terça-feira, 29 de novembro de 2011

Campanha ADAV-Leiria


Somos maiores quando ajudamos a crescer








Colabore na campanha de angariação de leite (pacotes grandes e pequenos) e cereais (papas, flocos, etc.) e artigos de higiene (fraldas, cremes, sabonetes, champôs, etc.)



De 1 a 23 de dezembro de 2011







Das 12h às 18h







Jardim Camões, Barraquinha n.º 3












segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Que bom não ter sido abortado !


Agradecimento


A Plataforma Algarve pela Vida agradece o apoio dado por várias pessoas e, em particular, o apoio que a Cártias Diocesana do Algarve, as associações ADAV-Leiria, Ajuda de Mãe, Ajuda de Berço, Ponto de Apoio à Vida e VivaháVida, da Peninsula de Setúbal, nos deram e nos continuam a dar, em favor do apoio a grávidas do distrito do Algarve.

A comunicação com os filhos adolescentes


Com a chegada da adolescência os filhos tendem a mostrar um sentido crítico com relação a seus pais e se produzem alguns sinais de alarme que podem preocupá-los.
Ainda que possa parecer que os adolescentes são pouco receptivos, necessitam de seus pais e de serem ouvidos para que possam encontrar a solução de problemas que os inquietam.

Necessitam ser ouvidos muito mais do que imaginamos. Se percebem nosso interesse, se animam em contar suas confidências. Se somos como muros no qual rebatem suas melhores tacadas, terminarão buscando outro “local” para jogar. Se ele não conta devemos perguntar sobre suas coisas e eles percebem se existe um interesse real ou se perguntamos apenas por rotina.

Para uma relação de amizade é necessário muito diálogo. Falar é coisa de dois. Quase sempre a conversação surgirá de forma espontânea. As reuniões de família são um bom momento para se criar um clima de maior crescimento, estabilidade e segurança para os filhos.

OS AMIGOS DOS FILHOS

Se quisermos dar um valor verdadeiro e completo aos esforços realizados em nossa família devemos ter presentes os amigos de nossos filhos. Primeiro porque o que nossos filhos aprendem de bom em casa o levarão para fora, “contagiarão” seus amigos e amigas e se dará um efeito multiplicador na sociedade. E, segundo, porque o negativo que nossos filhos vêem em seus amigos lhe parecerá chocante, e então nos ajudará a educar os filhos no verdadeiro sentido da amizade que comporta lealdade e generosidade.

Não devemos ter medo de falar claro aos filhos com respeito a uma amizade, atitude ou comportamento inconveniente. Faremos com prudência e carinho e sem ofender ao amigo ou amiga, mais sendo o suficientemente claros nos conceitos para que não fique nenhuma dúvida.

Temos que buscar qualquer circunstância ou fato negativo que possa ser produzido por parte de um amigo. Esclarecê-lo o quanto antes é a melhor forma de cortar pela raiz o que poderia chegar a ser um mal grave (por exemplo: roubos, beber escondido, fumar...)

Podemos convidar aos pais e aos filhos para que venham a nossa casa, para que nos conheçam e saibam como pensamos. É uma boa ocasião para ensinar com o exemplo como se realiza a vida de relação, o saber estar e o saber compartilhar.

Fonte: IDE - Instituto de Desenvolvimento da Educação


Publicado no Portal da Família em 25/11/2011

O amor é um Êxtase de libertação

"(...) o amor é «êxtase»; êxtase, não no sentido de um instante de inebriamento, mas como caminho, como êxodo permanente do eu fechado em si mesmo para a sua libertação no dom de si e, precisamente dessa forma, para o reencontro de si mesmo".
Bento XVI
"Deus Caritas est". Ponto 6, último parágrafo

domingo, 27 de novembro de 2011

A comunicação com os filhos pequenos

Durante os primeiros anos de vida, a relação com os filhos costuma ser tranqüila. A eles lhes encanta estar com seus pais, os admiram e lhes contam tudo. Por isso é a época ideal para concretizar uma sólida comunicação com eles. Uma comunicação aberta entre pais e filhos.

Para isso é conveniente fazer perguntas, dar-lhes a possibilidade de que encontrem soluções por si próprios, deixar-lhes falar tudo o que for necessário. Com isso estamos dando-lhes a oportunidade para que aprendam a expressar corretamente o que pensam e sentem e o aprendam a transmitir.

