quinta-feira, 31 de maio de 2012

Apresentação da plataforma Algarve pela Vida na 3ª Caminhada pela Vida

A minha intervenção, em representação da Plataforma Algarve pela Vida, um pouco atabalhoada e envergonhada na 3ª edição da Caminhada pela Vida que teve lugar em Lisboa no passado dia 19 de Maio.
Não estou muito habituado a falar para cerca de 1000 pessoas em plena Praça dos Restauradores mas, acho, que no essencial da mensagem passou


 

Avaliação e Intervenção na Dislexia


"Droit de Naître" em Portugal



Depoimento de George Martin, do movimento francês "Droit de Naître", no final da 3ª Caminhada pela Vida que teve lugar no passado dia 19 de Maio de 2012, na Praça dos Restauradores em Lisboa

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Vaticano lança petição a favor da defesa da vida



Sobre o lema "Um de Nós", o Pontíficio Conselho para os Laicos, lançou uma importante iniciativa no sentido da defesa dos não nascidos na Euroipa.

Na sua luta por dar voz "a quem não a tem", aquele Conselho informou que, no passado dia 11 de Maio, apresentou à União Europeia um pedido de admissão de petição para recolha de assinaturas a favor do reconhecimento da dignidade humana e do direito à vida de todo o ser humano desde o primeiro instante da concepção.
Com vista à recolha de assinaturas, os organizadores constituiram um comité constituído por 41 representantes de 21 movimentos pro-vida de 20 nações distintas.

Os organizadores têm como objectivo superar o milhão de assinaturas e suscitar a participação de todos os 27 estados europeos.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Seleção de Portugal de de atletismo com síndrome de Down campeã do mundo !

 
 
 
A seleção portuguesa de atletismo para atletas com síndrome de Down sagrou-se, este domingo, campeã do mundo da modalidade. A competição decorreu durante três dias no Estádio João Paulo II, em Angra do Heroísmo nos Açores, e Portugal foi o grande vencedor, deixando para trás desportistas de 12 países.


"Era um sonho que acalentávamos. Vir aos Açores, organizar o segundo campeonato do mundo em nossa casa e, se possível, ter a cereja no topo do bolo e ela está aqui", afirmou o selecionador nacional, Costa Pereira, em declarações à Lusa.


A atleta Maria João Silva, natural do Pico, esteve em grande destaque ao conquistar três medalhas de ouro. As medalhas foram obtidas nas provas de 1.500 e 800 metros marcha e em estafeta e deram uma contribuição decisiva para o resultado final, ajudando a colocar Portugal no cimo da classificação.


«Ela é campeã da Europa e duplamente campeã do Mundo», salientou Costa Pereira, lembrando que a atleta açoriana do Centro de Atividades Ocupacionais da Santa Casa da Misericórdia da Madalena, na sua ilha natal, detém os recordes em todas as distâncias.


Depois de todas as provas disputadas, Portugal somou um total de 334,5 pontos, contra os 196,5 da Venezuela, segunda classificada, e os 169 da África do Sul, que ficou em terceiro lugar no mundial.
 

domingo, 27 de maio de 2012

Notícia sobre participação da Plataforma Algarve pela Vida na Caminhada pela Vida2012


Artigo sobre Caminhada pela Vida 2012

A partir de agora, será assim todos os anos em Maio.
Não se vem protestar, não se gritam palavras de ordem contra ninguém.
Canta-se e dizem-se palavras animadoras que convidam a abraçar a apaixonante tarefa de viver.
De Braga a Faro, estão lá todos os que quiseram vir.
A maioria dos caminhantes é de Lisboa e representa-se apenas a si própria ou a algum dos 40 movimentos que aderiram à chamada de Sofia Guedes, já especialista na organização das edições anteriores.
Com uma equipa de voluntários e um mês de trabalho intensivo, foi posta em pé de novo esta iniciativa

Na Praça dos Restauradores, testemunhos breves de dois jovens do Lobby pela Vida: a Carminho d´ Orey e o Tomás Anunciação, que contam como se entusiasmaram por esta causa. Célia Fonseca, que veio parar aqui por uma situação desemprego. Hoje não quer ocultar a dureza dessa situação, mas prefere olhar para o tempo livre que lhe permitiu fazer voluntariado na Caminhada e que agora quer prosseguir.
Teresa Correia, formadora de jovens, agradece a presença de todos e mostra todos os dias com o seu trabalho como é importante sensibilizar os mais novos para o VALE A PENA VIVER, lema que vem conduzindo os participantes. E assim chega a vez dos que já constituíram família: a Catarina e o Miguel já trazem a pequena Pilar. Contrariaram a tendência dominante de adiar o casamento e decidiram fazê-lo quando o seu amor já estava maduro. As dificuldades não esbateram a enorme alegria da ter uma criança para cuidar minuto a minuto.
Fala depois Leonor Ameal, em nome dos idosos. Uma senhora que nos acorda para a urgência desta fase da vida, em que já não tem que provar nada a ninguém, mas com muito para dar: um tempo que já não está medido pelas regras da produtividade, em que pode saborear constantemente as pequenas coisas como presentes.
Depois, a expansão geográfica: Miguel, do Algarve, José de Coimbra, ambos empenhados na defesa da vida, e também os amigos de fora: George Martin, de França, recentemente chegado dum evento semelhante em Roma, com participação massiva, e Peter Colosi, dos Estados Unidos, que apela às conversas cara a cara, coração a coração. Nesta batalha não há fronteiras.
Encerra a fase breve dos discursos António Maria Pinheiro Torres, da Federação Portuguesa pela Vida, convidando todos a manter a presença desta grande causa no espaço público, com sentido positivo, sem lamentos e sem baixar os braços.
A chuva já tinha parado a meio da Avenida da Liberdade.


