domingo, 31 de outubro de 2010

A saúde mental dos portugueses

Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.

Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos.
Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.

Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.

E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.

Pedro Afonso
Médico psiquiatra
Público, 2010-06-21

Casar, ter filhos e ser um profissional competente! É possível?


Caricatura da Nova Educação











Recebido por mail.

A banalização do aborto selectivo

A revista Courrier Internacional lança, na edição Novembro, um artigo sobre a banalização aborto selectivo no Vietname, uma praga que parece não ter um fim à vista.


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Falemos de saúde

Blogue "Falemos de saúde", da autoria do Dr Jorge Cruz, com temas sobre saúde, educação sexual, bem estar, eutanásia e defesa da vida não nascida, entre outros.

Sentença de um não-aborto ou o aborto de uma não-sentença

Compreende-se que uma entidade especializada em diagnósticos pré-natais seja responsabilizada por erro grosseiro, mas...
O Supremo Tribunal de Justiça espanhol condenou uma administração regional de saúde e um laboratório a pagar uma pensão mensal vitalícia a uma criança nascida com síndrome de Down e, ainda, uma indemnização de 150 mil euros aos pais. Quer a pensão, quer a indemnização, são uma compensação pelo nascimento "indevido" do filho, que teria sido abortado se os pais tivessem conhecido a sua deficiência, a tempo de interromper legalmente a respectiva gravidez. Contudo, a negligência do laboratório impediu detectar o mongolismo da criança, pelo que se deu o seu "indevido" nascimento. Mas o dito supremo tribunal decidiu não só responsabilizar os organismos de saúde responsáveis pelo desconhecimento dessa penosa malformação congénita, como também indemnizar os pais pelo facto de, por este motivo, a não terem podido abortar.
Compreende-se que uma entidade especializada em diagnósticos pré-natais seja responsabilizada por um erro grosseiro, como foi, neste caso, ao que consta, uma troca de análises. O que já não parece razoável é que seja atendível juridicamente a pretensão de eliminar um filho, à conta de uma sua deficiência congénita com que não se contava e que, em teoria, poderia ter sido conhecida a tempo de interromper legalmente a dita gravidez. O Supremo Tribunal de Justiça hispânico, ao proceder deste modo, está na realidade a reconhecer um pretenso "direito à morte" do filho deficiente, o que, em termos práticos, implica a institucionalização jurídica do parricídio como um direito - talvez algum dia elevado à condição de direito fundamental ou, até, do mais desumano dos direitos humanos - e uma consagração jurídica do princípio da exterminação dos seres humanos portadores de graves limitações.
Se houve troca de dados, isto é, se houve um casal que ficou sem saber que o seu filho padecia trissomia 21, houve necessariamente outro que foi erradamente informado de que o filho tinha esta anomalia, não a tendo. Seria portanto lícito que também estes pais exigissem uma indemnização pelo erro laboratorial de que foram igualmente vítimas e que, supostamente, lhes terá causado não pouco sofrimento.
Mas - pode-se perguntar - que aconteceria se estes segundos pais alegarem agora que, por razões económicas prementes, era sua intenção inicial abortar legalmente o filho, mas que, depois de erradamente informados de que o mesmo era mongolóide, por compaixão acabaram por decidir não o fazer? Poderiam, agora, também eles exigir responsabilidades ao Estado e ao laboratório pelo "indevido" nascimento de um filho que, de outro modo, não teria sido dado à luz?!
Qualquer que seja a resposta a estas questões, uma coisa é certa: se, para o ordenamento jurídico, alguém inocente pode viver "indevidamente", então não há ninguém que possa viver "devidamente" e a vida é, juridicamente, não um direito inalienável da pessoa humana, mas tão-só mais um interesse em jogo e, como tal, transaccionável.
Numa sociedade que não valoriza a vida humana, que subestima os portadores de deficiências profundas e aceita a sua inócua eliminação pré-natal ou terminal, não será de estranhar que, com este bizarro precedente, apareçam indivíduos sem escrúpulos apostados em fazer render, como no caso em apreço, um seu suposto "direito à morte". Afinal de contas, um filho deficiente que aufere mensalmente uma pensão vitalícia três vezes maior do que o salário mínimo nacional e ainda oferece o bónus de 150 mil euros a seus pais é - não obstante a infelicidade da sua deformação, que obviamente nenhuma quantia, por avultada que seja, pode compensar - um "rico" filho. Sobretudo se comparado com tantas crianças em situação análoga que, contudo, não auferem o tratamento de excelência a que também teriam direito e cujas famílias são praticamente ignoradas pelo Estado, talvez pelo facto de estes pais terem desejado, recebido e amado esses filhos desde os primórdios da sua gestação, com todas as suas particularidades que, como é evidente, em nada afectam a sua dignidade.
O rei Salomão, que a Bíblia exalta pela sua prudência e sabedoria, identificou a verdadeira mãe de um recém-nascido, reivindicado por duas mulheres, como sendo aquela que antes o queria são e salvo nas mãos de outra pessoa do que morto em seu poder. Alguém que invoca a posteriori um pretenso "direito à morte" de um seu filho, seja ele qual for ou como for, certamente não merece um tão grande dom. Talvez não se possam evitar estas monstruosidades, mas é lamentável que a justiça se rebaixe ao extremo de legitimar tais propósitos. De Espanha, decididamente, nem bons ventos, nem "indevidos" nascimentos...
Público, Padre Gonçalo Portocarrero de Almada
Licenciado em Direito e doutorado em Filosofia.
Vice-presidente da Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O seu casamento funciona ?


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Escola de Pais


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Educação Sexual dada por outros: Pais! Protejam os vossos filhos!

O seu filho vai ao Pavilhão do Conhecimento? Vai mesmo?
As escolas do país começaram a organizar visitas ao Pavilhão do Conhecimento.
Vão querer que o seu filho visite a exposição "Sexo... E então?".
Quer saber como é? – Veja esta Reportagem SIC.
Reparou?
O seu filho entrará em zonas "vedadas a adultos". Vedadas porquê?

– Não há respostas porque "pai não entra".
De novo, o sexo como clandestinidade, contrabando à socapa dos pais, fora das fronteiras da família.
Apenas ferramenta polivalente e flexível, e – isso sim - cuidadosamente higienizada.
Pais, sejamos firmes. Somos nós quem sabe o que é melhor para os nossos filhos.

PROTEJA O SEU FILHO:
Escreva à sua escola dizendo. Carta pronta a enviar
Com pena, informamos que uma empresa se quis colocar do lado desta acção hostil às famílias:

Protesto... Ler mais
Portugal: “Sexo... ¿qué pasa?”, una exposición para el adoctrinamiento Ler mais
Educação sexual nas escolas… Ler mais
Petição Contra a Obrigatoriedade da Educação Sexual no Ensino Público Ler mais
Lista de cidadãos Inscreva-se aqui!

Plataforma de Resistência Nacional:

info@plataforma-rn.org

www.plataforma-rn.org

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A família

Sevilha, capital da vida



Via Claudio Anaia, vídeo da manifestação pró-vida (com presença portuguesa), do passado 23 de Outubro, em Sevilha, à porta do Hotel Melia Sevilha, onde estava a ter lugar uma Conferência Internacional da Indústria abortista

Comunicado da associação "In Família"


Comunicado da Associação InFamilia com sugestões de medidas para reduzir a despesa pública.

O Ministro das Finanças desafiou o país a encontrar possíveis cortes eficazes na despesa pública que simultaneamente:minimizem o aumento de impostos;minimizem a redução salarial.
Sugerimos algumas medidas concretas:

- Extinguir o subsídio social na maternidade nos casos de interrupção voluntária da gravidez (cfr. Dec-Lei 105/08).
Se foi retirado o abono de família para casais que ganham 800 euros/mês, porquê manter um subsidio de maternidade a quem não quis/pode querer a maternidade?
- Cobrar pelo segundo e subsquentes abortos.
Aumentam as mulheres que fazem do aborto um contraceptivo, contra a lei da interrupção voluntária da gravidez. Quem aborta por planeamento familiar deve pagar com o seu dinheiro, e não com o dinheiro de todos.
- Liberalizar a Educação sexual
A recente Lei 60/2009 implica supérfluos custos de formação e contratação de professores, materiais, entre outros. Tornar a disciplina opcional reduzirá enormemente as respectivas despesas. O impacto destas 3 medidas é imediato.