Devemos eliminar frases de carga negativa, pois destrói a possibilidade de uma comunicação positiva. No entanto a serenidade e o afeto levam a criança a uma resposta apropriada, damos a chance de ser sinceros.

Lembre-se: Os pais devem estar de acordo e ter o mesmo critério. Do contrário os filhos se desorientam, ou interpretam mal o que lhes foi falado e o resultado é a falta de obediência.

OS CASTIGOS

Para que a comunicação com os filhos não produza falhas na relação, os pais devem tentar ser justos em um tema tão complicado como o dos castigos. Para que os castigos sejam eficazes educativamente e não deteriorem a comunicação são necessárias algumas condições:

Poucos: quando se castiga continuamente, perde-se a eficácia.

Curtos: é importante que a criança saiba o porquê de sua má atuação.

Proporcionados: o castigo deve ser imposto em função da falta cometida.

Educativos: pelo castigo a criança aprende a modificar sua conduta inadequada. Os melhores castigos são os que favorecem o hábito contrário.

Compreendidos: a criança precisa compreender o porquê do castigo.

Imediatos: o castigo deve ser aplicado logo após sua ação. Ele torna-se pouco eficaz quando deixado para o dia seguinte.

Avisados com antecedência: é mais eficaz que a primeira vez argumente por que isso está errado e se advirta que da próxima vez haverá um castigo.

Cuidado! Se o castigo cumpre as condições que repassamos, aplique-o. Se suspendamos os castigos ante as súplicas dos filhos, eles acostumam mal e não aprendem a corrigir seus erros.

Fonte: IDE - Instituto de Desenvolvimento da Educação


Publicado no Portal da Família em 25/11/2011

sábado, 26 de novembro de 2011

Casar ou juntar-se ?


Nossa cultura não entende o matrimônio: contempla-o com uma simples cerimônia (quanto mais luxuosa e extravagante, melhor), um contrato rescindível, um compromisso...

Algo que, sem ser falso, torna-se demasiado pobre.

Em sua essência mais íntima, as bodas constituem uma expressão refinada de liberdade e amor. É, sim, um ato profundíssimo, inigualável, pelo qual duas pessoas se entregam plenamente e decidem se amar por toda a vida.

Vela a pena dedicar toda a vida a amar cada vez melhor e mais intensamente, porque só para isso viemos a este mundo.

Daí que, na realidade, essa seja a única coisa que merece nossa dedicação: tudo o mais deveria ser apenas um meio para consegui-lo; “Ao entardecer de nossa existência – repetia são João da Cruz – seremos julgados pelo amor”.

Pois bem, quando me caso, estabeleço as condições para me consagrar sem reservas à tarefa de amar.

Quando me junto, porém, tudo se torna inseguro: a relação pode se romper a qualquer momento. Não tenho certeza de que o outro vai se esforçar seriamente em me amar, em dividir as alegrias e superar os atritos e conflitos do trato quotidiano: por que haveria eu de fazê-lo?
Ante as dificuldades que com certeza surgirão, a tentação de abandonar a empresa se apresenta muito imediata, uma vez que nada impede esta deserção.

A simples convivência cria um clima psíquico que faz perigar o objetivo fundamental e entusiasmante do matrimônio: aumentar, intensificar e melhorar o amor e, com ele, a felicidade.


Os papéis, o reconhecimento social não são de modo algum o importante; mas com relação à confirmação externa da mútua entrega, tornam-se imprescindíveis.

É verdade que, à vista do exposto, muitos se perguntam: como posso eu me comprometer a algo para toda a vida, se não sei o que me espera?
Como posso ter certeza de que escolhi bem meu par?

Ao que acrescento que para isso aí está o namoro, um período muito bom, que oferece a oportunidade de conhecimento mútuo e de começar a entrever como será a vida em comum.

Depois, se sou como devo, já sei suficientemente o que acontecerá quando me casar: sei, na realidade, que vou colocar todo o esforço para amar a outra pessoa e procurar que ela seja muito feliz.
E se tiver sido um propósito sério, se tivermos sido prudentes e nos conhecemos o bastante, isso será compartilhado pelo futuro cônjuge: o amor chama o amor. Podemos, portanto, ter certeza de que vamos tentar por todos os meios. E então, é muito difícil, quase impossível, que o matrimônio fracasse.

