quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Amizades virtuais

Como custa sair de casa para visitar um amigo, costumamos buscar alternativas para encontrar a felicidade. E aí passam a ocupar o tempo diversões que nunca substituirão a alegria de uma amizade: a televisão, os videojogos, os smartphones, a internet etc. 

Nesse sentido, não é preciso dizer que ter mil e trezentos amigos no Facebook não quer dizer praticamente nada. Será que poderemos contar com esses mil e trezentos amigos na hora de um aperto? Além disso, sabemos que a amizade virtual está longe de ser uma verdadeira amizade.

Paulo Ramalho

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Educar, impondo limites

Os limites fazem parte da construção de todo indivíduo, e precisamos estar atentos para utilizá-los de forma assertiva com nossos filhos. O exemplo utilizado acima nos permite entender que, mesmo quando estão chegando ao fim da adolescência, eles ainda precisam de referências que lhe passem segurança. Cabem aos pais ouvir isso e entender, mesmo quando chegam como mensagens ocultas.

Os pais são os principais referenciais para os filhos. Quando eles são pequenos nossa palavra é o único referencial, mas em algum momento, isso pode começar a mudar, e, aí, vamos também ter que apreender a lidar com essa nova realidade.

Os limites ajudam a reforçar as noções que aprendemos em casa, frente às verdades alheias que encontramos mundo afora.

Durante a infância e a adolescência eles estão sob nossos cuidados, e, à medida que os soltamos para o mundo, eles terão várias experiências diferentes da vivência familiar. Vão conhecer pessoas fora do nosso círculo de amigos, ouvir opiniões e pontos de vista diferentes. Ao alongar o olhar sobre o mundo, eles constroem uma forma pessoal de entender a vida, contextualizando todo o conhecimento recebido na escola e na família.

Os jovens vivenciam muitos momentos conflituosos, mesmo nas famílias mais estruturadas. É necessário que estejamos próximos para amparar e entender que eles ainda estão tentando se firmar com a nova identidade de adultos.


Luciana Kotaka
Fonte: Minha Vida

Testemunho de um jovem doente oncológico

Grande testemunho de vida de um jovem de 17 anos, doente oncológico, aqui

domingo, 25 de novembro de 2012

Ter filhos em época de crise



Prometem substituir a Playstation por brincadeiras em poças de água. Seguram-se na importante almofada que é a retaguarda familiar — muitas vezes chamada avós. Fazem contas à vida e reclamam da falta de apoio do Estado às famílias. Alguns ponderam emigrar. Muitos estão desempregados. Todos se sentem inseguros mas quase todos se dizem optimistas. Os pais de 2012 tiveram filhos que são também filhos da crise
Ter um filho em 2012 é um acto de coragem, irresponsabilidade ou um sinal de optimismo? Lançámos a pergunta aos nossos leitores e esperámos pelas respostas. Recebemos muitas histórias que falam nessa parte tão importante da vida que é ter um filho. São todas diferentes e todas iguais. Diferentes nos detalhes e iguais na declarações de uma vontade, um sonho, um plano de vida que falou mais alto do que a crise. Apesar das muitas dificuldades, admitindo tantos medos e riscos, tiveram, em 2012, o primeiro filho ou mais um. Não interessa. Asseguram que vale a pena. Bárbara, Maria João, Filipe, André, Mariana, Mattia, Constança, Inês, Margarida, Júlia... são bebés nascidos na crise em Portugal.
É verdade que nos testemunhos sobram as descrições de um sentimento que tem tanto de enternecedor como de ridículo. É verdade que os e-mails enviados são cartas de amor. “O nosso pequenote é a maravilha mais perfeita que existe (...) Lutar nunca me pareceu tão material e humano, nunca me pareceu tão concreto. Quem diria que uns bracinhos tão pequenos e umas mãozinhas tão frágeis poderiam dar um empurrão tão forte?”, escreve Francisco Pessanha. “Para mim que sempre quis ser mãe, que crise pode ofuscar aquele sorriso de gengiva ainda despida todas as manhãs?”, pergunta Sofia Pereira, mãe de uma menina “mais planeada do que o 11 de Setembro” com quase 11 meses.
Mesmo quando o discurso nos parece ser o mais realista possível, o coração acaba por sair pela boca. “Na minha opinião, e falando de uma forma mais fria, não há vantagens em ter um bebé. Choram, fazem cocós, chichis, trocam-nos os sonos, fazem-nos gastar bastante dinheiro (quartinho, banheira, roupas, cuidados de saúde, etc.) e para não falar da vida atribulada para conciliar o trabalho com a rotina do bebé. Mas depois, quando ele dorme no nosso colo ou fica a olhar para nós, isso tudo é esquecido e sentimos que a vida ganha um novo propósito”, diz um pai que se identifica como RA.