Segundo um estudo recente da Federação Portuguesa pela Vida, nos últimos 3 anos o Estado desperdiçou mais de 30 milhões de euros com abortos a pedido da mulher, ou seja, cerca de 10 milhões de euros anuais. As medidas 1 e 2 acima indicadas reduziriam drasticamente esse valor, e corrigiriam o previsível futuro agravamento pela tendência de aumento dos abortos anuais em Portugal.
Braga, 25 de Outubro de 2010.
In Familia

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Algarve pela Vida na rubrica "Sites e Blogues" da Rádio Renascença


O nosso blogue foi objecto de divulgação, na rubrica da Rádio Renascença, sites e blogues, tal como podem constatar aqui e ouvir na opção "play" do canto superior direito dessa página do site da RR.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

TESTAMENTOS DE VIDA E DE MORTE

Volta à ordem do dia a discussão sobre o chamado “testamento vital”. Há quem sublinhe a diferença entre a consagração legal deste instituto e a legalização da eutanásia. Mas há também quem receie que desta forma se abram as portas a esta legalização.
Não será justificado esse receio se o testamento vital servir para manifestar a vontade do “testador” no sentido da abstenção de tratamentos inúteis ou desproporcionados (no âmbito da chamada “exacerbação terapêutica”). Mas já não será assim quanto a tratamentos úteis e proporcionados na perspectiva da salvaguarda da vida. Os modelos de testamento vital anexos ao projecto apresentado pelo Bloco de Esquerda são claros a este respeito: aí se contempla a recusa de tratamentos que permitam salvaguardar uma vida sem capacidades de autonomia ou sem “qualidade”. Respeitar uma declaração deste tipo é confirmar aquela ideia, subjacente à legalização da eutanásia, de que a vida pode deixar de ser merecedora de tutela quando perde “qualidade”. Trata-se de veicular uma mensagem cultural de desvalorização da vida limitada pela doença que não deixa de ter graves consequência sociais.
Dir-se-á que há que respeitar o princípio da autonomia, evitar tratamentos forçados, respeitar uma vontade do doente previamente formulada quando este não a pode manifestar actualmente por estar inconsciente (a sua incapacidade não o faz perder direitos – argumenta-se). Mas é diferente o respeito por uma vontade actual e esclarecida (que não suscita dúvidas sobre o seu sentido autêntico) e o respeito por uma vontade hipotética, com base em declarações prestadas anteriormente num contexto muito diferente do actual (de forma necessariamente pouco esclarecida, precisamente por esse contexto ser diferente do actual). Não se trata apenas de considerar a dúvida sobre a informação a que possa ter tido acesso a pessoa quando formulou essa declaração, ou sobre se a situação em que se encontra agora era, para ela, nessa altura, previsível. Nem também a possibilidade de o estado dos conhecimentos médicos se ter alterado desde então. É que subsiste sempre a dúvida (independentemente do tempo decorrido e da possibilidade de revogação da declaração) a respeito de saber se a pessoa não poderia mudar de opinião.
É sabido como é frequente uma atitude de grande apego à vida nos seus últimos momentos e diante da revelação de uma doença, mesmo da parte de quem havia manifestado uma atitude contrária quando se encontrava são. Tem sido evocado o exemplo da médica francesa Silvie Ménard, que rasgou o seu testamento vital depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro, porque passou a querer “lutar” até ao fim. E um caso ocorrido num hospital de Cambridge em Julho deste ano também é significativo: estavam os médicos para desligar um aparelho que mantinha em vida Richard Ruud, um homem paralítico e inconsciente devido a um acidente, baseados numa declaração de vontade que este havia formulado verbalmente alguns anos antes a propósito de um amigo também vítima de um acidente análogo; quando ele, através do abrir e fechar de olhos, manifestou a sua oposição, que veio a ser atendida. Afirmou, então, o pai, que tinha autorizado os médicos a desligar o aparelho: «Estou feliz por lhe ter sido dada a oportunidade de sobreviver. Decidir se um filho deve, ou não, viver é quase impossível»
Está em jogo o mais fundamental dos bens e a mais claramente irreversível de todas as decisões «Há solução para tudo menos para a morte» - diz o povo. Depois da morte, não há nada a fazer. Depois de salva a vida, quem disso beneficia sempre poderá pôr-lhe termo pelos seus próprios meios (o que até será pouco provável). Mais vale, pois, salvar uma vida do que tomar uma decisão irreversível que conduz à morte sem a certeza absoluta de que seria essa a vontade do doente. Esta dúvida há-de subsistir sempre. Rege aqui o princípio in dubio pro vita.
Por isso, não deverá ser vinculativa, nem deverá ser observada, uma declaração antecipada de vontade de recusa de tratamentos úteis e proporcionados na perspectiva da salvaguarda da vida. Só assim o testamento vital não será uma porta aberta à eutanásia.

Pedro Vaz Patto, Juiz de Direito

Apoio à Ajuda de Berço


Um segredo de um casamento feliz



Desde que a Maria João e eu fizemos dez anos de casados que estou para escrever sobre o casamento. Depois caí na asneira de ler uns livros profissionais sobre o casamento e percebi que eu não percebo nada sobre o casamento.


Confesso que a minha ambição era a mais louca de todas: revelar os segredos de um casamento feliz. Tendo descoberto que são desaconselháveis os conselhos que ia dar, sou forçado a avisar que, quase de certeza, só funcionam no nosso casamento.Mas vou dá-los à mesma, porque nunca se sabe e porque todos nós somos muito mais parecidos do que gostamos de pensar.


O casamento feliz não é nem um contrato nem uma relação. Relações temos nós com toda a gente. É uma criação. É criado por duas pessoas que se amam. O nosso casamento é um filho. É um filho inteiramente dependente de nós. Se nós nos separarmos, ele morre. Mas não deixa de ser uma terceira entidade. Quando esse filho é amado por ambos os casados - que cuidam dele como se cuida de um filho que vai crescendo -, o casamento é feliz. Não basta que os casados se amem um ao outro. Têm também de amar o casamento que criaram.


O nosso casamento é uma cultura secreta de hábitos, métodos e sistemas de comunicação. Todos foram criados do zero, a partir do material do eu e do tu originais.Foram concordados, são desenvolvidos, são revistos, são alterados, esquecidos e discutidos. Mas um casamento feliz com dez anos, tal como um filho de dez anos, tem uma personalidade mais rica e mais bem sustentada, expressa e divertida do que um bebé com um ano de idade.

Eu só vivo desta maneira - que é o nosso casamento - vivendo com a Maria João, da maneira como estamos um com o outro, casados. Nada é exportável. Não há bocados do nosso casamento que eu possa levar comigo, caso ele acabe.


O casamento é um filho carente que dá mais prazer do que trabalho. Dá-se de comer ao bebé mas, felizmente, o organismo do bebé é que faz o trabalho dificílimo, embora automático, de converter essa comida em saúde e crescimento.Também o casamento precisa de ser alimentado mas faz sozinho o aproveitamento do que lhe damos. Às vezes adoece e tem de ser tratado com cuidados especiais. Às vezes os casamentos têm de ir às urgências. Mas quanto mais crescem, menos emergências há e melhor sabemos lidar com elas.


Se calhar, os casais apaixonados que têm filhos também ganhariam em pensar no primeiro filho que têm como sendo o segundo. O filho mais velho é o casamento deles. É irmão mais velho do que nasce e ajuda a tratar dele. O bebé idealmente é amado e cuidado pela mãe, pelo pai e pelo casamento feliz dos pais.

Se o primeiro filho que nasce é considerado o primeiro, pode apagar o casamento ou substitui-lo. Os pais jovens - os homens e as mulheres - têm de tomar conta de ambos os filhos. Se a mãe está a tratar do filho em carne e osso, o pai, em vez de queixar-se da falta de atenção, deve tratar do mais velho: do casamento deles, mantendo-o romântico e atencioso.


(....) Os livros que li dão a ideia de que os casamentos felizes dão muito trabalho. Mas se dão muito trabalho como é que podem ser felizes? Os livros que li vêem o casamento como uma relação entre duas pessoas em que ambas transigem e transaccionam para continuarem juntas sem serem infelizes. Que grande chatice!

Quando vemos o trabalho que os filhos pequenos dão aos pais, parece-nos muito e mal pago, porque não estamos a receber nada em troca. Só vemos a despesa: o miúdo aos berros e a mãe aflita, a desfazer-se em mimos.