Por outro lado, está estatisticamente comprovado que a convivência antes do matrimônio nunca produz efeitos benéficos: nunca!

Por exemplo:

a) os divórcios são muito mais frequentes entre os que conviveram antes de contrair matrimônio;

b) as atitudes dos jovens que começam a ter trato íntimo pioraram notavelmente e a olhos vistos, desde este momento; tornam-se mais possessivos, mais ciumentos e controladores, mais desconfiados e resmungões, inclusive mais desagradáveis.


O namoro um tanto “avançado” –, não só não proporciona dados confiáveis sobre seu futuro, mas que em muitos casos até os mascara.

Por isso, diante de uma opinião muito difundida, caberia afirmar que ”viver (e deitar-se) juntos” é a melhor maneira de não saber em absoluto como vai agir a outra pessoa durante o casamento.

De facto, é fácil darmo-nos conta de que a situação que se cria em tais circunstâncias é absolutamente artificial... e muito diferente do que será a vida em comum, dia a dia – não apenas “noite a noite” –, quando ambos estiverem casados.


Tomás Melendo Granados

Catedrático de Filosofia (Metafísica)

Diretor dos Estudos Universitários em ciência para a Família - Universidade de Málaga

www.masterenfamilias.com

A comunicação entre o casal


A comunicação no matrimônio é manter uma disposição pessoal de ajuda ao outro, de confiança em suas possibilidades, de interesse por sua melhora. Se a comunicação conjugal é satisfatória toda a relação é vista com otimismo, visando o bem e o equilíbrio. Uma comunicação familiar plena é a base da felicidade familiar. A harmonia conjugal permite uma adequada educação dos filhos na medida em que estes se vêem livres dos problemas e dificuldades dos pais, e se sentem guiados e amados por pais que caminham juntos.

A comunicação entre marido mulher necessita de naturalidade para dizer-se as coisas como são, com sinceridade. Requer espontaneidade, para fazê-lo com graça, sem carga dramática. Deve ser simples, para evitar duplas interpretações. Dentro desse grande universo que compõe a comunicação conjugal, podem distinguir-se sete pilares fundamentais. Todos e cada um devem ocupar um tempo e um lugar na convivência diária do casal e em sua comunicação.

OS SETE PILARES DA COMUNICAÇÃO DO CASAL

1- Os valores: compartilha-se o íntimo e pessoal, as convicções profundas.
2- Os sentimentos e os afetos: todas essas “pequenas grandes coisas” que se contam os que se amam
3- Os filhos e o lar: os filhos e o próprio lar, são temas obrigatórios de conversação entre os esposos
4- O trabalho profissional: esse interesse pela atividade do outro
5- A sexualidade: caminhará bem quando a vida de comunicação e relação funciona
6- A família política (parentes): com boa diplomacia se garante a comunicação e se impedem atritos desnecessários entre os esposos
7- O dinheiro e a economia doméstica: deve-se compartilhar tanto a escassez como a abundância.

A crise no matrimônio pode originar-se às vezes por uma comunicação defeituosa. A própria crise em si supõe uma ruptura da comunicação. Esta ruptura se manifesta de forma aberta quando o trato e o diálogo deixam de existir. Ou pode aparecer de forma velada quando se continua a relação a base de monossílabos. Em todo caso o que se pretende é que estes momentos de desacordo conjugal sejam transitórios e leves, graças à boa vontade dos cônjuges.

IDE - Instituto de Desenvolvimento da Educação


Publicado no Portal da Família em 25/11/2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Recolha do Banco Alimentar contra a Fome este fim de semana



"Cá em casa, cortamos o cabelo uns aos outros"

São uma família numerosa e têm um orçamento para gerir. Quatro filhos, e contas para pagar. Estão habituados a poupar, e garantem que se "encontra a felicidade em ter menos". Veja aqui o vídeo.