Queda brutal da natalidade
As decepcionantes estatísticas da natalidade são conhecidas. Fala-se num “inverno demográfico” que dura há 30 anos e que se agrava a cada ano que passa. No início deste mês uma das notícias do PÚBLICO referia em título que “2012 vai ser o ano com menos bebés de que há registo”. Até ao final do ano, o número de crianças nascidas em Portugal não deverá ultrapassar os 90 mil e, com isto, o país é “campeão” nos dados que confirmam a queda da taxa bruta de natalidade na Europa. Cientistas, Governo, Presidente da República, Igreja unem-se no apelo que diz que Portugal precisa de mais bebés. Porém, estas vozes são abafadas pelo poderoso grito da crise que nos exige cada vez mais cortes e contenção.
Alda Silva chora com medo e chora de rir. As lágrimas que caem por causa do medo são pelo dia de amanhã. As que são empurradas pelas gargalhadas são da inteira responsabilidade de Maria João, com pouco mais de um ano. A filha de Alda nasceu quando a mãe tinha trabalho. No final da licença de maternidade, o contrato acabou e Alda ficou no desemprego. Alda e Maria João estão 24 horas juntas. “Como vivo? Vivo com medo... muito medo do incerto”, escreve.
Nunca como agora o argumento de “ter condições” para ter um filho foi tão influente. Esta não é a melhor altura para aumentar encargos. Em troca ouvimos de resposta o que também já sabemos de antemão: é muito difícil reunir todas as condições para ter um filho, em tempo de crise ou sem ela. O pediatra Mário Cordeiro está deste lado: “Não creio que se deva ser leviano, quanto ao ter filhos, mas também não se deve pensar ‘de mais’ no sentido de só os ter quando estiverem reunidas ‘todas as condições’. Nunca será o caso.”
“Não há momentos perfeitos!”, confirma Mariana Castro, uma das mães de 2012, que quando contou à sua mãe que estava grávida viu o sorriso da futura avó suspenso por causa da crise. “A minha mãe ficou assustada, disse que as coisas estavam complicadas e que estando a crise longe de acabar tinha sido um pouco precipitado.” Casada desde 2009, Mariana não quis mais adiar o sonho. Hoje a filha tem mais de nove meses e a somar às “dificuldades, desemprego, trabalhos pouco estáveis, etc.” há as contas com as “vacinas fora do Plano Nacional de Vacinação, os leites, os remédios”.
Pronto, as condições perfeitas não existem. Mas... agora? Porquê agora? Porquê logo agora em plena crise? A socióloga Vanessa Cunha acredita que o “factor idade” será um dos mais determinantes na decisão. “Muitas destas pessoas não podiam esperar mais e não quiseram adiar o projecto de parentalidade, sob pena de o comprometer. Muitas terão pensado “é agora ou nunca”.
A socióloga acertou na ideia que se repete em muitos testemunhos e acertou mesmo na frase exacta. “Tenho 38 anos e estou grávida do segundo filho. O primeiro tem nove anos. Eu e o pai decidimos ter este filho porque estamos os dois com cerca de 40 anos e estamos cansados de esperar por um contexto económico mais favorável, que nunca chega! (...) Como a vida não espera por nós, decidimos que era agora ou nunca!”, diz Patrícia Costa.

Almofada familiar
Há o alarme do relógio da fertilidade mas há também o que Vanessa Cunha chama “almofada familiar”. Chegamos aos avós, algo que pode fazer toda a diferença entre ter e não ter (mais) um filho. Podem ser outros membros da família, mas em alguns dos testemunhos enviados está a referência (e uma reverência) aos avós. Ou porque ajudam financeiramente — pagando algumas contas e compras — ou, simplesmente, porque estão ou vão estar lá, para tomar conta dos netos ou para ir buscá-los à creche.
Os avós servem de almofada e também de inspiração pelo seu passado. São muitas as frases dos pais de 2012 que começam com a expressão “no tempo dos meus avós”. Um tempo também difícil mas em que tudo se arranjava, em que havia sempre espaço para mais um na mesa e os filhos “se criavam”. Uma ideia demasiado romântica para as expectativas que temos hoje para os nossos filhos, avisa Vanessa Cunha. É que o tempo desses avós foi também um tempo em que muitas crianças apenas completavam o 4.º ano de escolaridade e depois iam trabalhar, um tempo em que os nossos indicadores de mortalidade infantil estavam muito longe do sucesso e progresso que foi conquistado nos últimos 30 anos. “Acho que ninguém quer voltar atrás, até esse tempo”, corrige Vanessa Cunha.
A “almofada familiar” torna-se ainda mais essencial na decisão de ter um filho perante a escassez de apoios públicos à família. Os pais queixam-se. “A falta de oferta pública de infra-estruturas torna um bebé muito caro e condiciona com certeza muitas famílias em terem um ou mais filhos”, acredita Rita Cabaço, 35 anos, mãe de um filho. A falta de creches públicas é um alvo concorrido nas histórias dos pais de 2012 mas critica-se também a insuficiência de subsídios de apoio e, especificamente, as alterações drásticas no abono de família. “Havia um contrato de cooperação entre o Estado e as famílias e as regras foram radicalmente alteradas, sem qualquer perspectiva futura”, nota Vanessa Cunha.
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas tem denunciado este Estado ausente e negligente. “É preciso que o Estado reconheça os encargos que as famílias com filhos a cargo têm e que estes deverão ser contabilizados na hora de avaliar a capacidade financeira das famílias: neste momento, para o cálculo da taxa do IRS e para a isenção das taxas moderadoras, os filhos contam zero, enquanto para o abono de família valem apenas como meia pessoa”, lê-se num comunicado publicado este ano no site.
Karin Wall, socióloga e investigadora principal do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa e directora do Observatório das Famílias e das Políticas de Família, acha que este abandono que os pais de 2012 sentem em relação ao Estado é legítimo. As alterações ao abono de família já em 2004, com Bagão Félix, deixaram de fora uma grande parte das famílias, reservando para este apoio apenas os mais pobres. O cheque mensal não era elevado mas, sublinha a directora do Observatório das Famílias, “é uma mensagem que o Estado dá de apoio às famílias e que deixou de existir”. “No caso de apoio económico às famílias, há uma série de instrumentos que passaram de um esquema universal para um selectivo”, constata.
Mas Karin Wall põe alguma água na fervura. “Há apoios em várias áreas. Na última década houve um empenhamento grande para aumentar o número de creches que são subsidiadas pelo Estado e que funcionam como IPSS (instituições particulares de solidariedade social). A taxa de cobertura para creches e amas entre os 0 e os 3 anos aumentou para 37%, acima do objectivo europeu dos 33%”, contrapõe.
A mensagem que hoje vem do Estado é aguentar, consumir menos, cortar, racionalizar. Algo que bate de frente com o crescer de uma família. Quando se tenta conciliar a crise que se tem com os filhos que se quer, é inevitável mudar. Mudar tudo, desde a casa, à cidade, ao modo de viver e até de brincar. “A crise pode ser uma ocasião de repensar o que se gasta com as crianças, como se gasta e quando se gasta”, defende o pediatra Mário Cordeiro.

Sem Barbies e sem consolas
Carolina tem 16 meses e é a filha de Cristiani Oliveira, uma brasileira a residir em Portugal há mais de dez anos. “Diante de todos os meios electrónicos e prendas caras, sabe quais são os brinquedos e brincadeiras favoritas da minha filha? Bolas de sabão, correr no parque, brincar na beira do mar. Tudo grátis ou quase. (...) Ser pai em tempo de crise é difícil de facto para as classes mais baixas, quando há a preocupação de ter ou não pão na mesa todos os dias. Quanto à classe média, que é onde me incluo, custa-me ver o discurso ‘zero filhos’ ou ‘um filho’ quando a preocupação é se poderão ou não dar uma Playstation, as viagens mais caras, um consumismo desenfreado, etc.”, escreve a mãe de Carolina.

