domingo, 15 de maio de 2011

Textos rádio Costa D'Oiro de 19 de Abril a 2 de Maio


Dia 19/04 –
Em nome da modernidade e do progresso aprovaram--se duas leis que constituem um ataque brutal contra a condição feminina: a lei da legalização do aborto, a pedido, até às 10 semanas, e a lei do divórcio "à la carte". Passaram agora alguns anos sobre a entrada em vigor destas duas leis e os resultados já estão à vista.
Começando pela lei da legalização do aborto, a Direcção-Geral da Saúde divulgou números "provisórios" de 2010: realizaram-se 19 438, segundo dados ainda não definitivos e mais de 250 mulheres que interromperam a gravidez em 2010 tinham feito três ou mais abortos anteriormente, sendo que destas, quatro já tinham abortado mais de dez vezes e metade das mulheres que recorrem a um aborto não se dirigem à consulta posterior de planeamento familiar
Legaliza-se, desdramatiza-se, banaliza-se o que nunca pode ser banalizado, relativiza-se a vida humana.
Diziam que o importante é impedir a culpa e viver feliz cada momento sem memória e sem futuro. Neste caminho moderno e descomprometido, tudo se torna descartável e efémero e não há espaço nem para a solidariedade, nem para o apoio à mulher grávida.

Dia 20/04 –
O divórcio "à la carte", na hora, o divórcio "simplex", radicado na ideia de que o importante é ser feliz a cada momento, os outros que tratem de si, criando a sensação que a felicidade está na infantilização dos adultos, nos Peter Pan eternos, lança diariamente para a pobreza mães e filhos. Na anterior lei, o divórcio só era obtido uma vez regularizada a situação dos filhos. Agora, com esta lei, os filhos não são entrave. Na hora, o homem sai de casa, deixa filhos e mulher, empregada ou desempregada, tendo ela sacrificado ou não a sua vida profissional à família que queria construir. Ele divorcia-se legalmente bastando invocar essa vontade. Ela e os filhos, para reaverem alguns direitos, têm de ir a tribunal. Resultado: os tribunais estão completamente assoberbados de processos sem solução à vista, os filhos ficam sem pai e sem meios. Foi a lei mais brutalmente machista aprovada desde há muitos anos em Portugal por detrás de uma cortina de discursos de modernidade, de igualdade de género e de felicidades descartáveis ao virar de cada esquina.
ausência de ética e de responsabilidade na sociedade, na família e em cada português eis o mote da crise actual que é, reconheça-se, uma crise sobretudo ética e de valores.


Dia 21/04 –
Os grandes desafios demográficos da actualidade estiveram em análise numa conferência realizada a 6 de Abril na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Perante a constatação de que Portugal não renova as suas gerações há 28 anos, vários especialistas nas áreas económica e demográfica defenderam a adopção urgente de medidas capazes de contrariar o impacto negativo do envelhecimento na economia nacional. Portugal apresenta actualmente um défice de 1,2 milhões de crianças e jovens e, em crise, a quebra da natalidade só pode agravar-se.
Só os políticos e as famílias inverter esta tendência.


Dia 22/ 04 –-


Os principais motivos para os casais não desejarem ter mais filhos prendem-se com os entraves que as mulheres sentem em conseguir integrar o mercado de trabalho; com as dificuldades na conciliação família-trabalho; com os custos associados ao crescimento das crianças; e com as dificuldades relacionadas com a sua educação. Problemas de saúde, na gravidez, parto e cuidados infantis são também outros factores mencionados.
Em face deste quadro, o economista prof. João Duque defende a necessidade políticas urgentes de incentivo à natalidade e acrescenta mesmo que uma população envelhecida tem um perfil “menos empreendedor e menor propensão para o risco e para a inovação”. Por sua vez, Luís Campos e Cunha, ex-ministro das finanças vai mais longe e afirma que, parte do défice público “está relacionado com o envelhecimento” pelo que sugere aos reformados um papel mais activo nas empresas
Conciliar de forma harmoniosa o trabalho com a vida em família eis o grande desafio para todos nós.

Dia 25/04
Em cada uma das nossas casas, existem pequenos pormenores que, de forma quase subtil, podem contribuir de forma muito positova, para garantir o reforço e consolidação dos laços familiares. Eis alguns:
- Evitar ser pessimista e enaltecer o positivo.
- Ser compreensivo e afectuoso, renunciando, se necessário, às próprias preferências pessoais.
-Saber escutar, de forma atenta e autêntica, se necessário, parando o que estamos a fazer.
- Evitar dar lições de moral. Melhor é dar exemplo e ser subtil na forma como se tenta passar as mensagens.
- Cumprimentar à entrada e saída de casa.
- Estar atento às pequenas tarefas coisas da casa, tais como arranjos, limpezas e arrumações.
- Arranjar tempo para estar com as pessoas da família, de preferência, uma a uma, a sós.
- Nas refeições, agradecer e elogiar o cozinhado. Ser agradecido.
E, por fim,
- Ter habitual e periodicamente um pormenor de atenção para quem vive connosco, por exemplo, através da compra de uma pequena prenda ou comida que seja do seu agrado.

