quinta-feira, 30 de julho de 2009

O PS, o Aborto e a política


Algumas pessoas, inclusive que nos são próximas, acham que este blog não se deveria pronunciar sobre políticos, nem sobre partidos políticos e muito menos mostrar-se partidário de qualquer um deles.


De facto, desde sempre, defendemos que este blog deveria ser apartidário.


Porém, não sejamos ingénuos, são os partidos políticos e são os políticos que fazem a política que é depois executada no nosso dia a dia, através dos órgãos próprios.


Não podemos dizer que somos contra o aborto e depois mostrar indiferença ou pura e simplesmente nada dizermos às posições de Obama ou do Partido Socialista Português sobre a matéria.


O que está em causa não é tomar o partido de alguém, mas saber que em matérias fundamentais há que ser claro e saber quem defende o quê.


Eu próprio neste blogue já elogiei e critiquei praticamente todos os 4 partidos e, relativamente ao novo partido Portugal Pró-Vida, desde o início, que foi política deste blogue não aderir às suas iniciativas, sem prejuízo de as divulgarmos, tal como divulgaríamos outra qualquer iniciativa da sociedade civil em favor da vida.


Posto isto, não posso deixar de citar a posição do partido socialista sobre o assunto do aborto, recentemente divulgada.


É bom que todos saibam o que este partido defende sobre esta matéria.


Diz a página 69 do seu novo programa que "Criado que foi o novo quadro legal para a interrupção voluntária da gravidez, com resultados no combate ao aborto clandestino, continuarão a ser tomadas as medidas necessárias para o adequado funcionamento dos serviços e a aplicação da lei. "


Por outro lado, na sua página 64, fico claramente frustrado com a exiguidade, em termos de quantidade e qualidade, das políticas "de apoio às famílias e à natalidade".


Veja-se, aliás, o pormenor.

Não se fala de "de apoio à família", no singular, isto é, enquanto instituição a promover e consolidar, mas sim "às famílias".


Neste ponto, a conta-futuro e o aumento do número de creches com horário alargado é manifestamente pouco, nada se dizendo sobre a promoção da conciliação entre família e trabalho em termos, por exemplo, de criação de creches nos próprios locais de trabalho, entre outros.


Destaco, porém, pela positiva, a questão do enquadramento legal das amas, ponto que tenho vindo, neste blogue, repetidas vezes a chamar à atenção. Parece que ninguém se dá conta da importância da legalização, enquadramento e fiscalização das amas e (tire-se o chapéu), neste particular, o programa do PS, dá um sinal positivo.
P.S.- Esta é a minha opinião pessoal e este é um blogue aberto a comentários onde se pretende também promover a discussão e a diversidade de opiniões, pelo que agradecia que não associassem este post a qualquer posição oficial de todos os seus membros.

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