quarta-feira, 1 de abril de 2009

DISCRIMINAÇÃO....

A notícia, à semelhança de outras que têm vindo a público na mesma linha, deixou-me espantado e revoltado.
Segundo percebi, o Reverendo Walter Hoye de Berkeley, California – Estados Unidos da América, foi condenado a serviço de 30 dias na prisão, por se ter aproximado de duas pessoas que entravam numa clínica aborcionista de Oakland. Foi ainda proibido, por 3 anos, de ultrapassar a proximidade de uma determinada distância da referida clínica e ao pagamento de uma multa de 1130 dólares.
Esta decisão está a provocar indignação, em particular no movimento pró-vida, que tem em grande consideração o Reverendo Hoye, um pastor afro-americano que declarou ter sentido um apelo para lutar pelo fim do que considera um genocídio por aborto na sua comunidade.
Parte dessa sua luta consistiu em colocar-se em frente da clínica aborcionista de Oakland com folhetos oferecendo alternativas ao aborto e um letreiro com a frase “Jesus ama-te e ao teu bébé. Deixa-nos ajudar-te”.
Em resposta aos esforços do Rev. Hoye, as autoridades de Oakland determinaram ser crime a abordagem, com o intuito de oferecer alternativas ao aborto, a pessoas que se dirigissem a clínicas aborcionistas. No entanto, as mesmas autoridades declararam não ser crime a abordagem às mulheres para as encorajar a entrar nessas mesmas clínicas!...
Parece, portanto, que não somente se estão nas tintas para as vidas que ali são destruídas, como optam por perseguir e discriminar aqueles que querem oferecer alternativas...
Muitas vozes se levantaram em defesa de Hoye, criticando o ataque à liberdade de expressão pública, ainda para mais pacífica e no intuito de defender vidas humanas. Hoye não está a impor nada a ninguém. Estava apenas a lutar pelos seus ideais e a apresentar alternativas. A que ponto chegámos para haver decisões destas? Que fúria cega e aborcionista é esta?Vieram-me más recordações sobre a forma como este governo em Portugal, ao contrário da imagem que procurara dar antes da campanha do referendo, legislou de forma pura e dura a liberalização do aborto, impedindo inclusivamente os médicos objectores de consciência de participarem no aconselhamento.
Em muitos países ocidentais começa a haver uma atitude discriminatória muito preocupante, particularmente contra pessoas que têm opções por valores espirituais. No Reino Unido, recentemente, em mais uma polémica, uma enfermeira que teve a amabilidade de oferecer a um paciente a sua oração, foi suspensa...
Democracia não assentaria na liberdade de poderem ser apresentadas, ordeira e pacificamente, alternativas de pensamento e posicionamento? Ou agora só é aceite o que estiver na linha “politicamente correcta”?
Não devo, não posso nem quero impor aos outros as minhas ideias. Mas devo, posso e quero impor o meu direito, em pé de igualdade com todos, de as exprimir e lutar por elas.
Esta decisão contra o Rev. Hoye é um atentado à liberdade de expressão e um atentado à vida!
Luís Lopes
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