Dia 26/04 –
Afirma a psicóloga Maria Góis que da sua experiência “sem excepção, todas as mães que, por terem sido ajudadas, decidiram não interromper a gravidez, chegaram ao final da mesma com um estado de espírito completamente diferente daquele que tinham no início. Talvez a palavra que melhor caracterize este sentimento seja satisfação.
Estas mães, por muitos problemas pessoais, sociais ou económicos que tivessem, acolheram os seus filhos com grande satisfação. Por os terem tido, mas, acima de tudo, o sentimento lactente era o de, afinal, não ter sido necessário interromper o desenvolvimento da vida de cada um deles!
É esta a principal mensagem que esta psicóloga gostaria de passar:
É possível, quando confrontados com uma mãe que quer abortar, fazermos um caminho com ela.
Um caminho que exige disponibilidade, entrega, confiança, eficácia na condução e resolução dos problemas e, acima de tudo, uma grande capacidade de gerir as prioridades, ou seja, garantir o bem-estar da mãe e do filho.

Dia 27/04 –
No passado dia 13 de Abril foi lançado o perfume Blue&Red Berries, um perfume de aroma frutado e feminino, cujas vendas reverterão para a Ajuda de Mãe, nomeadamente para a nossa nova creche - Escola do Arco.
Uma excelente ideia para oferecer no Dia da Mãe!
Vai estar à venda nas lojas Pingo Doce, Dimoda, BodyConcept, DepilConcept e no Centro Mamãs e Companhia.
Experimente este perfume, ofereça-o à sua mãe e apoie a associação “Ajuda de Mãe!”

Dia 28/04 –-
Quem paga as reformas de uma geração é a geração seguinte.
As pessoas devem receber uma reforma proporcional à contribuição que deram à constituição da geração seguinte.
Há duas formas de contribuir para a sustentabilidade da segurança social:
a) ou tendo mais filhos
b) ou sofrendo a aplicação do "factor de sustentabilidade da segurança social".
Não é justo que dois casais com o mesmo rendimento, o casal A (com 3 filhos) e o casal B (com zero filhos), tenham o mesmo rendimento na reforma. O casal A passa pela vida com mais dificuldades criando os filhos que depois vão pagar a reforma ao casal B, sendo que o casal B usou o dinheiro que não gastou com filhos a investir, a viajar, a comprar bens importados agravando os problemas do país, a aforrar, a investir em PPR e outros benefícios fiscais.
Quem não teve filhos pode aforrar mais e por isso ter uma pensão menor. E quando esta medida de elementar justiça for tomada Portugal deixará muito rapidamente de ter a 3ª menor taxa de natalidade da Europa.

Dia 29/04 – Neste Domingo, dia da Mãe e do trabalhador, em Roma, será feita uma exaltação da vida e obra do Papa João Paulo II Das ínumeras (e todas elas ricas) facetas deste homem extraordinário, salientam-se apenas duas:
Por um lado, a sua humanidade. Quando era professor universitário promovia excursões com os jovens, que incluíam a prática de canoagem, natação, montanhismo e futebol, entre outras. Nessas excursões, no meio da natureza, ao mesmo tempo que ria e convivia com os jovens, Karol falava-lhes também da sua felicidade e não hesitava em abordar temas sensíveis e polémicos como o amor e a sexualidade.
Mais tarde, enquanto Papa manteve essa relação de proximidade com todos, mineiros, desportistas, jovens, idosos e doentes, chegando a convidar as suas visitas para participar em jogos de de ténis e caminhadas consigo.
Por outro lado, destaca-se o forte pendor introspectivo de Karol. Um pouco como as árvores que para crescerem e darem frutos precisam de raízes fortes e férteis, assim também o Papa alicerçava a sua acção numa forte componente de introspecção e reflexão. Um modelo e um exemplo para os dias de hoje.

Dia 02/05 – O presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Obstetrícia , prof. Luís Graça, defendeu uma penalização para as mulheres que abusam do direito de interromper a gravidez no Serviço Nacional de Saúde .
“Aquilo que me preocupa mais são aquelas mulheres que, ao abrigo da lei, fizeram um aborto em meados de 2009, no início de 2010 vêm fazer outra interrupção e no final de 2010 vêm fazer outra”, afirmou. Para este responsável que foi um dos grandes defensores da liberalização do aborto isto já é um abuso do direito”. “
Como o povo diz, na primeira qualquer um cai, na segunda só cai quem quer. E quem vem à segunda e vem à terceira é uma mulher que é de facto negligente para si própria e até para o Serviço Nacional de Saúde, que está a gastar dinheiro e recursos para, ao fim e ao cabo, resolver a pura negligência dessas mulheres”, afirmou.
“Não se justifica que haja tantas gravidezes indesejadas que tenham que ser interrompidas. É importante que as pessoas compreendam que mais vale prevenir do que remediar. Luís Graça referiu ainda que , para a saúde da mulher, é muito melhor recorrer à contracepção do que à interrupção da gravidez.

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