sexta-feira, 22 de abril de 2011

A família como motor para sair da crise



Já há muito se fala da importância da família e da sua consolidação como motor da economia e forma de saída para a crise.

Nos EUA, destaque para Rick Santorum, ex-senador, que no seu livro "It takes a family" desenvolve bastante esta temática.

Em Portugal, entre muitos outros, destaco o artigo de Pedro Rocha e Melo Administrador da José de Mello - SGPS, SA, do qual aqui deixo alguns excertos:

Em primeiro lugar, as famílias devem ser uma fonte de vida, contribuindo para combater o grave problema demográfico de envelhecimento da população. A sustentabilidade da economia e das empresas precisa de mais crianças e jovens, que nos tragam espírito empreendedor e inovador, e sejam a força de trabalho para o futuro.

Em segundo lugar, as famílias têm que ser o garante da solidariedade intergeracional, dando resposta a muitos dos problemas sociais que iremos enfrentar no futuro próximo. O Estado, já o sabemos, não terá capacidade para suportar todas as situações de pobreza, desemprego, reforma e solidão. Terão que ser as famílias, a par das empresas e das instituições religiosas e de solidariedade social, a encontrar as soluções que assegurem a sustentabilidade e coesão social do país.



Em terceiro lugar, as famílias, como instituições intermédias entre os indivíduos e a sociedade, deverão assumir a responsabilidade de serem as “fábricas” do desenvolvimento humano, escolas de competências e valores. É a partir das famílias, e através do exemplo de pais e educadores, que prepararemos as crianças e jovens para o futuro. Fomentando uma cultura de verdade, exigência e confiança, em nós e nos outros. E formando mulheres e homens livres e responsáveis.

É claro que é necessário criar condições para que as famílias possam dar este contributo. O que passa por políticas que não penalizem a natalidade mas, sobretudo, por práticas de conciliação entre a família e o trabalho.

É muito importante fomentar a flexibilidade dos contratos e horários de trabalho, a par do trabalho a tempo parcial. De acordo com dados da Pordata, enquanto em Portugal apenas 16% das mulheres trabalha a tempo parcial, a média da UE27 é superior a 31%, havendo o caso da Holanda, onde mais de 75% das mulheres o fazem.

É urgente trazer este tema para o debate nacional e para as preocupações dos líderes empresariais portugueses, porque o nosso futuro será o que começarmos hoje a construir.

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