“Cresci sem Barbies, sem consolas, em escolas públicas, a andar de autocarro, a ir ao restaurante só em aniversários, a receber poucas prendas no Natal, a estimar e poupar os meu brinquedos, a partilhá-los com os meus cinco irmãos, a saltar para as poças de água de galochas, a fazer casas-na-árvore, a arrancar rabos às lagartixas. (...) Hoje tenho um filho e quero poder dar-lhe tudo! Tudo é também as poças, a chuva, os passeios no campo, os dias na praia, o sol, uma boa educação, escolas melhores, gente educada à sua volta, a lua e uma ou muitas voltas ao mundo!”, diz Joana Brandão, 35 anos, “actriz desempregada, casada — feliz, mãe de um filho de três anos e grávida de três meses”.
“Ainda bem”, reage Vanessa Cunha, vendo as vantagens de, “perante a adversidade, sermos capazes de repensar a forma de estar na vida”. “A nossa geração — que agora está a ter filhos — foi em grande parte educada com alguma facilidade no acesso ao consumo. Este pode ser um momento de reavaliação.” A socióloga insiste: “A crise não toca todas as famílias da mesma maneira.”
Assim, se uns vão prescindir de (ou adiar) uma viagem à Eurodisney, mudar de carro ou comprar uma casa maior, brincar numa poça de água em vez de comprar uma Playstation, outros terão de tomar opções bem mais difíceis. “Tenho 25 anos, sou licenciada em Relações Públicas e Comunicação Empresarial, o curso pouco importa, o meu maior objectivo nesta vida era ser mãe”, começa Teresa Nascimento. O filho nasceu em Março de 2012. E agora? “É muito duro, todos os dias é uma luta constante”, conta. Teresa que ganha 560 euros por mês pelo trabalho especializado que faz “a preço de saldo” para um empresa. O marido ganha pouco mais do que isso. A renda é de 350 euros e, contabiliza, “a mensalidade da creche será de 180 euros”. E é então que, diz, “o engenho aguça”. “Nunca compramos Dodots, lavamos com água como antigamente, com panos turcos, não compramos comida feita, fazemos tudo, o nosso bebé nunca comeu uma farinha comprada (...). O meu marido passou a ir a pé da estação de Entrecampos até ao Saldanha para poupar no passe, eu deixei de beber cafés e de comprar um lanche na rua, levo marmita como as operárias de antigamente. Não fazemos férias e não compramos nada por impulso, nunca soubemos o que era o prazer de comprar alguma coisa só porque gostávamos dela. Fazemos a planificação do mês no mês anterior, aceitamos roupa de quem queira oferecer, tanto para nós como para o menino”, descreve.
Por coincidência, 20 minutos depois de recebermos o testemunho de Teresa Nascimento, chega o relato de César Medalha Pratas. As diferenças saltam à vista. “Eu e a minha mulher temos proveniências de famílias de classe média-alta. Crescemos com acesso a todo o tipo de bens e nunca passámos dificuldades sérias!”, conta o advogado, casado com uma psicóloga clínica. Ter um filho era um desejo com algum tempo e fazê-lo acontecer em 2012 é uma aventura. Também aqui houve mudanças, ainda que muito distantes da realidade de Teresa. “Sabíamos de antemão que iríamos fazer concessões ao nosso estilo de vida desafogado! E assim foi, fizemos um plano e temos de o cumprir, sob pena de vermos o crescimento do nosso filho complicado! Trocámos de casa, mas não para a casa que sonhávamos, teve de ser uma casa bem mais pequena do que a que tínhamos projectado. Deixámos de jantar fora três ou quatro vezes por semana, e as duas ou três vezes por ano que viajávamos para fora do país deixaram de existir...”

As famílias estão também mais pequenas, diz o Censos de 2011. Vanessa Cunha, que é a principal autora de uma investigação que concluiu que as famílias com filhos únicos poderão atingir um número recorde e tornar-se maioritárias na geração dos que estão entre os 30 e 40 anos, reforça esta tese. “Esta geração vai fazer as opções mínimas de parentalidade”, diz. E não é necessariamente porque querem. Muitas vezes o número de filhos que têm não coincide com os que gostariam de ter.

Público

Gota de lágrima

Esta música "Tear Drop", dos Massive Attack, tornou-se um ícone em todo o mundo dos movimentos pró-vida, pela simplicidade da sua música, pela riqueza da sua letra e sobretudo pelo efeito visual do teledisco oficial

Aqui fica, de novo, numa excelente interpretação de  Elisabeth Fraser


Teardrop

Love, love is a verb
Love is a doing word
Fearless on my breath
Gentle impulsion
Shakes me makes me lighter
Fearless on my breath


Teardrop on the fire
Fearless on my breath


Night, night of matter
Black flowers blossom
Fearless on my breath
Black flowers blossom
Fearless on my breath


Teardrop on the fire
Fearless on my breath


Water is my eye
Most faithful mirror
Fearless on my breath
Teardrop on the fire of a confession
Fearless on my breath
Most faithful mirror
Fearless on my breath


Teardrop on the fire
Fearless on my breath


You're stumbling a little (2x)


Gota de Lágrima

Amar, amar é um verbo
Amar é uma palavra em movimento
Destemido em minha respiração
Impulsão gentil
Mexe comigo e me deixa mais leve
Destemido em minha respiração

Gota de lágrima no fogo
Destemida em minha respiração

Noite, noite da matéria
Flores negras desfloram
Destemidas em minha respiração
Flores negras desfloram
Destemidas em minha respiração

Gota de lágrima no fogo
Destemida em minha respiração

A água é meu olho
Espelho mais fiel
Destemido em minha respiração
Gota de lágrima no fogo da confissão
Destemida em minha respiração
Espelho mais fiel
Destemido em minha respiração

Gota de lágrima no fogo
Destemida em minha respiração

Você está tropeçando um pouco

sábado, 24 de novembro de 2012

Folhetos de prevenção de DST e HIV em Angola




(Clique para aumentar)

Pedidos de ajuda

Caros amigos

Reencaminho-vos 2 pedidos de ajuda para os quais pedia a vossa atenção e, se possível, ajuda:

1º) A Cáritas de Portimão está, neste momento, a precisar de calças de ganga de homem, tamanhos 38 a 42 e sapatos de homem, tamanhos 39 a 43.