Os que empunham e acompanham o cartaz referente à época da Juventude já apanham a etapa luminosa da tarde e os seus gritos dão cor ao meio do percurso.
A chuva já não volta ,a festa custa a terminar, ao som de uma banda rock que anima o final da sessão. Todas as crianças que já vieram pelo seu pé se põem em ritmo de dança, enquanto os adultos aproveitam para se cumprimentar e marcar novas etapas. "Este ano, viemos muitos, mas para o ano vimos mais", diz-nos uma das participantes minhotas.

Proposta de alteração da lei do aborto


 As unidades privadas onde se realizam interrupções voluntárias da gravidez por opção da mulher deveriam dar entre 2% a 5% da facturação por acto para um fundo dedicado à infância, defende a deputada social-democrata Conceição Ruão no relatório final elaborado a propósito de uma petição apresentada pela Federação Portuguesa pela Vida (FPV). Por causa desta iniciativa de cidadãos, o tema deverá voltar à discussão no Parlamento no próximo mês.

Há cerca de um ano, esta organização não governamental antiaborto apresentou no Parlamento uma petição, que reuniu 5601 assinaturas, pedindo que a lei que em 2007 descriminalizou o aborto por opção da mulher até às dez semanas seja revista. Entendem também os peticionários que as mulheres que recorrem ao aborto devem deixar de ser beneficiadas, em contraste com a falta de recursos de instituições no terreno que ajudam mulheres e crianças em risco.

Tendo sido reunidas mais de quatro mil assinaturas de cidadãos, a lei obriga a que o Parlamento discuta a petição em plenário, assim como o relatório que dela resultou, algo que deverá acontecer no próximo mês, refere Nuno Reis, deputado e coordenador do grupo parlamentar do PSD para a área da saúde. A petição é encabeçada pela advogada Isilda Pegado, da FPV. Coube à deputada Conceição Ruão analisar as contribuições recolhidas junto de 13 instituições e tirar as suas conclusões.

PSD: taxas sim, mas...

A Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) até às dez semanas por opção da mulher voltou à ordem do dia depois de a deputada do CDS Teresa Caeiro ter anunciado, na semana passada, que vai propor no Parlamento que as mulheres que fazem IVG por sua opção passem a pagar taxas moderadoras. Teresa Caeiro disse na altura que a ideia é dar "equidade e justiça" ao sistema de pagamento de taxas moderadoras. 

"Este acto médico é sempre isento do pagamento de taxa moderadora, ao contrário do que acontece com o tratamento de outras doenças e a realização de outras cirurgias, como tirar um apêndice ou um tumor, uma hérnia discal ou uma intervenção ao coração", explicou. A deputada sublinhou que o projecto - que deverá ser apresentado ainda antes do final da sessão legislativa - "não pretende prejudicar o acesso" à IVG. 

Mais moderado, o grupo parlamentar do PSD veio mostrar-se favorável à cobrança de taxas moderadoras apenas no caso de reincidências. Entre as 20.290 interrupções de gravidez realizadas em 2011, 5130 dizem respeito a mulheres que já tinham realizado pelo menos um aborto em anos anteriores. 

No relatório final da petição, Conceição Ruão vai mais longe do que o seu grupo parlamentar e subscreve o fim da isenção do pagamento de taxas para estas mulheres. Na sua opinião, a isenção "é desprovida do sentido de justiça relativa, colocando a situação de IVG numa situação de discriminação positiva". Do mesmo modo, manifesta-se contra a atribuição de baixas a 100% a estas mulheres, tal como acontece por motivo de maternidade, paternidade e adopção. "É tratar de igual modo situações antagónicas e conflituantes em matéria de interesses a proteger."

Custos de 33 milhões

Dos dados recolhidos pela deputada não foi possível chegar ao custo real dos abortos por opção da mulher, mas constatou-se que o total facturado das IVG em Portugal continental ascendeu, entre 2007 e 2010, a cerca de 33 milhões de euros - um valor muito longe do apurado pelos peticionários, que num comunicado divulgado em 2011 estimaram que as IVG por opção da mulher custavam ao Sistema Nacional de Saúde 100 milhões de euros.

Conceição Ruão defende que "na exacta medida dos custos, em cada ano, com a interrupção voluntária da gravidez", o Estado deve assumir a obrigação de proteger e apoiar a maternidade e as famílias com filhos, instando o Ministério da Solidariedade e Segurança Social a gastar o mesmo que o Ministério da Saúde gasta em abortos por opção da mulher "em favor de medidas de apoio à maternidade e à família".

A parlamentar propõe mesmo que as entidades privadas que praticam IVG contribuam com uma taxa que vá de 2% a 5% por acto, a ser entregue a um fundo da segurança social que distribuiria depois essas verbas por instituições de solidariedade social que se dedicam ao apoio da infância. 

Nuno Reis ressalva que as opiniões incluídas no relatório vinculam apenas a deputada relatora. Já o PSD está a ponderar apresentar um projecto de resolução propondo a introdução de taxas moderadoras apenas para as mulheres que fazem abortos repetidos, admitindo que "numa percentagem significativa de mulheres o aborto está a ser usado como método contraceptivo".De acordo com dados fornecidos à deputada pela Direcção-Geral da Saúde, haverá cerca de 5% de mulheres que voltam atrás na sua decisão após consulta prévia e decidem não abortar.

Fonte: Público

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Pagamento de taxas moderadoras


A deputada Teresa Caeiro (CDS-PP) anunciou esta terça-feira a intenção do seu partido apresentar um projecto para as mulheres pagarem taxa moderadora pela realização da Interrupção da Gravidez, a seu pedido, ideia criticada pelo Departamento Nacional de Mulheres Socialistas.

Teresa Caeiro disse à agência Lusa que a ideia é dar “equidade e justiça” no sistema de pagamento de taxas moderadoras entre este ato médico e outros.

“Este ato médico é sempre isento do pagamento de taxa moderadora, ao contrário do que acontece com o tratamento de outras doenças e a realização de outras cirurgias, como tirar um apêndice ou um tumor, uma hérnia discal ou uma intervenção ao coração”, explicou.

