domingo, 14 de julho de 2013

Vá lá a gente entender…

2. Houve na longínqua Rússia um acidente de autocarro em que morreram 3 pessoas, na enigmática China ruiu um prédio degradado que deixou desabrigadas 4 famílias, em Trás-os-Montes despistou-se um automóvel tendo ficado feridos dois dos seus ocupantes, em Londres um avião teve de regressar ao aeroporto por causa de uma avaria que só se detectou no ar, há um naufrágio entre África e Lampadosa (Lampedusa) com dois mortos e dezenas de desaparecidos. Tudo isto é noticiado com emoção frenética ao longo do dia, quando não de dias, e por vezes com enviados especiais ou através de correspondentes; sendo que o locutor dá a notícia que é em seguida repetida pelo repórter no local ou o bombeiro entrevistado para novamente ser repisada pelo mesmo locutor. E pode até acontecer que o Santo Padre se desloque ao lugar para rezar pelas vítimas, pedir perdão e bradar contra a indiferença e a injustiça da cumplicidade global.

Em Portugal matam directa propositadamente, de modo violento, 50 (cinquenta) crianças por dia, sendo que no abortadouro dos arcos no centro de Lisboa a média é de 25 por dia útil. Não há reportagens, não há noticiários, não se confrontam as autoridades, não há repórter em directo no local. Três mortes na Rússia por acidente rodoviários têm “prime time”, abrem noticiários nacionais; 50 crianças nascituras assassinadas não merecem atenção,  são desprezadas.


A “profecia”: O Papa Francisco um dia rezará Missa num hospital ou diante de uma “clínica” onde se realizem abortamentos. 


Nuno Serras Pereira

Daqui.

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