É a mesma coisa com os casamentos felizes.

Os pais felizes reconhecem o trabalho que os filhos dão mas, regra geral, acham que vale a pena. Isto é, que ficaram a ganhar, por muito que tenham perdido. O que recebem do filho compensa o que lhe deram. E mais: também pensam que fizeram bem ao filho. Sacrificam-se mas sentem-se recompensados.

Num casamento feliz, cada um pensa que tem mais a perder do que o outro, caso o casamento desapareça. Sente que, se isso acontecer, fica sem nada. É do amor. Só perdeu o casamento deles, que eles criaram, mas sente que perdeu tudo: ela, o casamento deles e ele próprio, por já não se reconhecer sozinho, por já não saber quem é - ou querer estar com essa pessoa que ele é.


Se o casamento for pensado e vivido como uma troca vantajosa - tu dás-me isto e eu dou-te aquilo e ambos ficamos melhores do que se estivéssemos sozinhos -, até pode ser feliz, mas não é um casamento de amor. Quando se ama, não se consegue pensar assim.

(....)

Assim como o primeiro dever do médico é não fazer mal ao doente, o primeiro cuidado de um casamento feliz é não inventar e acrescentar conflitos desnecessários. (....)


Miguel Esteves Cardoso

Crónica no Público

Petição Acabar com a Pobreza já!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Exposição sexual no Pavilhão do Conhecimento

Está patente ao público (neste caso destinada a crianças dos 9 aos 14 anos) no pavilhão do conhecimento, na Expo, uma exposição sobre educação sexual. A essa exposição têm acesso várias crianças −muitas das quais em visita organizada através da rede escolar pública. − sem que para tal seja feito qualquer controlo da idade ou requerida autorização dos pais.
Esta exposição sobre educação sexual é redutora porque restringe a sexualidade humana a um conjunto de impulsos, desejos e alterações hormonais, não fazendo, portanto, a necessária distinção entre sexualidade humana e animal.
É moralista, no mau sentido, porque transmite uma moral aberrante, permissiva e hedonista. Ora esta moral acéfala, propagada na exposição, separa a educação sexual da cultura, da religião e dos princípios e valores educacionais transmitidos de pais para filhos. Neste contexto, os pais e a família não contam para nada; o que importa é mostrar, incentivar, e estimular aquilo que para muitas crianças ainda não se coloca. Será conveniente destacar que nem todas as crianças alcançam a maturidade emocional (e sexual) ao mesmo tempo, sendo por isso deplorável que se informe, por exemplo, uma criança de 9 anos de que pode usar a pílula abortiva do dia seguinte, como acontece na referida exposição.
Nesta exposição o sexo reduz-se a uma questão de desejo e de vontade; reduz-se assim a sexualidade a um nível primário que dispensa o pensamento ou qualquer ordem, seja ela de que natureza for. Por essa razão, a exposição não educa porque não impõe limites, nem oferece qualquer tipo de diretrizes, deixando ao livre arbítrio da criança a tomada de decisão de iniciar a vida sexual, ainda que não esteja ainda preparada para isso.
Senão, veja-se, por exemplo, a seguinte frase retirada da exposição:
"Faz-se sexo pela primeira vez em idades diferentes, dependendo das pessoas. Independentemente da idade, é quando temos vontade e nos sentimos preparados, e cada um tem o seu ritmo!".
Por tudo isto, a referida exposição sobre educação sexual é um abuso de confiança à vida íntima das crianças. Faremos ouvir o nosso protesto. Esteja atento às próximas iniciativas.

Os corvos do telhado

"O amor por uma pessoa deve incluir os corvos do seu telhado"

Provérbio Chinês

sábado, 23 de outubro de 2010

Campanha do Banco Alimentar contra a Fome (27 e 28 de Outubro)

Toy Story 3 ou a importância de brincar



Diz quem viu os 3 Toy Stories que este 3º e último é, de longe, o melhor desta saga.
Melhor não só pela qualidade da animação e dos efeitos especiais, mas melhor sobretudo pela riqueza do seu argumento e pela maior densidade psicológica das personagens, incluindo do vilão, um aparentemente inofensivo ursinho de peluche.
A questão é esta:
Andy, o dono dos brinquedos cresceu, prepara-se para ir à Universidade e tem que tomar uma decisão sobre o destino dos seus brinquedos de criança.
O filme começa com um feed-back:
Somos transportados para o mundo da imaginação de Andy, enquanto criança, e mergulhamos num mundo de fantasia, suspense e muita, muita acção que têm como protagonistas principais os seus brinquedos e a enorme criatividade da sua cabeça.
Estudos confirmam que o principal e mais importante trabalho das crianças é...brincar.
Ao brincar, a criança desenvolve competências, estimula a imaginação, a criatividade, mas também a capacidade de abstração e de criação de histórias, enredos e narrativas.
Embora haja quem diga que os jogos de computador também podem ser intelectualmente enriquecedores, o melhor que se pode fazer a uma criança é colocar-lhe 2 ou 3 brinquedos à frente e deixar que invente do nada uma história igual àquela que o Andy inventou no início desta 2ª sequela do Toy Story.
No final, antes de entrar para o carro que o levará para a Universidade e posteriormente para a entrada no mercado de trabalho, Andy acena e agradece aos brinquedos da sua vida.
Na realidade, foi por eles e com eles que Andy conseguiu crescer e chegar à Universidade.
O filme enaltece igualmente a importância da familia, da amizade e da solidariedade, mesmo para com os que nos querem mal, bem como o valor do casamento bissexual e da fidelidade conjugal, através dos vários gags da senhora e do senhor batata.
Destaco também dois momentos particularmente hilariantes: Um, quando o BuzzLightyear acidentalmente fica com a fala castelhana e o outro, as relações tensas, meio patéticas, mas no final bem sucedidas, entre a boneca Barbie e o boneco Ken.
Para quem ainda não viu, aqui fica uma proposta para o fim-de-semana
P.S.- A este propósito, via o blogue Educação + Media, encontrei este vídeo que também fala sobre a importância do brincar e de nós, pais, arranjarmos tempo para brincar com eles.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Quinzenário regional "A Folha de Domingo" divulga 5 notícias sobre evento do dia 9 de Outubro

Quinzenário regional "A Folha de Domingo" divulgou, na sua última edição, 5 notícias sobre evento do dia 9 de Outubro:

Algarve é a região com maior taxa de incidência de aborto “por opção” da mulher

Bacelar Gouveia admitiu possibilidade do grupo parlamentar do PSD avançar com proposta de alteração à lei do aborto

Isilda Pegado considera que “ainda é pouco tempo” para que se perceba a destruição que lei do aborto está a causar

Algarve quer criar rede organizada de apoio às mulheres em risco de aborto

Modelos alternativos de educação sexual foram apresentados no Algarve

Textos rádio Costa D'Oiro, dias 19 a 25 de Outubro



Dia 19 de Outubro
A Federação Portuguesa pela Vida, com o apoio da Plataforma Algarve pela Vida levou a cabo, no início deste mês de Outubro, mais um Encontro Vida que teve lugar em Albufeira.
O Encontro iniciou-se com a apresentação de um estudo realizado pelo gabinete de estudos da Federação, a partir dos dados publicados pela DGS sobre a realidade do aborto em Portugal.
Deste estudo resulta, entre outros, que em 2009, ano em que o número de nascimentos ficou pela primeira vez abaixo dos 100 000, foram já realizados 19456 abortos por mera opção,
Destacou-se também a repetição de abortos pela mesma mulher, que, em 2009, representaram já 21% do total.
O Algarve tem a maior taxa de incidência de abortos do país por cada 1000 mulheres entre os 15 e os 50 anos, apesar de representar apenas 7% do total dos praticados em Portugal.Com base em dados de 2007, o concelho de Alcoutim é, do Algarve, é o melhor com zero abortos realizados e Portimão, Monchique e Albufeira são os concelhos que apresentam o maior número de abortos realizados
.Este panorama mostra que o aborto está a originar comportamentos compulsivos de irresponsabilidade e desrespeito pela dignidade humana. Muitas mulheres que entram na espiral do aborto perdem completamente o controlo da sua própria vida, registando-se, inclusive, casos de 10 abortos consecutivos.
Seria bom que mesmo no meio desta crise a solidariedade possa dar lugar à vida e o desespero possa dar lugar à esperança.