2º) Estamos a ajudar um casal de cabo-verdianos de Almancil em que a mãe está desempregada e têm uma menina com 1 ano meio. Precisamos de fraldas tamanho 5 (tamnos 9 a 15 kilos) e roupas de inverno e verão para 2 anos de menina

Se tiverem algumas destas 2 coisas, podem responder a este e-mail algarve.vida@gmail.com

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Os fetos já bocejam dentro da barriga das mães


Os vídeos provam-no: o bebé, ainda na barriga da mãe, já boceja. À medida que o feto se vai desenvolvendo e a gestação se aproxima do fim, os bocejos decrescem e não há grandes diferenças entre rapazes e raparigas na frequência com que o fazem.
Em traços gerais, estas são as principais conclusões do estudo de uma equipa britânica, publicado na revista PLoS ONE, que assim pretende pôr um ponto final na questão. Os investigadores têm-se dividido sobre os bocejos dos fetos: se uns já sugeriram que existem, outros dizem que não passam de um simples abrir da boca.
A equipa liderada por Nadja Reissland, do Departamento de Psicologia da Universidade de Durham, estudou 15 fetos – oito raparigas e sete rapazes –, com idades de gestação entre as 24 e as 36 semanas. No total, fizeram 58 ecografias, que permitiam obter gravações em vídeo dos fetos, os cientistas puderam distinguir entre um bocejo (56) e a mera abertura da boca (27) e confirmaram a existência deste movimento nas nossas vidas desde tão cedo.
No bocejo, considera-se que a boca se mantém aberta mais tempo no início do que na parte final. Além desta perspectiva dinâmica do bocejo, difícil de captar noutras ecografias bidimensionais, a sua definição ainda inclui a abertura dos maxilares, uma inspiração profunda, seguida de uma curta expiração, antes de a boca se fechar.
Nem contágio, nem sono
Sabe-se que o bocejo é contagioso e que, curiosamente, não é único dos seres humanos. Cães, gatos e até peixes bocejam. Mas só entre os seres humanos, os chimpanzés (a espécie mais próxima do homem) e os cães existe este efeito de contágio. Outro aspecto curioso é que o grau de contágio aumenta entre pessoas que têm um maior grau de familiaridade. Por que bocejamos é outra história, para a qual não existe explicação cabal, ainda que haja várias hipóteses, como a necessidade de levar mais oxigénio ao sangue, de aumentar o ritmo cardíaco para se ficar mais desperto ou até criar empatia nas relações sociais. Basta até falar ou ler sobre bocejos para começar a abrir a boca.
“Curiosamente, as crianças estão imunes à natureza contagiosa do bocejo até por volta dos cinco anos, daí quer a frequência quer o contexto social do bocejo, como o seu contágio, têm uma componente de desenvolvimento ainda inexplicável”, diz a equipa no artigo científico.
Como nos fetos o efeito de contágio não se coloca de todo, a equipa de Nadja Reissland pôs a hipótese de que neles seja um processo ligado ao desenvolvimento e, assim sendo, a frequência poderia mudar ao longo da gestação. Ora, no estudo verificou-se que havia realmente alterações na sua frequência.
“Ao contrário de nós, os fetos não bocejam nem por contágio, nem porque têm sono. Em vez disso, a frequência dos bocejos no útero pode estar ligada à maturação do cérebro durante a gestação”, diz a investigadora, num comunicado da sua universidade. “Tendo em conta que a frequência dos bocejos na nossa amostra de bebes saudáveis declinou entre as 28 e as 36 semanas de gestação, isto sugere que o bocejo e a simples abertura da boca têm esta função ligada à maturação na gestação.”
Ainda que continue sem se poder explicar a função do bocejo do bebé na barriga da mãe, se estiver ligado à maturação do sistema nervoso central, ele pode servir como um indicador que ajude a avaliar o estado de saúde e de desenvolvimento do feto.


Fonte: Público

Educação sexual, aborto e consequências do aborto


terça-feira, 20 de novembro de 2012

A ausência do pai

A ausência do pai na educação familiar sempre foi uma tradição. Hoje, a falta do pai virou desterro: ele foi expulso do âmbito familiar e esta carência, que não se resume à ausência física, adentra em outros setores que resultam irrenunciáveis para a formação dos filhos. Cada relatório psicossocial que leio num processo é sempre uma desventura e a decisão do juiz acaba por ser uma espécie de política familiar de redução de danos ao caso concreto.
Hoje, a falta do pai é, além de física, sobretudo emotiva, cognitiva e espiritual. Tais privações influem em todos os filhos, mas as consequências repercutem mais nos filhos varões, tônica de nossas linhas. O eclipse da paternidade gera uma relação mais empobrecida entre pai e filho, pois a vida de ambos não mais se compartilha e, logo, não há convivência. A figura paterna tem uma dívida de responsabilidade familiar.
A mãe, até alguns anos atrás, era considerada a principal educadora da prole, por uma série de razões que fogem de nosso foco, mas que levavam em conta certas peculiaridades e características psicológicas diferenciadas em razão de sua identidade sexual.
Assim, entendia-se que a educação da prole era uma tarefa tipicamente feminina, por ter mais conta o concreto e os detalhes e em virtude de seu instinto maternal, realismo e especial sensibilidade à unidade de vida que se manifesta nos filhos.
Por outro lado, a revelia paterna justificava-se pela incapacidade do pai em ter aquelas qualidades maternas, agravado pela exacerbada competitividade profissional e pelo natural tendência à abstração. Logo, sua imagem era pouco útil para a educação do filho varão.
Não conheço qualquer resultado empírico que sustente tremenda bobagem: o filho precisa integrar ambos os mundos – paterno e materno – para, depois, na maturidade, assumir e responder adequadamente às complexas contradições que estamos expostos socialmente. Pais e mães têm parecidas habilidades educativas, matizadas por um rico contraste, mas sem que tais matizes justifiquem a exclusão de um ou de outro.
O filho varão precisa se relacionar com ambos, de maneira isolada e conjunta, pois nenhum substitui completamente o outro. O balanço que daí decorre é importante para a educação do filho varão, donde surge a necessidade de um equilíbrio quantitativo e qualitativo nas maneiras pelas quais pai e mãe relacionam-se com os filhos em seus respectivos papéis pedagógicos.
A ausência do pai na educação do filho varão é um fato injustificado cientificamente e de nefastos efeitos não somente para ele, mas com reflexos prejudiciais para a sociedade também. O problema desta ausência, no contexto educativo familiar, é uma questão que, por atingir o próprio núcleo da formação do filho e de sua identidade pessoal, assume uma envergadura irrenunciável.
 