Teresa Caeiro sublinhou que o projecto – que deverá ser apresentado ainda antes do final da sessão legislativa – “não pretende prejudicar o acesso à Interrupção da Gravidez (IG)”.
Para o Departamento Nacional de Mulheres Socialistas, esta posição do CDS-PP, “numa atitude populista, procura, aproveitando a situação difícil que os portugueses atravessam, utilizar o tema das taxas moderadoras para abrir novamente o debate sobre o aborto”.

“É inaceitável esta posição do partido da coligação governamental, quando existe por parte do Governo um ataque ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), dificultando o acesso dos utentes, aumentando as taxas moderadoras e dificultando o transporte aos doentes”, lê-se num comunicado deste grupo.

Introdução de taxas moderadoras é vingança pela derrota no referendo

O PCP e o Bloco de Esquerda manifestaram-se esta terça-feira contra a intenção do CDS-PP apresentar um projecto para impor taxas moderadoras nas interrupções de gravidez, considerando tratar-se de uma “vingança” pela derrota no referendo da despenalização do aborto, avança a agência Lusa.

O deputado do Bloco de Esquerda (BE) João Semedo disse à Lusa não compreender que o CDS-PP queira “abrir uma excepção” no caso da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), quando a própria lei das taxas moderadoras, recentemente alterada pelo Governo, “isenta tudo o que respeite a planeamento familiar”.

Para o BE, não sendo a redução da IVG a intenção e o objectivo do CDS, o que o projecto deste partido traduz é “o desejo de vingança pela derrota no referendo da IVG”.

“O CDS pretende desforra dessa derrota. As motivações do CDS são, por isso mesmo, exclusivamente de terrorismo político e ideológico”, afirmou.

Na mesma linha de ideias, o Partido Comunista Português (PCP) considera que “esta proposta tem o exclusivo propósito de retomar a oposição do CDS-PP ao resultado do referendo que deu a vitória ao sim e à despenalização da IVG”.

“Esta proposta vale sobretudo pelo papel do CDS-PP na facilitação da agenda política dos sectores da direita mais conservadora que, fazendo uso de novas ‘roupagens’, visam velhos objectivos de anulação prática da lei”, afirma em comunicado a comissão do PCP para a Luta e Movimento das Mulheres.

O Bloco de Esquerda sublinha que o número de abortos realizados anualmente está muito aquém das expectativas que havia antes do referendo, pelo que “não têm a dimensão que o CDS quer fazer crer”.

“Se se pretende diminuir esse número e evitar que a mesma mulher recorra à IVG mais do que uma vez por ano, como tem acontecido nalguns casos, essa questão não se resolve com a introdução de taxas moderadoras, resolve-se introduzindo educação sexual nas escolas, programa contra o qual o CDS sempre votou, e facilitando o acesso às consultas de planeamento familiar no Serviço Nacional de Saúde” (SNS), defendeu João Semedo.

O PCP recorda que a despenalização do aborto é uma questão de saúde pública que integra o conjunto de cuidados no âmbito de saúde sexual e reprodutiva da mulher, que devem ser integralmente salvaguardadas pelo SNS, e defende a abolição de todas as taxas moderadoras.

Os comunistas criticam ainda que “a pretexto da crise” o Governo ataque os direitos das mulheres trabalhadoras, criando constrangimentos ao direito de serem mães, de constituírem família e de a conciliarem com a vida profissional, e de decidirem o momento e o número de filhos que desejam para o seu projecto de vida.

Notícia daqui.

A tutela jurídica do direito a matar ou "bem vindos ao mundo-cão"


Uma mulher procurou uma clínica de Palma de Mallorca, em Abril de 2010, para realizar um aborto, dentro do prazo permitido pela legislação espanhola, que permite a interrupção voluntária da gravidez até às sete semanas. A cirurgia realizou-se aparentemente sem problemas e o médico assegurou-lhe, num exame ginecológico duas semanas mais tarde, que tinha sido bem sucedida. 

Mas, mais de três meses depois, a mulher voltou à mesma clínica por achar que estava de novo grávida. Foi surpreendida com a notícia de que não era uma nova gravidez, mas sim a mesma. A história é contada na edição online do jornal «El País». 

Como a mulher já apresentava uma gravidez de 22 semanas, já não havia nada a fazer para a interromper dentro da lei e o bebé acabou mesmo por nascer. Tem agora pouco mais de ano e meio. 

A jovem mãe de 22 anos processou o médico e, numa sentença inédita, o tribunal de Palma de Mallorca condenou agora o clínico, o hospital e também as seguradoras envolvidas a indemnizar a mãe em 150 mil euros, por danos morais, e ainda a cuidar financeiramente da criança até que cumpra a idade de 25 anos. Assim, a mulher vai receber, para cuidar do seu filho, 978 euros por mês, até que ele cumpra 25 anos.

Fonte. TVI 24

18% das IVG em Portugal envolvem mulheres estrangeiras - Saúde - Notícias - RTP

18% das IVG em Portugal envolvem mulheres estrangeiras - Saúde - Notícias - RTP

Métodos contracetivos falham

Estudo Gravidez na adolescência em Portugal revela que jovens não sabem usar contraceptivos. Especialistas dizem que é pela educação que se previne a maternidade precoce.

A maioria das adolescentes portuguesas engravida apesar de utilizar, pelo menos, um método contraceptivo. 
O alerta é feito no estudo Gravidez na Adolescência em Portugal: etiologia, decisão reprodutiva e adaptação – o mais recente e abrangente sobre este tema, com coordenação da professora catedrática Maria Cristina Canavarro. 

Das 405 grávidas que compõem a amostra, 64% diz que estava a usar contracepção, o que revela, segundo os especialistas, uma grave falta de informação. Porque, dizem, não basta conhecer os métodos contraceptivos, é preciso saber usá-los com eficácia. 