Dia 20 de Outubro
Um dos grandes problemas sociais e até económicos dos nosso dias reside na chamada falta de maturidade dos homens.
Segundo o psiquiatra espanhol Enrique Rojas, ter maturidade sentimental significa ser capaz de estar aberto a dar e receber amor, à possibilidade de descobrir outra pessoa a quem se podem entregar os papéis do nosso tesouro escondido, dando-se por inteiro a ela e elaborar um projecto em comum
Enamorar-se é criar uma mitologia privada com alguém.
Esta maturidade implica ter admiração e sentir uma forte atracção por alguém. É dizer a alguém, não entendo a minha vida sem ti, és parte fundamental do meu projecto. Enamorar-se é necessitar de alguém, não entender a vida sem que essa pessoa esteja no centro do quarto das máquinas do motor que me permita fazer a própria travessia da minha vida.
Torna-se necessário que os pais e os professores, desde tenra idade, transmitam às crianças e aos jovens as competências individuais necessárias para que, num futuro, saibam assumir as suas responsabilidades.


Dia 21 de Outubro
Como diz o psiquiatra Enrique Rojas, num recente artigo publicado no jornal espanhol “El Mundo”, o homem imaturo pode até ter uma certa maturidade profissional, mas não tem maturidade afectiva: Não sabe o que é o mundo sentimental, não sabe expressar sentimentos, não que o amor é um trabalho de artesanato psicológico, desconhece que há que trabalhar os sentimentos com dedicação e esmero porque senão volatilizam-se e dissolvem-se. O homem imaturo não sabe dar, nem receber amor e sobretudo não sabe como mantê-lo.
É neste âmbito que emerge um quadro clínico a que se pode chamar commiment panic syndrom, isto é, o síndrome do pânico a comprometer-se com outra pessoa.
Na sociedade actual, têm-se vindo a multiplicar os homens que se deixam dominar por este terror ao compromisso com outra pessoa. Cada vez há mais homens imaturos que vivem somente centrados no seu trabalho, nos seus amigos, sair, entrar, algo de cultura e boa qualidade de vida.
Pelo contrário, a mulher percebe muito mais de sentimentos do que o homem e quer um amor verdadeiro, autêntico e para sempre.
Cada vez, há mais mulheres desencantadas com este tipo de homem que se queixam: “Querem um parceiro que venha com os deveres feitos e não um adolescente que tenham que educar como se fosse a sua mãe”.
Que filhos estamos, pois, nós a educar ?

Dia 22 de Outubro
A Associação Família e Sociedade vai realizar um curso de Métodos Naturais de Planeamento Familiar, nos dias 6 e 13 de Novembro de 2010, em LISBOA.
Cada vez mais, compreendemos que há uma lógica intrínseca em cada coisa: nos animais, nas plantas, no mar, no tempo… Uma lógica, uma verdade, que convém perceber e respeitar. O mesmo se passa no Homem. Na mulher. No nosso corpo.
Por isso, cada vez mais se fala de respeitar o biorritmo. E escandalizamo-nos com tudo o que possa “magoar” o curso natural da evolução da Terra, enquanto vamos, a pouco e pouco, percebendo que violentar a própria natureza e o ciclo fértil da mulher pode ter, e muitas vezes tem, custos pesados.
É, pois, essa lógica intrínseca na natureza do Homem, essa verdade “natural” do corpo humano, particularmente do ciclo da fertilidade feminina, que é bom compreender, para respeitar e dominar, de que tratamos ao estudar a Regulação Natural da Fertilidade.
Mas será a Regulação Natural da Fertilidade um método fiável?
Sim, não só é fiável, mas apresenta aspectos positivos que não são frequentemente postos em evidência. Por exemplo:
Tem uma percentagem de eficácia de 98 %.
Não apresenta efeitos secundários.
Tem grande eficácia como resposta a problemas de infertilidade.
Não comporta praticamente custos adicionais.
Algumas precauções são, no entanto, necessárias no que diz respeito ao método: é preciso aprendê-lo e dominá-lo, para o poder utilizar de forma eficaz.
Este curso dirige-se a profissionais da saúde, noivos e casais desejosos de conhecer o funcionamento de ciclo feminino e os interessados podem inscrever-se no site da associação Família e Sociedade.org.


Dia 25 de Outubro
Um dos argumentos que hoje é utilizado para justificar a obrigatoriedade da Educação Sexual escolar é dizer que esta assim como a História ou Matemática são obrigatórias.
Sucede que a Matemática é obrigatória porque é exigida pela realidade. Um engenheiro precisa do cálculo diferencial, e por isso precisa de saber derivar. Quem opta por não ter Matemática a partir do 9º ano está a optar por não ser engenheiro. Mas quem prescinde de educação sexual obrigatória renuncia a quê? Às convicções sexuais do professor de Educação Sexual.
A maioria dos pais ignora as convicções pessoais do professor de Matemática. Mas será que um ateu aceitaria, para professor de Educação Sexual do filho, um padre? E quantos casais aceitariam um activista gay? No modelo actual tudo isto pode e vai acontecer, sem que os pais o possam impedir.
São necessários pais activos que façam um esforço por gastar e estar mais tempo com os filhos, ouvi-los, conversar, compreendê-los. Há que apostar na formação dos filhos, propôr-lhes um projecto de vida que seja duradouro, que lhes abra o caminho para a felicidade, para o amar e o ser amados. Este é um trabalho que pertence primordialmente aos pais.
Mais do que meros reprodutores, sejamos, antes de tudo, pais e educadores.

Júlio Machado Vaz e o aborto: 3 anos após liberalização


Dos principais médicos que, há 3 anos atrás, defenderam com unhas e dentes a liberalização do aborto por mera opção, Luis Graça, responsável pelo Colégio de ginecologia da Ordem dos Médicos, já tinha reconhecido o facto do aborto estar a transformar-se num método contraceptivo e Miguel Oliveira da Silva, presidente do Conselho Nacional de Ética também.



Só faltava Júlio Machado Vaz, o conhecido sexólogo do Porto.



Fê-lo ontem, no programa "O Amor É", da Antena 1, a propósito de um estudo da DECO que já aqui falámos.



O depoimento radiofónico que pode ser ouvido aqui, demonstra o seu "choque" pela repetição de abortos pela mesma mulher e reconhece (finalmente !) que o aborto está a ser utilizado como método contraceptivo.



Recorde-se (e repita-se) que um dos argumentos utilizados pelos pró-vida, na campanha do referendo de 2007, residia precisamente no facto do aborto passar a ser um método contraceptivo.

A este argumento, os partidários da liberalização, "rasgavam as vestes", ofendidos porque as mulheres, todas as mulheres eram pessoas sensatas e inteligentes e nunca repeteriam o mesmo mal.



No depoimento de Júlio Machado Vaz só há 3 notas que são de lamentar:



- Reconhece a necessidade de apoio psicológico à grávida, antes do aborto, mas é ambíguo sobre qual deve ser o sentido desse apoio. E entende que o apoio psicológico após o aborto deve ir no sentido de convencer a mulher a cumprir um planeamento familiar eficaz (um pouco "naif", diga-se).



- Lamenta a repetição dos abortos, mas termina invocando uma história onde se concluí que as más experiências são a solução para não repetir as mesmas asneiras (pelos vistos, no caso das mulheres que fizeram mais do que 1 aborto, a "moral" dessa história não parece funcionar lá muito bem).



- Parece aceitar que, tal como resulta do estudo da DECO, o período de 3 dias de reflexão não seja cumprido, como obriga a lei porque, segundo ele, as mulheres já vão determinadas e não são 3 dias que as farão mudar de ideias...

Apesar da teimosia nesses 3 pontos, o reconhecimento, por parte do professor Júlio Machado Vaz, de que o aborto tornou-se num método contraceptivo e que isso é mau, já é um avanço positivo.
Pena é que esse avanço tenha sido adquirido à custa de 54.000 perdas de vidas humanas.

Fonte da Foto: JornalismoPortoRádio

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Cardeal-Patriarca convoca Vigília pela Vida

O Cardeal-Patriarca de Lisboa D. José Policarpo convocou uma Vigília diocesana pela Vida, para o dia 27 de Novembro no Mosteiro dos Jerónimos, pelas 21h30.