André Gonçalves Fernandes. Juiz do Tribunal de Família de S.Paulo, Brasil.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Para um mundo melhor





Filme ganhador do Oscar de de Melhor Filme Estrangeiro.

Anton é um médico que divide sua vida numa idílica cidade da Dinamarca com o trabalho num campo de refugiados africanos. Nesses dois mundos distintos, ele e sua família enfrentam conflitos que os levam à difícil escolha entre a vingança e o perdão.

Anton e sua esposa Marianne têm dois filhos pequenos e estão separados e brigando pelo divórcio. Elias, o filho mais velho de 10 anos, está sofrendo bullying na escola até ser defendido por Christian, um aluno novo recém chegado de Londres com o pai, Claus. A mãe de Christian faleceu recentemente em decorrência de um câncer e o garoto está muito tocado pela morte dela.

Elias e Christian logo estabelecem um forte laço, mas quando Christian envolve Elias num perigoso ato de vingança com possíveis trágicas consequências, a amizade deles é colocada em jogo e suas vidas correm perigo. Por fim, são os pais que acabam ajudando os garotos a lidar com a complexidade das emoções humanas, com a dor e o gostar.

domingo, 18 de novembro de 2012

Textos Rádio Costa D'Oiro 1ª Quinzena de Novembro


Ergue-te (Rise) Eddie Vedder

 

Tal é a maneira como o mundo é

Que tu nunca podes saber

Onde depositar toda a tua fé,

E como ela irá crescer?

 

Vou erguer-me

Queimar buracos negros em memórias escuras

Vou erguer-me

Transformar os erros em ouro

 

Tal é a passagem do tempo

Rápida demais para ceder

E, de repente, engolida por sinais,

Baixa-te e contempla

 

Vou erguer-me

Encontrar a minha direção magneticamente

Vou erguer-me

Usar a minha vantagem secreta

 


O nº de divórcios, de separações e os conflitos pela partilha de filhos em famílias destroçadas gera, entre outras coisas, a ruptura da Segurança Social e das suas funcionalidades. Neste momento, a Segurança Social tem 154 técnicos para 37 mil casos de regulação parental

O provedor de Justiça, Alfredo José de Sousa, apelou em Julho à implementação de medidas urgentes. O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, ainda não respondeu a este apelo.

O Conselho Directivo do Instituto de Segurança Social afirma que, actualmente, há atrasos médios de oito a 12 meses na resposta aos pedidos dos tribunais de família feitos no âmbito de processos de regulação das responsabilidades parentais. Isto deve-se à falta de recursos humanos.

O provedor de Justiça considera a situação "grave" e "preocupante" e pede medidas urgentes.

O pedido de esclarecimentos foi originado pelas queixas que têm chegado à Provedoria de Justiça - 31 em 2011 e 23 até Agosto deste ano.

Os dirigentes da APIP, Ricardo Simões, e o representante da APPS, João Mouta, sublinharam que, além da demora na elaboração dos relatórios sociais, é preocupante a aparente falta de formação dos técnicos que os produzem.

 No ofício em que responde aos pedidos de esclarecimento da provedoria, a dirigente do ISS afirma que desde que aquela responsabilidade transitou da Direcção-Geral de Reinserção Social para o instituto, em 2007, que os atrasos se acumulam, por insuficiência de recursos humanos. Para 2012, por exemplo, transitaram 11.229 solicitações, que se somam aos 25 mil pedidos, feitos anualmente, em média. Dos 154 técnicos aos quais cabe dar-lhes resposta, 33 trabalham simultaneamente noutras áreas, como a protecção de menores ou a adopção, informa.
Acrescenta que a situação se tem complicado com o aumento dos pedidos de acompanhamento de visitas ou de encontros vigiados entre os progenitores e as crianças.

No meio de tudo isto, existem repercussões danosas na vida das pessoas envolvidas nos processos, como por exemplo o caso de um pai que esperou nove meses e meio para que a Segurança Social lhe proporcionasse visitas vigiadas ao filho, tal como o tribunal determinara. Nesse período não teve notícias nem viu o bebé.

É caso para se afirmar que a crise da família gera mais crise na Segurança Social e vice-versa.

 


Dar os nossos dons


 

Toda a nossa vida é assim: desde o momento em que abrimos os nossos olhos pela manhã até quando os fechamos à noite, temos o poder de criar e o poder de destruir, o poder de dar os nossos dons – grandes e pequenos – e o poder de os recusar.

Provavelmente nenhum de nós encontrará alguma vez um homem a morrer na berma da estrada. E a maior parte de nós raramente será chamada a fazer um sacrifício realmente significativo por outra pessoa. Mas todos nós iremos encontrar milhares de pessoas cujas vidas podemos tornar um pouco mais ricas, um pouco mais felizes porque estávamos lá e porque demos o que tínhamos.

A cada momento cada um de nós tem alguma coisa a dar, alguma coisa que é precisa.

Seremos capazes de a dar?

Temos de dar, simplesmente porque dar os nossos dons é a única maneira possível de encontrar a felicidade.

A vida não é um jogo para assistirmos da bancada!

Dar os nossos dons – todos eles, todos os dias – é a única maneira de realizar a nossa vida e de nos sentirmos realizados.

 

Devolvam-nos as nossas vidas


 “Devolvam-nos as nossas vidas” foi um dos slogans mais gritados e afixados nos cartazes, nas manifestações contra a crise, avenidas abaixo e acima.

