manual de diagnóstico clínico americano) legitimou a homossexualidade como não patológica 10 anos antes da CID (a sua congénere europeia). Por que razão este intervalo de 10 anos haveria de ser tão longo, se houvesse evidências científicas sobre isso? Por os europeus serem mais rigorosos que os americanos? Nem pensar. É porque os motivos dessa mudança não foram científicos mas ideológicos, e isto é fácil de desmontar por qualquer pessoa que tenha isenção científica. Isto mostra como a transformação das directrizes científicas foram feitas atropelando a ciência, e não através da ciência.
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Há até um estudo australiano feito com milhares de gémeos idênticos – coisa normalmente respeitadíssima pela comunidade científica, um estudo com uma amostra tão grande, por ser muito fiável - que provam que não se nasce homossexual, e que são os factores pós-natais que explicam a homossexualidade (http://www.orthodoxytoday.org/.../identical-twin-studies.../). Sendo uma questão de factores pós-natais, isto inviabiliza o argumento de que a homossexualidade é uma predeterminação, e que essa predeterminação deve ser motivo da sua generalização como normativa.
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Quanto ao facto de a OMS, ou outras, emitirem definições fixas sobre estes assuntos, lembro que as Nações Unidas têm uma campanha no sentido de transformar o aborto num direito humano e de impô-lo às sociedades do mundo inteiro. Pelo que me parece muito perigoso que nós, em Igreja, não filtremos estas directrizes, mesmo que venham de organismos com autoridade a nível mundial.
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Para além de tudo isto, alguém católico acredita que alguma vez a Igreja irá considerar pertinente a parentalidade homossexual, dois pais ou duas mães, como equivalente à parentalidade heterossexual? Se não, então parece-me que a conclusão lógica é a de que a Igreja não considera nem a parentalidade homossexual, nem a família homossexual, nem a relação homossexual como uma coisa boa para as pessoas e para a realização da vocação humana, nem nunca poderia fazê-lo, porque tem razões teológicas e antropológicas fortes para isso. Parece-me que o que se passa é muito simples: uma grande campanha de condicionamento ideológico social que conseguiu afectar as representações que os cristãos têm, afastando-os da verdade. E um cristão, se aceitar a vocação de testemunha da verdade em que acredita, não pode senão ser claríssimo e afirmativo quanto a isto tudo, sem sacrificar isto a desejos de conciliação que impliquem a sua omissão
Sal do Mar
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