Fonte: DN Negócios

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Desafio: Investir mais tempo com os filhos

APFN APRESENTOU AO GOVERNO PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO ORÇAMENTO DE ESTADO COM IMPACTO NEUTRO


NOTA DE IMPRENSA


Na sequência das medidas recentemente tomadas no âmbito da crise e da

Proposta de Orçamento de Estado para 2012 que prevê um agravamento fiscal superior para as famílias com filhos a cargo

Lisboa, 23 de Novembro de 2011 – A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas entregou na passada semana ao Governo uma proposta de alteração ao Orçamento de Estado com impacto neutro.

Tendo presente o facto de as famílias com filhos a cargo serem aquelas que, por possuirem um nível de despesas essenciais mais signifcativo nos seus orçamentos, e, por isso, muito menor capacidade de reduzir despesas a APFN pretende que sejam tomadas medidas construidas especificamente para estas famílias, por forma a garantir a equidade e justiça no esforço solicitado para enfrentar a actual crise.

Num parecer realizado por esta Associação à proposta de Orçamento de Estado para 2012 são destacados os seguintes aspectos:

O IRS ao continuar a não ter em devida conta a dimensão e as necessidades das famílias viola principios Constitucionalmente consagrados;

· As alterações que constam na Proposta de OE para 2012 fazem com que, para duas famílias com o mesmo rendimento, o potencial de imposto a pagar aumente em termos absolutos e relativos muito mais consideravelmente para as famílias com filhos a cargo, tanto mais quanto maior o número de filhos – por exemplo para uma família com 6 filhos a cargo, caso possua rendimentos que a enquadrem entre o 3º e o 6º escalão, poderá chegar a atingir um agravamento fiscal superior a 5.000,00 euros, enquanto que, para o mesmo rendimento e para uma família sem filhos a cargo, o agravamento potencial não ultrapassará os 2.700,00 euros;

· Todas as recentes medidas tomadas, nomeadamente, aumento do custo dos serviços e do IVA em bens essenciais como a electricidade, aumentos dos transportes e fim da comparticipação do estado nos passes, alterações nas taxas moderadoras e nos custos com a saúde, supressão dos subsidios de férias e de Natal dos funcionários públicos, etc, têm um impacto muito superior nas famílias com filhos a cargo.

Com base nestas evidências a APFN propõe uma alteração nos valores das deduções personalizantes: diminuição de 10% nas deduções personalizantes dos contribuintes e aumento de 40% nas deduções personalizantes dos dependentes.

Esta proposta foi construida a partir do estudo das deduções personalizantes liquidadas no ano de 2009, últimos dados publicados e disponíveis para tratamento e, segundo esta Associação, se esta alteração tivesse sido introduzida em 2009 o valor de deduções liquidadas teriam sido exactamente o mesmo do que foi e, tendo em conta que, o número de dependentes a cargo está a diminuir face ao número de contribuintes, não existe qualquer risco de que esta alteração contribua para um agravamento da despesa do Estado. A Associação acrescenta que se trata de uma diminuição mínima nas deduções dos sujeitos passivos e uma pequena folga para as famílias com filhos a cargo que não é minimamente suficiente para compensar estas famílias do agravamento fiscal previsto neste OE mas que seria um sinal possível de uma verdadeira preocupação com a equidade e justiça na distribuição dos esforços da crise.

Sobre a APFN – Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

Formada em 1999, a APFN é constituída por grupos de casais, com três ou mais filhos. Acredita nos valores da família, defende o direito à vida desde a sua concepção e sente a necessidade de apoiar as famílias numerosas, contando actualmente com mais de 10.000 sócios. A APFN pretende, com a sua actividade, mudar as mentalidades e as políticas relativamente à família e transformar o actual cenário que, se não for alterado, conduz à insustentabilidade económica e social. A APFN acredita na família como a solução do futuro e enquanto resposta histórica em todos os momentos de crise. O lema da APFN é apostar na família é construir o Futuro.

Para mais informações, por favor contacte:

APFN

Ana Cid Gonçalves | T 919 259 666 | secretaria-geral@apfn.com.pt

Ana Mira | T 916 079 548 | comunicacao@apfn.com.pt

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Da conceção ao nascimento

O feitio das mulheres


Na actividade profissional, mas sobretudo em família, por vezes, é bastante habitual que surjam litígios e conflitos entre o homem e a mulher.

Esses conflitos, sobretudo no caso do casamento, podem ter efeitos nefastos e desembocar inclusive em divórcio.

Para prevenir esses conflitos, há que ter presente a forma de pensar e reagir do outro sexo.