Numa carta dirigida aos párocos e às comunidades do Patriarcado de Lisboa, o Cardeal-Patriarca explica que aceita o convite do Papa Bento XVI, que «iniciará o Advento com uma Vigília, por ele presidida, na Basílica de São Pedro, intitulada “Vigília pela Vida Nascente”», e pede a todos os Bispos que o acompanhem da mesma forma nas suas dioceses.

Nesta Carta, o Cardeal-Patriarca refere-se às «agressões à vida, a esta busca da plenitude da vida, no nosso mundo contemporâneo» e salienta que «a Igreja está ao serviço da vida», porque «ela acredita que toda a vida brota de Deus que Jesus Cristo é a sua plenitude humana e a fonte da força que nos permite lutar pela verdade da vida, em todas as suas expressões».
Fonte: Departamento da Comunicação do Patriarcado de Lisboa

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Com o Chile, viva a vida!

Estava a almoçar num restaurante, com um colega de trabalho, neste último13 de Outubro, e as notícias difundidas na televisão levaram-nos literalmente às lágrimas... Ficámos os dois num silêncio solene, enquanto víamos mais um mineiro a sair para o exterior e a ser abraçado pelos familiares e amigos!
As imagens e os sons eram poderosos e era difícil ficar indiferente. Emocionei-me por ver um mineiro ajoelhado, que, ao que parece, agradecia a Deus a sua libertação. Emocionei-me por ver um filho a chorar porque finalmente ia reencontrar o pai, por ver a esposa a abraçar o seu marido...
Durante meses havia uma equipa a trabalhar para que este momento finalmente acontecesse e havia um mundo inteiro a torcer por estes homens...
Depois de uma primeira explosão de alegria quando se veio a saber que afinal os mineiros tinham sobrevivido, depois de cada passo que foi sendo dado para a sua saída, agora sucediam-se novas explosões de júbilo, por cada um que saía.
Esta história teve um final feliz e por um momento todos fomos chilenos...
E se nós que estamos longe ficámos felizes, quanto mais aqueles que são mais próximos...
Realmente a vida humana merece todo o apoio e a família continua a ter uma importância fundamental para a realização do ser humano.
E a mesma energia que vimos e vivemos nestes dia a apoiar um final feliz deve ser expandida a outras frentes de luta pela vida humana.
Vou continuar a defender o direito à vida daqueles, que ainda não tendo voz, estão á espera que o ventre materno os nutra para emergirem para este lado do mundo. Vou continuar a defender o direito à vida com dignidade em todas as etapas, incluindo a velhice. E vou continuar a acreditar que vale a pena lutar pela família...
Por isso continuarei a dizer não ao aborto, à eutanásia e a todas as formas de ataque à vida humana e à família.
No deserto de Atacama, no Chile, viveu-se um episódio lindo, em que a vida humana triunfou.
Digo, como estava escrito nas T-shirts dos mineiros, "Gracias Señor!". Acredito em Deus, nesta vida e na eterna!
Com o Chile, viva a vida!

Luís Lopes

Ars Moriendi- Acompanhamento de pessoas em fim de vida

Entre os dias 28 de Outubro e 1 de Novembro, a AMARA- Associação pela Dignidade na Vida e na Morte promove o 2º retiro "Ars Moriendi- Acompanhamento de pessoas em fim de vida".
A propósito, o Europa Entrevista convida Carol de Melo Gouveia, da direcção da AMARA, Cláudia Farinha, formadora de voluntários, e ainda Horácio Lopes e Frei Hermínio, colaboradores da AMARA que participam no retiro.
Através do voluntariado, a AMARA dá apoio a doentes terminais e suas famílias, no sentido de preparar e garantir a dignidade da pessoa nos últimos dias de vida.
Esta entrevista estará no ar hoje às 18h05 e também disponível em:

Emissão também disponível online em www.radioeuropa.fm ou através da powerbox da ZON TV Cabo.

EUROPA ENTREVISTA 3.ª FEIRA,
19 DE OUTUBRO - 18H05

PCP contra prostituição


PCP apresenta Projecto para combate às causas da exploração na prostituição


PCP quer proibir publicidade que incentive a prostituição na comunicação social


Apoio à Ajuda de Berço

Apoio a Ajuda de Berço

Vitória a favor da liberdade de objecção de consciência

ESTRASBURGO, segunda-feira, 18 de outubro de 2010 (ZENIT.org)

A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa rejeitou no dia 7 de outubro o relatório da deputada britânica Christine McCafferty, no qual requisitava limitar os direitos fundamentais dos cidadãos à objeção de consciência, sobretudo dos que trabalham nos setores da saúde e não querem participar de práticas como o aborto e a eutanásia.
A Assembleia Parlamentar não apenas rejeitou o relatório McCafferty, como o substituiu por um novo texto no qual o direito pessoal do médico em relação à objeção de consciência seja consagrado de forma explícita.
Trata-se de uma vitória importante para o direito à vida, um acontecimento que ninguém tinha previsto. Todos os temores diante a eventual aprovação do relatório MacCafferty foram substituídos por manifestações de júbilo.
Para compreender como foi possível transformar uma resolução anti-vida numa favorável ao direito de nascer, ZENIT entrevistou o presidente do Grupo "PPE-Cristão Democratici" na Assembleia do Conselho da Europa.
ZENIT: Qual é a boa notícia? O que aconteceu na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa?
Luca Volontè: A boa notícia é que, após 60 anos de serem firmados, os solenes compromissos da Convenção dos Direitos Humanos do Conselho da Europa, estão bem e vivos.A ação guiada por nosso grupo parlamentar, que recebeu o apoio de muitíssimas ONGs europeias, diversas igrejas cristãs e muitos expoentes leigos, não apenas ajudou a rejeitar o relatório McCaferty, que queria restringir e abolir a objeção de consciência em todos os países do Conselho, mas também reafirmou a inalienabilidade dos direitos humanos e da liberdade de consciência na Europa.
ZENIT: Como se desenvolveu o debate e como alcançou um êxito tão favorável à cultura da vida?
Luca Volontè: Um debate intenso e polêmico, em que por um lado, do PPE, queríamos explicar rapidamente que seríamos firmemente contra a destruição dos direitos humanos, e por outro, uma repetição de slogans falsos e desgastados.Falsos porque partem da negação da realidade; de fato, todos os países do Conselho possuem previsões de saúde diretas ou indiretas que valorizam a objeção de consciência e oferecem serviços de saúde para todos.Desgastados porque sempre apareceu a forte afirmação central da liberdade de consciência no âmbito médico, para todos os indivíduos e instituições.Nós apresentamos razões e defendemos os direitos humanos, enquanto os socialistas repetiam constantemente apenas slogans do período da "revolução sexual".Assim, voto após voto, com uma tática prevista até o último detalhe, desmontamos o relatório McCafferty e o substituímos com afirmações firmes e emblemáticas sobre a liberdade e o direito à objeção de consciência.
ZENIT: Quais eram as ameaças? O que o relatório McCafferty propunha?
Luca Volontè: As ameaças eram claras, e existiam desde o início do debate em 2009: reduzir o direito à objeção de consciência para os médicos e ajustá-lo para os paramédicos e estruturas hospitalares públicas e privadas.Ao mesmo tempo, o relatório tinha propostas perigosas de introdução do "direito humano ao aborto" e afirmações insanas, juridicamente nulas.A aprovação do relatório era muito esperada pelos Governos socialistas (Zapatero em primeiro lugar) e, segundo pela senhora McCafferty, também pelo Tribunal de Estrasburgo, para interpretar e promover sentenças e legislações para abolir a objeção de consciência para os médicos, paramédicos e hospitais.
ZENIT: Como os resultados desse debate podem refletir na prática médica?
Luca Volontè: Agora, apesar de que a resolução não tenha mais um caráter "obrigatório" para Parlamentares e Governos, será muito mais fácil nos tribunais internos e internacionais a defesa do direito à objeção de consciência em todos os países do Conselho da Europa.Partidos e movimentos pró-vida poderão desafiar leis injustas e intervir com mais força nos tribunais. Os espanhóis já estão se movendo nesta direção.A partir do nosso trabalho pode nascer uma verdadeira revolução positiva para a Europa. Foi uma vitória tão concreta como simbólica.
ZENIT: Muitos consideram o êxito deste debate um sinal dos tempos, a ponta do iceberg de um modelo cultural favorável à vida que está emergindo, depois de tantos anos de cultura da morte. O que o senhor opina a respeito?
Luca Volontè: Não sei se é um sinal dos tempos, muitos movimentos pró-vida europeus devem trabalhar de forma diferente, alguns já estão fazendo e os resultados estão aparecendo. Contudo, a cultura da vida é a única esperança razoável de vida futura do continente europeu, que vive uma crise demográfica suicida.

domingo, 17 de outubro de 2010

No dia do IX Congresso Internacional da indústria abortiva, Sevilha será a capital da vida.