Ainda antes de a CGTP ter descoberto o filão dos seis mil milhões de euros que prometem resolver todos os nossos problemas imediatos, a angústia que se apossou de todo um povo resumia-se naquele apelo. Mas porquê aquele e não outro? Podiam ter escrito «devolvam-nos o nosso dinheiro», «o nosso futuro», «a nossa esperança»... Tanta coisa.

Mas não, são "as nossas vidas" aquilo que queremos de volta e por duas razões.


Primeiro porque, no íntimo sabemos todos que perdida a Vida, tudo está perdido.

E, em segundo lugar, porque sentimos que as nossas vidas ainda nos podem ser devolvidas, independentemente de nos terem sido roubadas por aqueles a quem dirigimos o apelo... ou por outrem, quiçá refugiado em Paris.

Mas há uma terceira razão, subliminar, para a escolha deste apelo e não de outro.

 

É que, pelas nossas próprias mãos, isto é, com o dinheiro que entregamos ao Estado, foram sacrificadas já quase 100.000 vidas que jamais poderão ser devolvidas aos seus titulares. Foram interrompidas... e, ou contrário de outras interrupções, não podem ser reactivadas. Nem devolvidas.

Talvez por isso, havia também uns cartazes a falar de "Injustiça".

Os cartazes, no fundo, gritam aquilo que nos enche o coração... E o remorso.



 

 

 

Autarquias amigas da família


O Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis revelou hoje os trinta e cinco municípios portugueses distinguidos com o título "Autarquia +Familiarmente Responsável 2012".

Este reconhecimento resulta de um inquérito realizado a nível nacional ao qual responderam 103 autarquias e onde foram analisadas as políticas de família dos municípios em dez áreas de actuação: apoio à maternidade e paternidade; apoio às famílias com necessidades especiais; serviços básicos; educação e formação; habitação e urbanismo; transportes; saúde; cultura, desporto, lazer e tempo livre; cooperação, relações institucionais e participação social; e outras iniciativas. São ainda analisadas as boas práticas das autarquias para com os seus funcionários autárquicos em matéria de conciliação entre trabalho e Família.

Margarida Neto, membro do Observatório afirma que “Hoje, mais do que nunca, as políticas de apoio à família, são essenciais. Na crise que atravessamos, nos dias difíceis que estamos a viver e que vão agravar-se, as redes familiares amortecem as consequências do desemprego, da perda de habitação, do empobrecimento. As políticas de apoio à família mais eficazes, são as de proximidade. Esse é o desafio que as Autarquias têm cada vez mais pela frente, como conhecedoras e atentas aos problemas reais. E têm por isso mesmo mais capacidade de intervenção. Este prémio faz realçar as melhores práticas. E nesse reconhecimento, a possibilidade de incentivar outras.» conclui.

A cada município vencedor vai ser entregue a bandeira verde da iniciativa «Autarquia + Familiarmente Responsável 2012».

Os dados recolhidos através dos inquéritos encontram-se disponíveis no site do Observatório, em www.observatorioafr.org.

 

Fernando Pessoa – Pedras no Caminho

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,

Mas não esqueço de que minha vida

É a maior empresa do mundo…

E que posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver

Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história…

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma…

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um “Não”!

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta…

 Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo…

 

What a Wonderful World (Que Mundo Maravilhoso) – Louis Armstrong


Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também

Eu vejo-as florescer para mim e para ti

E eu penso para comigo...que mundo maravilhoso

 

Eu vejo os céus tão azuis e as nuvens tão brancas

O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da noite

E eu penso para comigo...que mundo maravilhoso

 

As cores do arco-íris, tão bonitas no céu

Estão também nos rostos das pessoas que passam

Vejo amigos a apertar as mãos, dizendo: "como estás tu?"

Na verdade eles estão a dizer "gosto de ti!"

 

Eu ouço bebés a chorar, eu vejo-os crescer

Eles aprenderão muito mais, do que eu jamais saberei

E eu penso para comigo...que mundo maravilhoso

 

Sim, eu penso para comigo...que mundo maravilhoso

 

JUSTIN BIEBER

 

"Talvez o grande público não saiba quem é Pattie Mallette, de 37 anos.
Mas, sobretudo para as adolescentes, talvez o nome Justin Bieber lhes diga
alguma coisa.
Num recente programa de televisão, a mãe de Justin Bieber, a propósito do
lançamento da sua biografia, falou da sua infância e adolescência muito
conturbada em especial quando, com apenas  17 anos descobriu que estava
grávida.
Como mãe solteira, interrogava-se muitas vezes, para consigo como poderia
alimentar essa criança.
A indecisão levou-a à decisão de ter esse filho que, de uma forma ou de
outra, veio a crescer e tornar-se, hoje em dia, num dos cantores mais
famosos da actualidade.
Nunca sabemos o futuro. A vida é e será sempre uma aposta e um livro aberto.
Sabemos, sim, que com ajuda e solidariedade tudo se torna sempre mais fácil
Neste caso, de certeza que as fãs de Justin Bieber estão muito gratas".



Letónia sensibiliza população através de esculturas de rua


As esculturas de rua foram a forma que a artista Eva Riekstina encontrou para sensibilizar a população na Letónia.

A artista expôs numa praça central da capital da Letónia, Riga, 27 esculturas de bebês em etapas de formação intra-uterina, nas quais ainda poderiam ser abortados de acordo com as leis deste país, cada uma acompanhada de uma lâmina a qual se expressa, em três idiomas, a razão para abortá-lo.

Na lâmina que acompanha uma das esculturas dos bebés representados na praça, lê-se "a minha mãe realmente queria-me, mas os seus amigos pressionaram-na e a convenceram-na a matar-me".

A mostra artística se realiza no âmbito da campanha "Pela vida", organizada por grupos pró-vida da Letónia procura consciencializar a população para o drama do aborto.

Num manifesto colocado no seu web site, os ativistas pró-vida afirmam que "toda a criança tem direito a nascer e a viver”. Todas as melhores mentes os do mundo, cientistas, escritores, artistas e músicos, uma vez foram bebés, com o tamanho de um polegar. As suas mentes, talentos, habilidades especiais, a força, a aparência e a beleza só foram acrescentados de repente no quarto mês de gravidez”.