«Surpreende-me a elevada percentagem de jovens que engravidam estando a utilizar contracepção», adianta ao SOL a psicóloga Raquel Pires, uma das investigadoras do projecto – que conta com a participação da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, da Associação para o Planeamento da Família e da Direcção-Geral da Saúde. 

Quando questionadas sobre o que falhou, as jovens apontaram várias razões: o rompimento do preservativo, o esquecimento da toma da pílula, a toma desta com antibióticos ou o uso esporádico do preservativo. «Estes resultados parecem-me de extrema importância para a planificação de intervenções mais pormenorizadas», avisa a investigadora. 

Ou seja, apesar de o estudo estar ainda em curso (terminará em 2014), já é possível retirar algumas conclusões como a necessidade urgente de se apostar na educação sexual. 

Açorianas são as que mais recusam contraceptivos 


De acordo com a especialista, os jovens têm ideias erradas sobre os métodos contraceptivos. Por exemplo, muitas raparigas esquecem-se de tomar a pílula durante dias e quando se lembram ingerem todas ao mesmo tempo julgando que continuam protegidas. 
(...)
Os resultados revelam ainda a existência de diferenças entre as várias regiões do país. As jovens de Lisboa e Vale do Tejo e da região Sul são as que recorrem mais à Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG). 

A grande maioria das jovens grávidas que participou neste projecto mencionou ainda não ter ponderado a realização de um aborto face à gravidez não planeada. 

E aquelas que ponderaram a IVG indicaram não o terem feito «em primeiro lugar, pelo tempo de gestação já ter ultrapassado o prazo legal para a interrupção; em segundo, a posição pessoal contra o aborto; em terceiro, a pressão/influência por parte do companheiro e/ou família; e em quarto, a ausência de coragem para interromper a gravidez».

Fonte: Sol

P.S.- Este artigo reforça ainda mais o teor desta intervenção da Dra Sofia Mendonça:


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Conferência Demografia e Economia

DATA: 31 de Maio de 2012
LOCAL: Fundação Gulbenkian - Auditório 3
HORA: 9h00 h às 13h00

A APFN – Associação Portuguesa das Famílias Numerosas e o OJE Conferências vêm desafiá-lo a participar na conferência “DEMOGRAFIA E ECONOMIA - O futuro decide-se hojeque vai realizar-se no dia 31 de Maio na Fundação Gulbenkian, na Avenida de Berna 45-A, em Lisboa.

Há 30 anos que Portugal não faz renovação das gerações, sendo o país considerado em termos demográficos o pior do mundo a seguir à Bósnia. Este problema estrutural tem efeitos de curto, médio e longo prazo na Economia Portuguesa.

A sustentabilidade económica e o modelo social estão em causa.

Porque o futuro se decide hoje, urge tomar de imediato medidas adequadas que permitam que Portugal inverta o trajeto atual e acompanhe a Europa que já está a crescer.

Em reflexão e num debate aberto com um conjunto de especialistas em questões demográficas, sociológicas e económicas pretendemos nesta conferência identificar as soluções e as medidas a adotar, avaliando o seu impacto económico no curto e médio prazo.

Participe, venha debater este flagelo social e perceber o que pode ser feito para inverter esta tendência desde já, saiba mais e inscreva-se AQUI
Consulte o programa detalhado da Conferência CLICANDO AQUI

DATA: 31 de Maio de 2012 LOCAL: Fundação Gulbenkian - Auditório 3
HORA: 9h00 h às 13h00
PROGRAMA
09h00 Receção e Café
09h20 Abertura – Presidente da APFN
09h30 Enquadramento – Doutora Rita Campos e Cunha
09h40 Inversão Demográfica na Europa – Doutor Alban D’Entremont
10h20 Défice Demográfico em Portugal, Sustentabilidade económica – Doutor João Carlos Cerejeira da Silva
10h40 Pausa para café
11h00 Painel – Quebra do consumo e a impacto nas empresas:
Dr. António Nogueira Leite (Economista)
Eng.ª Isabel Vaz (Especialista Sector da Saúde)
Dr. Paulo Caldeira (Especialista em grande consumo)
12h00 Debate
13h00 Conclusões, propostas e soluções – Doutora Rita Campos e Cunha
13h20 Encerramento da conferência – Presidente da APFN

Como Educar os filhos

Educar os filhos é algo intransferível, pertence ao caráter de cada família. Não existem fórmulas mágicas para os “COMOS”.
Um dos vários caminhos que nos leva a educar melhor é o tradicional. Para a tomada de alguma decisão ou como fazer, quanto mais opiniões tivermos, melhores condições estaremos de acertar ou no mínimo de nos aproximarmos ao êxito.
O primeiro passo importante é: saber mais, aumentar conhecimentos – através de estudo de livros, cursos, seminários, programas de formação contínua, tudo para aplicá-los à família.
Outro passo importante é conhecer bem o cônjuge, a cada um dos filhos e filhas e também que eles o conheçam bem. E fazer isso sempre com uma boa comunicação familiar, escutando, doando-se e servindo com amor, carinho e entrega.
Os "comos"
- Como corrigir uma falta.
- Como resolver um problema pessoal.
- Como resolver um problema familiar.
- Como corrigir um vício.
- Como promover uma virtude.
- Como... como... ?
A pessoa deve mudar sua atitude ante os conhecimentos e mudará, se quiser, se tem motivos suficientes para mudar. É importante conhecer quais são os motivos que movem a vontade. As virtudes não são impostas, adquirem-se repetindo atos voluntários que apoiem as mesmas.