El sábado 23 de octubre, Sevilla será la Capital de la Vida.

Ya tenemos página web oficial.
Visítala ahora y conoce toda la información útil y práctica sobre el 23-O:
http://sevillavida.derechoavivir.org/
Los profesionales del aborto que participarán en el IX Congreso internacional de esta industria siniestra van a toparse con el desprecio de la inmensa mayoría de la sociedad española representada en quienes vamos a ir a Sevilla a proclamar el valor absoluto de la vida humana.
Ellos vienen a intercambiar sus técnicas de matar, a presentar sus innovaciones en el exterminio en masa de vidas humanas.
Sí, vidas humanas, señora Bibiana Aído. Aunque Usted diga que es discutible, la ciencia tiene muy claro desde hace tiempo que son vidas humanas.
Pero los profesionales del aborto no van a estar solos. Un montón de sevillanos y españoles van a recordarles que NO son bienvenidos.
Cada día, llegan a Derecho a Vivir nuevos mensajes de distintos puntos de España anunciando autobuses para ir a la concentración internacional del próximo sábado 23 de octubre por el derecho a la vida y la maternidad, y en protesta por la celebración en Sevilla del Congreso de la Federación Internacional de Profesionales del Aborto.
Los vecinos y las entidades más queridas por los sevillanos están volcados con esta nueva demostración del compromiso de la sociedad española con la causa del derecho a la vida.
Los Consejos Generales de Hermandades y Cofradías de Sevilla y Coria del Río, el Foro Andaluz de la Familia, Red Madre, Provida Sevilla, Provida Mairena, entre otras entidades, se han unido ya a la convocatoria de Derecho a Vivir Sevilla y HazteOir.org.
Y nuevas adhesiones siguen llegando cada día: algunas son de otros países de Europa y de Hispanoamérica, como la prestigiosa Youth Defence, de Irlanda, que apoya la concentración internacional Sevilla Capital de la Vida y tratará de enviar una delegación el próximo sábado 23 de octubre.
Definitivamente, Sevilla Capital de la Vida es ya un nuevo hito del movimiento cívico español por el derecho a la vida.
La causa del derecho a vivir es fundamentalmente cultural. Hay que conseguir el vacío social para la cultura de la muerte y sus portadores.
No ceder ni un centímetro.
Que los profesionales del aborto sientan tu rechazo.
Que los gobernantes sepan que la sociedad española nunca aceptará una ley injusta y cruel.
Sólo así conseguiremos que los políticos con capacidad de decidir se comprometan a derogarla.
Ya tienes activo el sitio web oficial de Sevilla Capital de la Vida. Encontrarás información útil para ubicar el lugar de la concentración en el plano de Sevilla, el manifiesto de la convocatoria, las entidades que van adhiriéndose, o los autobuses que ya se están organizando.
Visítalo ahora y conoce todos los detalles de tu próxima cita con el derecho a la vida en España.
http://sevillavida.derechoavivir.org/
El sábado 23 de octubre a las 12 horas, ven con tu familia a la concentración internacional Sevilla Capital de la Vida. Porque los profesionales del aborto NO son bienvenidos. Porque tú eres la voz de las vidas humanas que ellos eliminan para enriquecerse.
Muchas gracias por no rendirte en la causa más justa.
Esther Peláez y todo el equipo DAV Sevilla
PD.- Y si no puedes ir a Sevilla el 23-O, hay 7 cosas que puedes hacer para que los aborteros sepan que NO son bienvenidos a España. ¿Quieres saber cómo ayudar? Conoce las 7 cosas prácticas que puedes hacer ahora. Pincha en el siguiente enlace: http://sevillavida.derechoavivir.org/ayudanos/

sábado, 16 de outubro de 2010

Balanço de 3 anos de aborto em Portugal e, em particular, o aborto no Algarve



Apresentação pelo Gabinete de Estudos da Federação Portuguesa pela Vida

Albufeira, 9 de Outubro de 2010

Família biparental estável melhor do que a família monoparental

Familia biparenta

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Amniocentese: Sim ou não ?


em 1% destes exames há risco de aborto espontâneo (por acaso, quando foi das gravidezes da minha mulher estava convencido que a probabilidade de aborto espontâneo era de "apenas" 0,5%, ou seja uma em cada 200 mulheres viriam a abortar em consequência deste exame). Leia-se com atenção o seguinte extracto do documento anexo: "No entanto, 99 em cada 100 (99%) gravidezes seguem normalmente. Para além disso, não há qualquer evidência que este procedimento seja prejudicial ao bebé." Posso ser eu que não percebo bem, mas tirando a "banalidade" de morrer um feto em cada 100 ou 200 de cujas mães fazem este teste, não há outras consequências de maior.
Acho excelente: quando o médico nos mandar fazer análises ao sangue para ver se temos excesso de colestrol e nos disser que uma em cada 100 ou 200 pessoas que tiram sangue para ver se vão morrer de excesso de gordura no mesmo, estou certo que todos optaremos por arriscar e fazer a análise ao sangue...!!!
Queremos saber o quê quando fazemos uma amniocentese?
Se o feto vai morrer antes ou depois do nascimento?
Se vai morrer de qualquer forma, qual a mais-valia de saber quando? Se será deficiente e qual a gravidade dessa deficiência?
Então estamos a assumir que não aceitamos uma sociedade com determinadas imperfeições - é uma ideia puritana de sociedade que não se enquadra na minha forma de pensar.
Se uma em cada 800 a 1000 pessoas vivas são portadoras de um tipo de trissomia 21 (acho que este número é exagerado, mas não tive tempo de pesquisar mais, tinha ideia que rondava os um em 15.000). Ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Down ), porquê matar 1 em cada 100 ou 200 ainda antes de nascer. Isso significa que a simples realização deste teste mata 4 a 5 crianças "perfeitas" (peço desculpa porque o termo é algo ariano, mas foi propositado).
Em todos os testes de amniocentese que resultam em aborto espontâneo, temos a legitimidade de perguntar: será que no meu caso matei uma futura criança que não seria portadora de deficiência?
Será que os portadores de trissomia 21 (há uma infinidade de graus da doença) ou de outras deficiências são infelizes?
Será que são eles que de acordo com as estatísticas do Ministério da Saúde são os 60 a 70% de Portugueses que tomam ou já tomaram anti-depressivos ou ansiolíticos?
Não me parece, mas posso estar humildemente errado.

Por fim, e de uma forma muito egoisticamente em voga, será que não podemos "tirar partido" (que termo horrível - é de propósito) dos deficientes? Apesar de menos produtivos (alguns são de todo improdutivos), será que o seu contributo para o PIB tem um balanço positivo? Aposto que se assim se provasse, seriam proibidos todos os testes a eventuais deficiências "in útero".