Também afirmam que as crianças com alguma deficiência, que frequentemente são abortadas, podem surpreender o mundo "com as suas habilidades e talentos na ciência, na arte e na música".

Por vezes, uma criança pode parecer um grande desafio na vida, porém mais tarde será um orgulho e a alegria na vida de alguém.

 

 

 

 

 

 

 

Textos Rádio Costa D'Oiro de 9 a 29 de Outubro


 

Dia 9 de Outubro de 2012- Terça Feira

 

O Ministro da Educação Nuno Crato, numa recente entrevista ao Público reconheceu expressamente que o aumento do número de professores não colocados está diretamente relacionado com a atual crise demográfica que o país atravessa.

Diz o Ministro



Infelizmente a presente austeridade levará a que muitos casais recuem na decisão de ter filhos ou mais filhos e isso, a médio e longo prazo, ainda irá prejudicar mais a economia do país que se verá com menos consumidores e utentes.

 

 

Dia 10 de Outubro de 2012- Quarta Feira

 

Com muita frequência em espaços públicos torna-se difícil senão impossível encontrar casas de banho masculinas equipadas com muda-fraldas.

Por regra, os muda-fraldas encontram-se quase sempre situados no interior da casa de banho das senhoras.

Há pouco tempo causou estranheza ver, num espaço público, um letreiro que dizia “Sanitário Masculino com fraldaário”

É importante que os homens pais assumam as suas responsabilidades na plenitude no que diz respeito à educação dos seus filhos e isso incluí o direito e o dever de mudarem as fraldas aos seus filhos.

O combate à violência doméstica, ao machismo provinciano e a favor de uma maior divisão de tarefas doméstica começa também por aqui.

 

 

Dia 11 de Outubro de 2012- Quinta Feira

 

O consumismo tornou-se uma doença vertiginosa e perigosa.

As sociedades da abundância julgaram poder perseguir um progresso ilimitado, com a ilusão de que tudo poderíamos consumir, sem cuidar da limitação dos recursos.

A poupança foi desvalorizada.

O crédito fácil tornou-se uma perigosa armadilha em que muitos caíram, julgando que o dinheiro barato era um adquirido definitivamente.

A especulação, a idolatria do mercado e as economias de casino pareceram tomar o lugar da criação, do trabalho e do esforço.

 

As gerações presentes começaram a gastar, assim, os recursos das gerações futuras.

Há que recuperar o sentido ético da utilização dos recursos disponíveis e da sua afetação à satisfação de necessidades que sejam verdadeiramente importantes.

 

 

Dia 12 de Outubro de 2012 - Sexta-Feira

 

"A era do crédito fácil, a era de viver à base das dívidas e de gozar o momento, o carpe diem da economia terminou."

 

A crise é de sociedade, uma vez que afeta os vínculos entre as pessoas.

E se quase todos têm a palavra solidariedade na boca, o certo é que há mil motivos para esquecê-la - em nome do individualismo, do egoísmo utilitarista e da ausência de reciprocidade. A gratuitidade é esquecida, e hoje volta à ordem do dia por ausência de meios.

Há que voltar a pensar em dar e em dar sem necessariamente esperar algo em troca.

 

 

Dia 15 de Outubro de 2012- Segunda Feira

 

A natureza está cheia de exemplos de metamorfoses - a lagarta encerra-se na crisálida, num processo de reconstrução autónoma. A noção de metamorfose é, assim, mais rica que a de revolução, uma vez que preserva a radicalidade transformadora, ligando-a à conservação da vida e à herança das culturas.

Quando se refere que o Estado é hoje grande de mais, estamos a reivindicar mais iniciativas da sociedade.

O Estado-providência terá por isso que superar a crise atual com mais Sociedade-providência, com mais sentido comunitário.

Por isso, importa que a sobriedade seja praticada, em nome do desenvolvimento humano, da sustentabilidade e da proximidade das pessoas - pondo a eminente dignidade humana em primeiro lugar.

 



Dia 16 de Outubro de 2012- Terça Feira

Sobre Portugal, Gustavo Cardoso afirmou: "Portugal tem de ser um nó numa rede global de cultura, economia e política. Não lhe basta ser um pequeno país na Europa. Se assim for não teremos um futuro brilhante." Trata-se de combater a mediocridade, a periferia e a irrelevância. Mas, mais do que isso, importa que haja um projeto humano.

É esse o desafio." São necessárias tanto a preparação profissional como a coerência moral. Eis o que é inseparável. Temos de tirar lições dos erros, valorizando a experiência e a aprendizagem. À fragmentação temos de saber contrapor a mútua compreensão e o compromisso.

 

 

Dia 17 de Outubro de 2012- Quarta-Feira

 

Na situação actual, o que podem e devem fazer os jovens para se valorizarem pessoalmente e de forma visível face aos outros, mais adultos, possíveis parceiros, empregadores, sócios ou colegas?
Conselho nº 1: Cultivar uma maior capacidade de autonomia

Conselho nº 2: Aprendizagem

Cada vez mais, as avaliações escolares estão a ser descartadas nas análises de currículos e está-se a dar mais importância ao que esses mesmos currículos apresentem em termos de capacidades (as chamadas soft skills) adquiridas em outras actividades, tais como processos de estágio em empresas, participação em associações de índole laica ou religiosa, escuteiros ou a participação em juventudes partidárias.

 

 

Dia 18 de Outubro  2012- Quinta-Feira

 

Na situação actual, o que podem e devem fazer os jovens para se valorizarem pessoalmente e de forma visível face aos outros, mais adultos, possíveis parceiros, empregadores, sócios ou colegas?


Conselho nº 3: Aventura

Ter vontade de conhecer, de empreender, de avançar para o desconhecido é algo que existe na juventude e que tende a desaparecer com a falta de estímulos.

Assim, ir estudar para o estrangeiro ou para outra cidade, aproveitar os projectos internacionais como Erasmus e Leonardo da Vinci ou ter um part-time aos 16 anos é também uma aventura e pode ser essencial para uma futura entrada no mundo laboral!