Os filhos precisam saber que são repreendidos quando seu comportamento não é correto e que isto se faz por seu bem.
Na repreensão ao filho, você deve:
1- Fazê-la o mais cedo possível.
2- Explicar o motivo concreto.
3- Dizer-lhe que se sente mal e triste.
4- Aproximar-se dele e acariciá-lo.
5- Diga-lhe que o aprecia e faça-lhe ver que vale como pessoa.
6- Fale que não lhe agrada o fato, mas sabe que ele é bom.
7- E termine com um forte abraço e um te quero !
LEMBRE-SE: O MELHOR MOTIVADOR PARA MUDANÇA 
É UM GRANDE IDEAL. O IDEAL DE SABER MAIS, DE SER MELHOR, 
DE SERVIR AOS DEMAIS, DE SER CONSIDERADO PELOS DEMAIS, ETC.
MAS SABER APENAS NÃO BASTA. É PRECISO PRATICAR.
Educando a vontade
O que nos motiva a fazer algo são as necessidades:
Necessidade de ter algo - possuir
Necessidade de saber - aprender
Necessidade de dar-nos - servir, amar
Os elementos que atuam na motivação pessoal são:
Positivos
• O amor
• A confiança
• A segurança
• A alegria
• A lealdade
Negativos
• O medo
• O ódio
• A insegurança
• A tibieza
• A vingança
O estado de ânimo pessoal e o ambiente que nos rodeia também influi na motivação.
Educamos nossos filhos quando ajudamos-lhes a adquirir virtudes, hábitos bons que lhes fazem ser pessoas mais livres e responsáveis, quando os ajudamos a atuarem bem e também quando lutam para melhorar seu comportamento, esforçando-se para adquirir virtudes.
Os problemas com os filhos surgem quando menos esperamos. Aproveitar essas ocasiões são oportunidades para conhecer melhor os filhos, ensinar-lhes a decidir e a ganhar responsabilidades.
Alguns passos que podemos dar são:
1 - Não ser apenas nós os que pensamos, propomos e decidimos a solução dos problemas.
2 - Escutar dos filhos o problema e suas causas – os porquês.
3 - Continuar perguntando para fazê-los refletir.
4 - Estabelecer nossa própria postura e pedir ao filho que dê sua solução.
5 - Se ele dá uma aceitável, a aceitamos por boa, ainda que não seja a melhor.
6 - Como é dele, é mais fácil que se responsabilize por ela.
7 - Vigiar seu cumprimento.
Os problemas podem ser uma grande oportunidade para criar uma conversa natural com os filhos, ajudar-lhes a tomar decisões e a responsabilizar-se por elas. Temos que conhecer como são nossos filhos, quais inquietudes e problemas se aproximam em função de idade e do ambiente em que vivem. Para isso, é questão de adiantar-se e dar-lhes a informação necessária para que quando se apresente o problema saibam decidir bem, usar sua liberdade responsavelmente.
É melhor chegar com a informação correta um ano antes do que um dia depois. Os filhos caem em muitos erros por ignorância, por não conhecer as conseqüências de uma decisão incorreta. Às vezes nem sequer sabem que é incorreta. Preparar-lhes com o tempo, informar-lhes, aconselhar-lhes é educar no futuro.
Os elogios
Os elogios fazem parte da educação em presente. Um elogio sobre algo bem feito é um prêmio. Uma parte do êxito é a satisfação de conseguir algo e o elogio reforça o êxito.
Assim, ações como: um trabalho bem feito, aprender algo novo ou realizar um ato bom, não necessitam prêmio, se autogratificam. Mas às vezes é necessário reforçar o ato feito para consolidar a satisfação de fazê-lo.
Fazer bem as coisas aumenta a confiança em si próprio. Os êxitos em  coisas pequenas nos animam a tentar as grandes.
OS ELOGIOS SÃO REFORÇOS QUE NOS ANIMAM A FAZER BEM AS COISAS
Não esquecer:
- Educar com elogios
- Surpreender os filhos fazendo algo bem feito.
- Os filhos também podem elogiar seus irmãos e seus pais.
- O elogio deve ser verdadeiro e sentido.
O fato de prestar atenção a uma ação, supõe um reforço que ajuda a repetir a ação mencionada. Se for uma ação boa, se chama reforço positivo. Pode-se fazer reforços positivos com amostras de: carinho, amor, ajuda, alegria, etc.
Como educamos no presente ?
- Quando os filhos cumprem cada dia as normas de convivência estabelecidas.
- Quando cooperam nos trabalhos de casa.
- Quando os maiores cuidam e ensinam os irmãos pequenos.
- Quando lhes elogiamos as coisas bem feitas.
- Quando criamos um ambiente alegre.
- Quando aproveitamos as oportunidades de fazer tertúlias (conversas informais em grupo).
- Quando conseguimos um tempo para falar com algum filho.
- Quando no lar há um ambiente de carinho, ordem, ajuda, confiança, etc.
UMA BOA EDUCAÇÃO NECESSITA, NOS PAIS,
TRÊS VIRTUDES PRINCIPAIS:
PACIÊNCIA, PERSEVERANÇA E FORTALEZA
pai, mãe e filha

Fonte: IDE - Instituto de Desenvolvimento da Educação

Estrangeiras em Portugal para fazer abortos



A deputada social-democrata Conceição Bessa Ruão equacionou, esta quinta-feira, a hipótese de mulheres estrangeiras estarem a realizar abortos em Portugal por este ser gratuito, o que poderá ter "impacto económico" no Serviço Nacional da Saúde (SNS).