Há no entanto sempre excepções que devem ser analisadas do ponto de vista médico (que envolve sempre a ética), como é o caso de a saúde da mãe estar em risco.
AG

Famílias de acolhimento


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Ajuda de Berço em dificuldades

Carminho Pinheiro Torres via a preocupação estampada no rosto da mãe, tesoureira da Ajuda de Berço. Tornou-se sócia desta instituição particular de solidariedade social e escreveu uma mensagem a apelar aos amigos que fizessem o mesmo. A mensagem propagou-se pela Internet. A Ajuda de Berço não ameaça "falir" em Novembro, nem as crianças por ela acolhidas correm o risco de ir "para o olho da rua", como escreveu a adolescente.
Uma IPSS não abre falência. E, se esta fosse extinta, os meninos seriam transferidos para outros centros de acolhimento temporário. Mas "a situação é dramática", diz a presidente da direcção, Sandra Anastácio. Se não se inverter, um dos seus dois centros pode fechar "no próximo ano".
Ficam em Lisboa os dois centros de acolhimento temporário da instituição criada em 1998. Cada um cuida de 20 crianças até aos três anos, que ali entraram por ordem de uma comissão de protecção ou de um tribunal de família e menores. Para os ter a funcionar 24 horas por dia, 365 dias por ano, a Ajuda de Berço emprega 60 pessoas e gere uma lista de 50 voluntários.
A comparticipação da Segurança Social cobre "um quarto das despesas". O resto - de um orçamento anual de milhão de euros - vem do sector privado. Este ano, como nos anos anteriores, a Ajuda de Berço fez diversas campanhas de angariação de fundos. Só que este ano, como em nenhum outro, as campanhas "têm resultado pouco." Algumas não conseguem juntar mais de 500 euros, outras não vão além dos mil euros. Sandra Anastácio detalha a situação por telefone: "No princípio do ano, tínhamos algum dinheiro de reserva. Temos vivido com esse dinheiro."
Não esperava que os donativos feitos por empresas e por privados baixassem "mais de 40 por cento". Este mês, "acabam as reservas".
A directora culpa a crise económica e financeira, que tem dominado a actualidade nacional e que já colocou Portugal na mira do Fundo Monetário Internacional: "As empresas estão mal, os portugueses estão mal." Não planeia cruzar os braços. Revela estar a tentar obter um subsídio extra junto do Instituto de Segurança Social. Acredita haver sensibilidade do outro lado, até porque "não interessará" encerrar uma casa repleta de crianças de quem é preciso cuidar e a quem urge traçar um projecto de vida - regresso à família biológica ou integração numa família adoptiva.
Na certeza de que tal apoio não será suficiente, Sandra Anastácio vai lembrando que há muitas formas de ajudar. Os interessados podem tornar-se sócios, como sugere Carminho no e-mail que se disseminou: pagam uma jóia de dez euros, uma quota anual de 30 euros. Podem ir a uma caixa multibanco e transferir uma verba qualquer, via projecto Ser Solidário. Podem comprar alguns produtos da casa, como a T-shirtA Movimentar o Amor, os livros Bercinho do Bebé ou Histórias Verdadeiras dos meninos da Ajuda de Berço. Ou, simplesmente, oferecer o que faz mais falta este mês: açúcar, arroz, atum, azeite, detergente de loiça, detergente de roupa, fraldas, guardanapos, leite em pó, lixívia para a roupa delicada.
Fonte: Público

Saiba como é a vida humana em estágio embrionário

Reportagem da Televisão Brasileira Canção Nova: Veja o filme aqui

À velocidade de 18 centímetros... por hora: A corrida em direção ao óvulo pode demorar até 10 horas.
Apenas 4% dos centenas de milhões de espermatozóides com seus cinco décimos de milímetros chegarão ao destino final.
O óvulo, imponente, mede 16 vezes mais. No exato instante em que ocorre a fecundação, tudo começa a se transformar.
Cerca de 25 mil informações genéticas são processadas no encontro dos núcleos masculino e feminino.
Um novo ser humano, único, irrepetível em toda a história começa a ser constituído.A partir de agora, o óvulo inicia a primeira viagem intra-uterina, lenta e silenciosa.
Durante o processo de multiplicação celular, também o útero já começa a se preparar para receber um novo visitante.
Uma comunicação silenciosa entre mãe e filha ocorre sem que ambos percebam.Dez dias - o coração é do tamanho do buraco de uma agulha. Mas é de vital importância nessa fase.

Na segunda semana, o conjunto de células forma uma placa.Imagine uma folha de papel como sendo um monte de células que acabaram de se alojar no útero materno.
A partir do décimo terceiro dia, essa placa celular irá se envergar pelas laterais e se colar bem ao meio. Nas extremidades surgirão o cérebro e os membros inferiores. Ao meio a coluna dorsal. Esse na verdade é um esboço daquilo que será o futuro corpo humano.

Nesse período, também considerado crítico, uma vitamina é de vital importância para o bom desenvolvimento do embrião: o acido fólico.
Álcool, cigarro e estresse contribuem para diminuir a produção dessa vitamina, que já não é produzida o suficiente pelo corpo humano. A falta dessa vitamina pode provocar deformações no corpo.

Na quinta semana de vida, o embrião ainda mede 3 milímetros. Não haverá menstruação. A mulher descobre que está grávida. Foi assim que há dois meses a técnica de enfermagem Rafaela Alves Diniz desconfiou da novidade. As emoções também ficaram instáveis.
O coração do embrião bate cerca de 140 vezes por minuto.

No segundo mês de gestação, os órgãos, na maioria, já estão formados.
O feto tem em média apenas 2 centímetros e meio. O que surpreende Jucilene. Aos 28 anos, ela vive a experiência da primeira gravidez. Ao final da oitava semana as características fisicas do embrião já são semelhantes as de um adulto. O estágio embrionário se encerrará para dar início à fase fetal. Ele já terá, em média, 8 centímetros.

Mãe e filho caminharão juntos para uma nova jornada.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Educação Sexual em Meio Escolar - Entrevista com Teresa Tomé Ribeiro

Ler aqui.

Educação da Sexualidade em Meio Escolar

Educação da Sexualidade em Meio Escolar - artigo da Dr.ª Teresa Tomé Ribeiro

EDUCAR PARA UM PROJECTO DE VIDA


No passado dia 27 de Outubro, teve lugar na Culturminho em Braga, o segundo Sábado In Familia, subordinado ao tema “Que educação da Sexualidade?” Nestas sessões pretende-se a reflexão e o debate de temas relacionados com a Educação e com a Família.

A orientação da reflexão esteve a cargo de Teresa Tomé Ribeiro, Professora da Escola de Enfermagem S. João (Porto) e formadora de Professores, com trabalhos publicados na área da Educação da Sexualidade. Foi um espaço de diálogo e confronto entre a palestrante e a assistência – jovens, professores, educadores e pais.
Teresa Tomé Ribeiro começou por contextualizar a necessidade da criação da disciplina de Educação Sexual nas Escolas, salientando o contexto social actual, muito repassado de mensagens e sugestões com forte carga sensual e até erótica, sobretudo a nível da publicidade – hoje nada sevende sem «esse atractivo».
Por outro lado, cada vez mais a sexualidade é vista de forma hedonista, como algo do indivíduo e para o seu uso. Tudo isto gera muita informação e desinformação, em que se torna difícil saber o que é e o que não é preconceito, o que é e o que não é tabu. A este clima, soma-se o facto de, em muitos casos, a família ter deixado de transmitir educação nesta matéria, devido à falta de tempo dos pais para estarem com os filhos.
«O grande problema da sexualidade é que as crianças hoje em dia passam pouco tempo com os pais e até mesmo com o resto da família. Há toda uma educação não formal, comunicada através de gestos, palavras, de manifestações de carinho entre pais, irmãos, etc., que as crianças e adolescentes acabam por não receber e que é fundamental para entenderem que existem vários tipos de afectos. Isto leva a que do amor só fiquem com um conceito muito sensual e erótico, aquele lhes transmitido pela televisão, cinema e publicidade…»

Por todas estas razões, defendeu a palestrante, a educação para a sexualidade é necessária, mas convém perceber que mensagens interessa passar. Convém que os pais percebam que competências querem que os seus filhos adquiram a este nível. «Não podem deixá-los sozinhos, sobretudo porque aqui chegados, todas as experiências os marcam, tudo se soma, nada se subtrai».