 

Conselho nº 4: Ambição

Praticar um desporto é fonte de ambição, de desejo de superação das nossas limitações. O mesmo se passa na estratégia de uma organização. As organizações precisam de colaboradores que tragam inovação, empreendedorismo, cultura de trabalho e de aprendizagem contínua

 

Dia 19 de Outubro de 2012- Sexta-Feira

 

A Rainha D. Estefânia de Portugal, fundadora do Hospital D. Estefânia, além de bonita por fora, era uma pessoa excecionalmente bem formada por dentro. Apesar de ter nascido em berço de ouro era uma pessoa cheia de vontade de ajudar os mais desfavorecidos e necessitados

É dela a frase que de seguida citamos e da qual, em tempos de crise, muito poderíamos aprender:

“Eu era tranquila por fora. Só por dentro me queimava um fogo que eu precisava de alimentar com ações, resultados, concretizações, numa vontade permanente e insaciável de ser cada dia melhor"

 

 

 

Dia 22 de Outubro de 2012- Segunda-Feira

A diminuição do número de filhos e o adiamento da maternidade fazem o retrato de um país com uma população cada vez mais envelhecida.

Uma projecção da Associação Portuguesa de Demografia (APD) revela que, até 2030, o nosso país vai perder cerca de um milhão de habitantes, passando de 10 milhões para 9.

A crise e as medidas de austeridade não estão a ajudar.

Hoje em dia a decisão de ter filhos acaba por estar reduzida ou a meia dúzia de ricos ou a pessoas corajosas.

As famílias, a sociedade, os patrões e o Estado devem acolher e incentivar o aumento da natalidade.

Em última análise, é a própria sobrevivência futura do país que está em causa.

 


Dia 23 de Outubro de 2012- Terça Feira

 

O reforço dos laços familiares é curiosamente é uma das consequências que decorrem da atual crise económica verificando-se, por um lado, a diminuição do nº de divórcios e, por outro, a manutenção (ou regresso) dos idosos às suas casas de família.

Antes, o recurso ao crédito fácil agilizava o divórcio, permitindo a aquisição de novas casas, acompanhada pela troca de parceiro.

O “El Dorado do céu na terra” oferecido por financeiras e bancos ajudava a incutir nas pessoas a ideia de que também no seu relacionamento afectivo seria possível encontrar um parceiro melhor, com menos defeitos e mais qualidades, tal como acontece com os carros, telemóveis e pc’s, e se fosse necessário refazer a vida, lá estaria o banco para oferecer mais um crédito.

Agora, mesmo os casais que vivem com problemas conjugais entre si, tentam ultrapassá-los, havendo uma maior tolerância e compreensão de forma a manterem o sentido de entre-ajuda e a solidez económica da família.

Dia 24 de Outubro de 2012- Quarta-Feira

 

Não é fácil enfrentar a situação de pessoas que sofrem diariamente e, ao mesmo tempo, manter um interesse vivo pelos seus problemas e tristezas.

Muitos médicos e enfermeiros encontram-se frequentemente em risco de considerar os seus doentes apenas de um ponto de vista meramente pragmático, limitando a sua atenção ao diagnóstico e às opções terapêuticas.

Atualmente, os médicos esquecem com frequência a necessidade fundamental de estabelecer uma relação de verdadeira confiança com os seus doentes. Estes vêem-se estimulados a pôr a sua confiança mais nos medicamentos do que na pessoa que lhos administra.

A burocratização inapropriada na prática médica pode destruir a relação médico-doente e reduzi-la a um mero intercâmbio de informação e prescrições, onde as estatísticas tomam o lugar da comunicação interpessoal.

Os profissionais da saúde podem e devem humanizar a doença e o doente.

 

Dia 25 de Outubro  2012- Quinta-Feira

A Cáritas da Matriz de Portimão alterou a suas instalações para a rua Diogo Gonçalo, nº 31 em Portugal, continuando, no entanto, à mesma com a sua loja aberta, localizada em frente à Igreja Matriz.

Mais do que roupas, a Cáritas da Matriz de Portimão está a precisar com urgência de leite para bebes, fraldas de todos os tamanhos e de diversos alimentos, tais como legumes, peixe, carne, yogurtes e tudo o que seja para alimentação.

A Cáritas da Matriz de Portimão apela também aos agricultores do concelho de Portimão que tenham produção em excesso para que a entreguem a esta instituição.

Os donativos entregues à Cáritas da Matriz de Portimão são dedutíveis no IRS e IRC.

 

 

Dia 26 de Outubro de 2012- Sexta-Feira

 

Como afirma o psicólogo Viktor Frankl, a capacidade para sofrer faz parte da própria educação; é uma fase importante do crescimento interior e também de auto-organização .

Atualmente, a incapacidade para enfrentar a dor e o sofrimento, físico ou espiritual, provém precisamente da falta de “cultura do sofrimento”.

Inicialmente, são os pais que temem enfrentar os filhos com o sacrifício. Como consequência, vêem-se tentados a dar-lhes tudo e de forma imediata. Pensam que haverá sempre tempo, mais adiante, para sofrer ou têm a ilusão de que esses momentos nunca chegarão para os seus filhos.

É difícil entender como uma pessoa pode resistir ao aparecimento imprevisto de uma dor intensa sem a ter experimentado antes. A consequência é que essas pessoas estarão mais propensas a sofrer crises nervosas e depressões.

Educar para lidar com a frustração e a dor deve ser um requisito essencial de um crescimento saudável que levará mais facilmente à felicidade

 

Dia 29 de Outubro de 2012- Segunda-Feira


Quando perguntamos qual a razão de ser da dor e do sofrimentor, o ser humano questiona-se sobre o sentido da sua própria existência e procura aclarar o alcance e o significado da sua própria liberdade.

«Posso recusar a dor? Posso, porventura, fixar uma distância da dor, eliminá-la? A dor imprime à vida o seu sentido efémero»

Esta experiência humana move-nos a procurar a ajuda de outras pessoas e a oferecer, ao mesmo tempo, a nossa assistência.

A experiência da dor ensina-nos a prestar mais atenção às outras pessoas.

A dor marca a diferença entre uma pessoa madura e equilibrada, que é capaz de enfrentar obstáculos e situações difíceis, e uma pessoa que se deixa levar e absorver pelas suas próprias emoções e sensações.