Conceição Bessa Ruão levantou esta questão ao dar a sua opinião no final da apresentação do relatório final de uma petição apresentada pela Federação Pela Vida com vista à avaliação da realidade do aborto em Portugal.
Ao longo de nove meses, a deputada ouviu depoimentos de 12 entidades, as quais contribuíram para o documento agora concluído e que foi aprovado pelos deputados.
Uma dessas entidades foi a Direcção Geral da Saúde (DGS), organismo que contabilizou 18,3 por cento de mulheres de nacionalidade estrangeira que, em 2011, realizaram uma Interrupção de Gravidez (IG).
"Será que há mulheres de outras nacionalidades que abortam em Portugal, porque o aborto é gratuito?", questionou a deputada.
No final da apresentação do relatório, que decorreu na Comissão Parlamentar de Saúde, a deputada explicou aos jornalistas que é preciso saber os motivos da realização dos abortos por estas mulheres estrangeiras e avaliar o impacto desta prática, "designadamente económico".
Sem questionar os motivos que levam estas mulheres a realizar um aborto em Portugal, Conceição Bessa Ruão defendeu "transparência" sobre este tema.
Ainda sobre a gratuitidade da IG no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a deputada indicou que alguns dos depoimentos apontam no sentido desta prática ser objecto de uma taxa moderadora.

As repetições de IG e a falta de consultas de planeamento familiar foram algumas das deficiências da lei do aborto, aprovada em 2007, registadas ao longo da recolha de depoimentos.

Rubrica "Viva a vida" do Correio da Manhã

Numa altura em que muito se fala em abortos, em eliminar vidas por motivos de insuficiência económica e em crise, o Correio da Manhã tem um rubrica diária chamada "Vida a Vida" na qual são colocados depoimentos de casais que decidiram ter os seus filhos, com testemunhos de vida muito positivos e motivadores.

Veja AQUI

Quem puder, envie para o e-mail do endereço do diretor octavioribeiro@cmjornal.pt um agradecimento por esta rubrica que, num tempo de pessimismo e cultura da crise e da depressão, é, sem dúvida, uma excelente pedrada no charco.

terça-feira, 22 de maio de 2012

A Teologia do corpo, segundo Prof. Peter Colosi




Peter Colosi é um dos maiores especialistas a nível mundial sobre a Teologia do Corpo e encontra-se em Portugal para dar uma série de conferências e ainda preparar um simpósio sobre este assunto para o ano que vem.
(....)
A sociedade actual é muito dualista e isso levanta um obstáculo para muita gente compreender a importância do corpo: “O nosso corpo e o nosso espírito são um só. João Paulo II dizia que nós somos o nosso corpo, não porque era materialista, que não era, mas porque a alma está tão intimamente ligada ao corpo, tão presente”.

“Hoje separamos as coisas. As pessoas pensam que os seus corpos estão separados de si mesmos, que podem fazer todo o género de actos sexuais, ou que podem fazer um aborto, e que isso não os vai afectar. Levar as pessoas a compreender esta união profunda entre o espírito e o corpo é o primeiro passo que é difícil de explicar, porque vivemos numa sociedade dualista”, diz o professor americano.

Fonte: RR

Depoimento de casal na Caminhada pela Vida


Estado gastou 45 milhões de euros em abortos

Desde que a lei entrou em vigor, em meados de 2007, a interrupção voluntária da gravidez (IVG) custou aos cofres do Estado quase 45 milhões de euros. Contas feitas, em média, cada aborto custa quase 700 euros ao Serviço Nacional de Saúde. Os números são revelados numa resposta do Ministério da Saúde a deputados do CDS, que questionaram o governo sobre os encargos da IVG para o sistema público de saúde.
É a primeira vez que o governo dá a conhecer dados sobre os custos do aborto e a tendência aponta para gastos na ordem dos 12 milhões de euros por ano. Só nos primeiros dois anos – 2007 e 2008 – os valores foram inferiores. De acordo com os mesmos dados, as mulheres que necessitam de intervenção cirúrgica são em número mais reduzido (cerca de 30%) que as que recorrem ao método químico (através de comprimidos) e representam também por isso um gasto menor.
No primeiro ano em que a legislação foi aplicada – só esteve em vigor seis meses –, as interrupções voluntárias da gravidez custaram pouco mais de 2 milhões de euros e no ano seguinte 7,5 milhões de euros.
Estes números traduzem uma subida no número de abortos no serviço público (ou subcontratados a entidades privadas) a partir de 2009 e os dados do Ministério da Saúde – provisórios em relação a 2010 e 2011 – apontam para a realização de quase 64 mil abortos desde a entrada em vigor da lei, após um referendo em que o “sim” venceu com quase 60% dos votos.
Os gastos do Estado com a interrupção voluntária da gravidez têm sido um dos argumentos dos defensores do “não” à despenalização, mas os números apresentados pela Federação pela Vida são muito superiores aos do governo. Um estudo deste movimento apontava, em Fevereiro, para gastos, directos e indirectos, na ordem dos 100 milhões de euros.
Ao certo ninguém sabia quanto custa aplicar a lei aprovada há cinco anos e o CDS avançou, na anterior legislatura, com um requerimento, entre outros, que questionava o governo sobre os encargos da despenalização da IVG. Durante os mandatos de José Sócrates não houve resposta e os deputados insistiram, em Janeiro, já com Paulo Macedo na Saúde, e conseguiram por fim uma resposta.
O aborto voltou à agenda política pela mão do CDS, que quer avançar em breve com um projecto de lei que acabe com a isenção das taxas moderadoras para as mulheres que recorram aos serviços públicos para IVG. O tema não é pacífico dentro da coligação, já que o PSD só admite alterar a legislação para os casos reincidentes, que são uma minoria, como o i noticiou ontem. De acordo com os últimos dados da Direcção-Geral da Saúde, mais de 75% das mulheres que interromperam a gravidez em 2011 fizeram-no pela primeira vez, o que faz com que as diferenças entre os dois partidos não sejam uma nuance.
(...)
A intenção do CDS é retirar a IVG do estatuto de “excepção e privilégio”, explicou anteontem ao i a deputada Teresa Caeiro. No fundo, os centristas querem que as mulheres que fazem abortos deixem de ser beneficiadas com as isenções que se aplicam às mulheres que querem levar a gravidez até ao fim.