Teresa Ribeiro sustentou que, neste âmbito, as campanhas até aqui desenvolvidas têm-se centrado muito na indicação dos comportamentos a tomar e na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis. Ora, esta é uma visão afunilada da sexualidade, porque não perspectiva o indivíduo como um todo, e cujos resultados não têm sido os esperados: aumentou o número de doenças sexualmente transmissíveis e de gravidezes indesejadas, com a agravante deste aumento se verificar em idades cada vez mais jovens.
Modelo de educação sexual alternativo
Em alternativa, propôs um modelo de educação sexual em que a questão seja abordada a três níveis: biológico, psicoafectivo e de construção de um projecto de vida. Neste modelo, a sexualidade é vista «como uma dimensão da pessoa, que a constrói». Teresa Tomé Ribeiro salientou ainda a importância de não deixar a educação da sexualidade apenas a cargo da escola – afirmando mesmo que, até aos 10 anos, a educação sexual dever acontecer unicamente em contexto familiar. Além disso, é muito importante não se baralharem as etapas de crescimento do indivíduo. Se este, enquanto adolescente, não viver essa fase de modo a perceber o que é a sexualidade e, ao invés, avançar logo para uma vida sexualmente activa, não saberá progredir para a etapa seguinte, da vida adulta. A adolescência foi traduzida como um momento importante para se formar «o perfil do outro que mais gostamos, que melhor combina connosco, a pessoa com quem queremos partilhar a nossa vida».
A oradora alertou para a urgência de os pais ajudarem os filhos a ter um projecto de vida que inclua a dimensão afectiva, e não se ficarem pela questão das opções profissionais, pois a dimensão afectiva «fica para toda a vida». Se for ajudado a formar um projecto de vida, o adolescente poderá lidar mais facilmente com momentos de confronto, como as saídas, a bebida, etc. Um modelo de educação sexual que a veja como parte da educação integral do indivíduo, estruturada nestas três vertentes, é aquele que permite obter resultados diferentes dos alcançados.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Síndrome de Simão



Enrique Rojas


Destes adjectivos destaco a parte do imaturo que se aplica visceral e infelizmente mais a nós, homens:


Tener madurez sentimental significa ser capaz de estar abierto a dar y recibir amor, a la posibilidad de descubrir otra persona a la que entregarle los papeles del tesoro escondido, dándose por entero a ella y elaborar un proyecto común. Enamorarse es crear una mitología privada con alguien. Hay dos notas esenciales:

- tener admiración y sentir una fuerte atracción atracción.

Es decirle a alguien:

no entiendo mi vida sin ti, eres parte fundamental de mi proyecto. Enamorarse es necesitar a alguien, no entender la vida sin que esa persona este en el centro del cuarto de maquinas de la propia travesía.
En el síndrome de Simón nos encontramos con una persona que puede tener una adecuada madurez profesional (ama su trabajo, lo cuida lo cultiva, es un buen profesional, etc.), pero que no tiene madurez afectiva: no sabe que es el mundo sentimental, no sabe expresar sentimientos, no sabe que el amor es un trabajo de artesanía psicológica, desconoce que los sentimientos hay que trabajarlos con dedicación y esmero, porque si no se volatilizan. El inmaduro no sabe dar y ni recibir amor y sobre todo no sabe como mantenerlo…
En estas brumas de estas características del Simon, asoma, emerge, salta y se levanta huracanado, otro cuadro clínico que se desgaja de este y que remata la faena del siguiente modo: commiment panic syndrom, el síndrome del pánico a comprometerse con otra persona. Me decía un joven de 35 años que lleva saliendo dos años con una chica, de su mismo nivel social, que ella le había propuesto casarse, después de esos dos años de andadura y el respondió: “He tenido ansiedad, pellizco gástrico, dificultad respiratoria, pellizco en la tripa … y un gran miedo, porque yo creo, que no estoy preparado y que lo que quiero es seguir por el momento así, hasta que pase el tiempo, no me veo en condiciones adecuadas para dar un paso tan serio, no estoy preparado ….”.
Se han multiplicado los hombres que se adscriben a este terror al compromiso con otra persona, la sociedad actual, ha ido fabricando cada vez mas hombres inmaduros (que no mujeres), que viven centrados en sus trabajo, en sus amigos, salir y entrar, algo de cultura y pasarlo bien. Son los tiempos que corren. La mujer sabe mucho mas de los sentimientos que el hombre y quiere buscar un amor verdadero, autentico, para siempre… pero esto es lo que hay, el patio está de esta manera, se ha producido en los últimos tiempos lo que yo llamaría una cierta socialización de la inmadurez sentimental en el hombre, divertida y escandalosa, juguetona y dramática, banal y kafkiaAdicionar imagemna. Esto es lo que hay.


Enrique Rojas

Psiquiatra

Apoio à Ajuda de Berço


Queridos Amigos,


A Ajuda de Berço está mesmo a precisar da vossa ajuda,esta crise não abranda e os donativos estão cada vez mais escassos peço-vosuma pequena ajuda, vão telefonando para o seguinte número 760 300 410(chamada com o custo de 0,60€ para todas as redes).


As crianças agradecem e eu também e este valor reverte para a Ajuda de Berço.Se possível divulguem pela vossa lista de contactos.


Sandra Anastacio

(Recebida por e-mail)

Curso Métodos Naturais

Caros amigos,




A Associação Família e Sociedade vai realizar o próximo curso de Métodos Naturais de Planeamento Familiar, nos dias 6 e 13 de Novembro de 2010, em LISBOA.



Se há uma conquista que se vai desenhando positivamente no pensamento do Homem moderno, essa é, certamente, a consciencialização da necessidade de respeitar o ciclo da natureza e a sua sabedoria intrínseca.



Cada vez mais, compreendemos que há uma lógica intrínseca em cada coisa: nos animais, nas plantas, no mar, no tempo… Uma lógica, uma verdade, que convém perceber e respeitar. O mesmo se passa no Homem. Na mulher. No nosso corpo.



Por isso, cada vez mais se fala de respeitar o biorritmo. E escandalizamo-nos com tudo o que possa “magoar” o curso natural da evolução da Terra, enquanto vamos, a pouco e pouco, percebendo que violentar a Natureza pode ter, e muitas vezes tem, custos pesados.



É, pois, essa lógica intrínseca na natureza do Homem, essa verdade “natural” do corpo humano, particularmente do ciclo da fertilidade feminina, que é bom compreender, para respeitar e dominar, de que tratamos ao estudar a Regulação Natural da Fertilidade.



Conhecer e dominar. Mas será a Regulação Natural da Fertilidade um método fiável?

Sim, não só é fiável, mas apresenta aspectos positivos que não são frequentemente postos em evidência. Por exemplo:

1. Tem uma percentagem de eficácia de 98 %.

2. Não apresenta efeitos secundários.

3. Tem grande eficácia como resposta a problemas de infertilidade.

4. Não comporta praticamente custos adicionais.



Algumas precauções são, no entanto, necessárias no que diz respeito ao método: é preciso aprendê-lo e dominá-lo, para o poder utilizar de forma eficaz.



A quem se dirige o curso? A profissionais da saúde, noivos e casais desejosos de conhecer o funcionamento de ciclo feminino.



O programa é o que se segue:



6 de Novembro - Sábado



14:30 h - Entrega de documentação

15:00 h - O que é a regulação natural da fertilidade

15:30 h - Anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor feminino e masculino

16:00 h - Uso responsável da sexualidade humana; Bases antropológicas dos Métodos Naturais

17:00 h - Pausa para café

17:30 h - Parâmetros fisiológicos da ovulação; Aprendizagem da auto observação; Método de Billings

19:00 h - Fim de sessão





13 de Novembro - Sábado



15:00 h - O papel do marido; O papel da mulher

16:00 h - Método Sintotérmico

17:15 h - Pausa para café

17:45 h - Estudo de casos práticos - Esclarecimento de dúvidas

18:30 h - Fim de sessão



Destinado a: Casais e Noivos; Profissionais na área da saúde.



O Curso inclui: Entrevista com médico; Aconselhamento semanal ou quinzenal do casal, em consultas particulares, por uma monitora, para aprendizagem prática do método durante 3 meses; Documentação.



Inscrição: 80 euros (Casal); 40 euros (Profissionais da área da saúde)



Agradecíamos que dessem a divulgação que considerassem oportuna a esta actividade.



Ficha de inscrição



Nome: ______________________________________

Profissão: ___________________________________

Idade: ________ NIF (para recibo): ______________

Telefone Do Emprego: _______________

Telemóvel: _______________

Email: ___________________­­­­___________­________

Nome Cônjuge: ______________________________

Profissão: __________________________________

Idade: _____

Telefone Do Emprego: ______________

Telemóvel: _______________

Email: ______________________________________

Morada De Casa: _____________________________

Código Postal: _________ Local: _______________

Telefone De Casa: _______________

Caso seja necessário alguma informação adicional poderá contactar a Associação preferencialmente pelo E-mail familiasociedade@sapo.pt ou pelo telefone 21 314 95 85 das 10h às 14 horas, segunda a sexta.

Morada: R. Viriato, nº 23 - 6º Dto - 1050 - 234 Lisboa

Site: www.familiaesociedade.org.



Com o apoio :









IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social

R. Viriato, nº23, 6º Dto.

1050 – 234 Lisboa

Telefone 21 314 95 85

Horário: 10h às 14h

familiasociedade@sapo.pt

www.familiaesociedade.org