segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ganhar a confiança dos filhos



"É importante facilitar a confiança com os filhos e que estes encontrem sempre os pais disponíveis para lhes dedicarem tempo.



Os jovens – mesmo os que parecem mais indóceis e desprendidos – desejam sempre essa aproximação, essa fraternidade com os pais. O segredo costuma estar na confiança.



Que os pais saibam educar num clima de familiaridade, que nunca dêem a impressão de que desconfiam, que dêem liberdade e que ensinem a administrá-la com responsabilidade pessoal. É preferível que se deixem enganar alguma vez. A confiança que se põe nos filhos faz com que eles próprios se envergonhem de terem abusado, e se corrijam. Pelo contrário, se não têm liberdade, se vêem que não se confia neles, sentir-se-ão levados a enganar sempre.
Não se deve esperar que chegue a adolescência para pôr em prática estes conselhos; podem-se aplicara partir de muito cedo.

Falar com os filhos é das coisas mais gratas que existem e a porta mais direta para estabelecer uma profunda amizade com eles.



Quando uma pessoa ganha confiança com outra, estabelece-se uma ponte de mútua satisfação e poucas vezes desaproveitará a oportunidade de conversar sobre as suas inquietações e os seus sentimentos, o que é, por outro lado, uma maneira de se conhecer melhor a si próprio.



Embora haja idades mais difíceis do que outras para conseguir essa proximidade, os pais não devem afrouxar no seu entusiasmo por chegarem a ser amigos dos filhos; amigos a quem se confiam as inquietações, a quem se consulta sobre os problemas, de quem se espera uma ajuda eficaz e amável.

Tudo isto requer que os pais encontrem tempo para estar com os filhos e um tempo que seja “de qualidade”; o filho deve perceber que as suas coisas nos interessam mais do que o resto das nossas ocupações. Isto implica ações concretas, que as circunstâncias não podem levar a omitir ou a atrasar uma e outra vez; desligar a televisão ou o computador – ou deixar, claramente, de lhes prestar atenção – quando a rapariga ou o rapaz pergunta por nós e se nota que quer falar; reduzir a dedicação ao trabalho; procurar formas de recreio e entretenimento que facilitem a conversa e a vida familiar, etc".




A.Aguiló

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