Fonte: Jornal "I"

Pedalar pela Vida



A Associação Oncológica do Algarve, está a organizar o evento “Pedalar pela Vida”, a ter lugar no dia 27 de Maio, em Faro, com concentração às 09H00 e partida às 10H00, no Parque de Lazer das Figuras - junto ao Forum Algarve – com o objectivo de realçar a prática de um estilo de vida saudável como forma de prevenção contra o cancro, além de angariar fundos para a “Casa Flor das Dunas”, um projecto de apoio ao doente oncológico.

Por 3 euros de donativo, poderá participar, ajudando à concretização do projecto e ter direito a uma T-shirt comemorativa bem como uma merenda a meio do percurso.

Podem participar todos os que tenham bicicleta, desde que no acto da inscrição prévia preencha devidamente os dados solicitados. As inscrições encontram-se abertas na Sede da A.O.A, em Faro, no Forum Algarve (Balcão de Informação), Viva Fit Bom João - Faro e Lojas Monetarium (Faro, Albufeira, S. Brás de Alportel, Quarteira, Loulé).

No próprio dia serão aceites, também, inscrições de última hora, das 8h00 às 9h45


Fonte: Algarve Primeiro

09h00Concentração no Parque de Lazer das Figuras
09h00/12h30Rastreio gratuito de colesterol, glicémia e tensão arterial
09h15Actividades de Animação: Aula de Zumba
09h45Concentração dos Participantes no local de Partida
10h00Sinal de Partida
Parque de Lazer - Gincana para crianças com idade inferior a 10 anos
10h45Paragem p/ merenda no Jardim Manuel Bívar
11h00 / 11h30REGRESSO
Sorteio: Inscrição numerada e entrega de Vouchers
12h30Desmobilização




segunda-feira, 21 de maio de 2012

A defesa da Vida nos EUA

No dia 23 de Maio, às 21.30, no auditório Fomento, na rua Armindo Rodrigues, nº 28, em Lisboa, a Federação Portuguesa pela Vida convida todos a participaram numa sessão sobre

"A DEFESA DA VIDA NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA: FATOS E PERSPETIVAS", com a presença do Dr William Saunders, da American United for Life

domingo, 20 de maio de 2012

Mais vídeos sobre a Caminhada pela Vida 2012













Caminhada pela Vida




Uma representação da Plataforma Algarve pela Vida, incluindo duas grávidas,  participou neste sábado, dia 19 de Maio, na 3ª Caminhada pela Vida organizada pela Federação Portuguesa pela Vida e que percorreu a Maternidade Alfredo da Costa até aos Restauradores, em Lisboa.

Estiveram presentes cerca de 1000 pessoas provenientes de todas as partes do país e ainda uma representação oriunda de França e dos Estados Unidos, com especial destaque para o prof.Peter Colosi que amanhã, dia 21, dará uma conferência na Universidade Católica sobre Educação Sexual e Teologia do Corpo.

No final, num palco montado para o efeito, foram ouvidos testemunhos de voluntários, casais que optaram por não abortar, pessoas desempregadas e ainda responsáveis por vários movimentos e associações de apoio à grávida, entre os quais da própria Plataforma Algarve pela Vida.

A caminhada foi organizada de acordo com as várias etapas da vida, destacando a importância da valorização da vida, com os os seus momentos bons e maus, tal como no casamento, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza ou na pobreza, sempre desde o momento da conceção, passando pela infância, adolescência, idade adulta até, por fim, à terceira idade.

Entre a multidão presente contava-se a participação dos economistas João César das Neves, Pedro Vassalo, de Fernando Ribeiro e Castro, presidente da Associação Portuguesa das Famílias Numerosas APFN, do Reitor da Universidade Católica, prof. Dr Manuel Braga da Cruz e de D. Isabel de Herédia, entre muitos outros.

Este evento foi sentido pelos seus participantes, e em particular, pelos que estão envolvidos em obras de ação social a favor da vida nascente como uma motivação extra para o trabalho que, todos os dias, é desenvolvido nesta área.

Após uma breve atuação de um grupo de rock, a organização terminou o evento anunciando  que, no próximo ano, haverá uma nova edição desta Caminhada pela Vida que, desta forma, se pretende afirmar como uma pedrada no charco neste país que com os piores índices demográficos do mundo.



Homossexuais contestatários


À minha frente, no elevador, está um rapaz dos seus 16 ou 17 anos. Pelo modo como coloca os pés no chão, cruza as mãos uma sobre a outra e inclina ligeiramente a cabeça, percebo que é gay.
Estamos no edifício da FNAC do Chiado. Trabalho naquela zona e, pelo menos duas vezes por dia, subo e desço a Rua Garrett. Frequentemente, por comodidade, utilizo o elevador da FNAC: é uma forma prática de ir da Baixa para o Chiado e vice-versa.

Em todas as grandes cidades do mundo há lugares preferidos pelas comunidades gay. Não sei as razões que conduzem a essas escolhas, mas muitos guias turísticos já as referem. O Chiado é, em Lisboa, uma dessas zonas – e, de facto, cruzamo-nos aí constantemente com ‘casais’ de mulheres e sobretudo ‘casais’ de homens de todas as idades.

Julgo ser um facto notório que a comunidade gay está a crescer. Há quem afirme que não é assim – e o que se passa é que os gays têm cada vez menos receio de se assumirem, cada vez menos receio de revelarem as suas inclinações, tendo orgulho (e não vergonha) de serem como são.
Talvez esta explicação seja parcialmente verdadeira.

Mas, se for assim, é natural que o número de gays esteja mesmo a crescer. O assumir da homossexualidade por parte de figuras públicas acabará forçosamente por ter um efeito multiplicador, pois funciona como propaganda.

Até há duas gerações a homossexualidade era reprimida socialmente, pelo que muitos jovens com inclinações homossexuais teriam pejo de se assumir – acabando alguns por constituir família para afastar eventuais suspeitas. Conheço vários exemplos desses: casos de homens e mulheres que se casaram, vindo mais tarde a trocar o parceiro ou a parceira por uma pessoa do mesmo sexo.

Ora hoje passa-se o contrário: alguns jovens que não têm inclinações evidentes acabam por ser atraídos pelo mistério que ainda rodeia a homossexualidade e pelo fenómeno de moda que ela assumiu em determinados sectores. Não duvido de que há gays que nascem gays. Mas também há gays que se tornam gays – por influência de amigos, por pressão do meio em que se movem (no ambiente da moda isso é claro), e por outra razão que explicarei adiante e me levou a escrever este artigo.

Ao olhar esse jovem que ia à minha frente no elevador, pensei: será que há 20 anos ou 30 anos ele teria a mesma atitude, assumiria tão ostensivamente a sua inclinação? E, indo mais longe, se ele tivesse sido jovem nessa altura seria gay?

Tive dúvidas. Ao observar aquele rapaz tive a percepção clara de que a sua forma de estar, assumindo tão evidentemente a homossexualidade, correspondia a uma atitude de revolta.

Durante séculos, os filhos seguiram submissamente as orientações dos pais em matéria de profissão e casamento. Às vezes contrariados, mas seguiam. Havia famílias de diplomatas, de advogados, de arquitectos, de empresários, de comerciantes, de carpinteiros, de padeiros, de trabalhadores rurais.
Mas nos anos 60 dá-se na sociedade ocidental uma revolução que mudaria o mundo. É a geração dos Beatles, de Woodstock, do Maio de 68, da droga, do sexo livre e da contestação à guerra do Vietname – ‘Make love, not war’ –, da contestação em geral.

O termo ‘contestatário’ entrou na linguagem comum. As palavras ‘irreverente’, ‘insubmisso’, ‘rebelde’, etc. deixaram de ter uma conotação negativa e passaram a ser vistas como elogios. E não se tratava apenas de um fenómeno europeu. Uns anos antes, do lado de lá do Atlântico, filmes como Rebel Without a Cause (Fúria de Viver), de Nicholas Ray, faziam furor – e James Dean, o protagonista, tornava-se o ícone de uma geração ‘rebelde’ sem uma ‘causa’ bem definida.

Nessa época, um jovem que não fosse contestatário não estava bem dentro do seu tempo.
Pertenci a essa geração em que muitos jovens da minha idade estavam em guerra aberta com a família. Eu tinha amigos revolucionários, que andavam a pintar paredes com frases contra Salazar e a guerra colonial, ou em reuniões clandestinas contra a ditadura, cujos pais tinham lugares de confiança no regime salazarista.

Houve conflitos tremendos entre pais e filhos. Os pais, funcionários exemplares, presidentes de Câmara, directores-gerais, militares de elevada patente, etc., sofriam horrores com a irreverência dos filhos que andavam em manifestações, entravam em conflito com a Polícia e às vezes eram presos.
Em 1969, era o meu tio José Hermano Saraiva ministro da Educação Nacional, eu estava envolvido na luta académica contra o Governo na Escola de Belas-Artes. E pouco depois o meu irmão mais velho foi preso e julgado por ‘actividades subversivas’ – e quem o defendeu, num acto de grande coragem e dignidade, foi ainda o meu tio José Hermano, que era então deputado.

Acrescente-se que muitos dos políticos que hoje estão no activo andaram envolvidos em lutas estudantis e em movimentos revolucionários. O caso de Durão Barroso, que militou no MRPP, é o mais conhecido mas não é o único.

Nos dias que correm, todas essas ilusões revolucionárias morreram ou estão em vias de extinção. O fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim, a evolução da China para uma economia capitalista, a morte política de Fidel, tudo isso fez com que certos mitos desabassem e nascessem outras formas de recusa do modelo de sociedade em que vivemos.

Ora uma delas é a homossexualidade. Para alguns jovens, a homossexualidade surge como uma forma de mostrar a sua ‘diferença’, de manifestar a sua recusa de uma sociedade convencional, de lutar contra a hipocrisia daqueles que não têm coragem de se mostrar como são, de demonstrar solidariedade com aqueles que são discriminados ou perseguidos pelas suas opções.

Ser homossexual, para muitos jovens, é tudo isto. É uma forma de insubmissão. E, está claro, é um desafio aos pais. Se antes os jovens desafiavam os pais tornando-se ‘de esquerda’, hoje desafiam-nos recusando a ‘família burguesa’ e mostrando-lhes que há outras formas de relacionamento e até de constituir família. Aliás, assumir-se como homossexual talvez seja, por muitas razões, o maior desafio que um filho pode fazer aos pais.

Todas as gerações, desde esses idos de 60, tiveram os seus sinais exteriores de revolta. Foram os cabelos compridos, as drogas, as calças à boca-de-sino, as barbas à Fidel Castro, os posters de Che Guevara colados na parede do quarto.

Ora a exposição da homossexualidade é hoje uma delas. E a opção gay é uma forma de negação radical: porque rejeita a relação homem-mulher, ou seja, o acto que assegura a reprodução da espécie. Nas relações homossexuais há um niilismo assumido, uma ausência de utilidade, uma recusa do futuro. Impera a ideia de que tudo se consome numa geração – e que o amanhã não existe. De resto, o uso de roupas pretas, a fuga da cor, vão no mesmo sentido em direcção ao nada.

O fenómeno da homossexualidade como forma de contestação deste modelo de sociedade em que vivemos, de afirmação radical de uma diferença – enquadrada num fenómeno contestatário iniciado nos anos 60 –, nunca foi abordado.

Mas olhando para aquele adolescente que ia à minha frente no elevador da FNAC, percebi que era isso que o movia quando fazia uma pose ostensivamente feminina. Ele dizia aos companheiros de elevador: «Eu sou diferente, eu não sou como vocês, eu recuso esta sociedade hipócrita, eu assumo-me».

José António Saraiva, jas@sol.pt, daqui.

Os sublinhados são nossos.