Os homens serão mais básicos e actuam de forma mais condicionada enquanto as mulheres são mais sensíveis e susceptíveis.
Há atitudes que passam completamente ao lado dos homens e que, nas mulheres, são causa de transtorno e aborrecimento.

Por sua vez, as mulheres, muitas vezes, actuam na expectativa de uma reacção contrária àquela que elas próprias parecem consentir.
Por exemplo, uma mulher que diz que não é preciso que um familiar lhe dê boleia, na realidade, está na expectativa de receber essa boleia e se o familiar não lha der irá ficar ressentida e magoada.

Outra caracteristica complicada das mulheres é a sua imprevisibilidade. Actuam, por vezes, da forma que menos se esperava.
Como dizia um professor catedrático meu amigo, o prof. Manuel José Lopes da Silva, as mulheres escapam a qualquer estudo de natureza científica.
Este elemento torna mais difícil a tarefa do homem mas há sempre que contar com este elemento-surpresa.

Em particular, os homens, e por maioria de razão, os maridos, devem estar particularmente atentos a estes sinais contraditórios na forma como se devem antecipar a certas situações, tomando a iniciativa de as executar, a priori, antes que a mulher os julgue e condene a posteriori pelas suas omissões.

Estar alerta a estas armadilhas montadas pelas mulheres é meio caminho andado para evitar discussões e cicatrizes e rancores desnecessários.

Por vezes, faz-se faísca, mas biologica e psicologicamente falando, não podemos viver sem elas, nem elas sem nós, homens.
Por isso, saber a fórmula de descodificação dos seus comportamentos, antecipar comportamentos de forma a reduzir ou anular as suas reacções, por vezes, imprevisíveis é a solução para o problema.

Quanto a nós homens, somos mais básicos. Basta jogar com os nossos instintos e ficamos logo domesticados!
:O)

Estudo americano alerta para os efeitos negativos do divórcio


Efeitos negativos do divórcio:
- Existem evidências claras de que os pais são menos propensos a ter relacionamentos de alta qualidade com seus filhos.
- Crianças com pais divorciados ou não casados são mais susceptíveis a serem pobres.
- A mortalidade infantil é maior e, em média, as crianças têm pior estado de saúde em comparação aos colegas que têm pais casados.
- Adolescentes de famílias com pais divorciados são mais propensos ao abuso de drogas ou álcool, de entrar em conflito com a lei, e viver uma gravidez na adolescência.
- Crianças que vivem em lares com homens sem laços familiares correm maior risco de abuso físico ou sexual.
- Divórcios aumentam o risco de fracasso escolar e diminui a possibilidade de obter um bom emprego.
-Filhos de pais divorciados têm 50% a mais de chance de um dia terem seus casamentos fracassados.
-Nenhuma estabilidade.
Além disso, a expectativa de que após o divórcio o ex-cônjuge será livre para casar com outra pessoa, com quem será feliz, proporcionando aos seus filhos maior estabilidade, não é um resultado comum, apontou o relatório. A taxa de divórcios no primeiro casamento é de 40% a 50%, e para a segunda união é de 60%. Isso significa que as crianças passam por muitas transições familiares, aumentando cada vez mais as consequências negativas.
Em recente estudo tendo por base um modelo econômico muito cauteloso, foi estimado que divórcios e gravidez fora do casamento custa aos contribuintes dos Estados Unidos no mínimo $12 bilhões por ano.
Analisando como este imenso dano social e econômico pode ser reduzido, o relatório alegou que é errado supor, que uma vez feita a petição de divórcio pelos casais, não há como voltar atrás.
Em recente pesquisa foi demonstrado que 40% dos casais americanos já decididos pelo divórcio dizem que, um ou ambos, estão interessados na possibilidade de uma reconciliação.
Infelizmente, afirmam os autores, os juízes e advogados de divórcios, normalmente, não fazem qualquer tentativa para promover a reconciliação, concentrando-se em uma resolução rápida para o processo.
Entre as evidências contidas no relatório, estava o resultado de uma amostra de 2.484 pais divorciados. A mesma demonstrava que cerca de um em cada quatro pais acredita que seu casamento ainda poderia ser salvo. O processo de divórcio dos pais envolvidos estava quase no final.
Para casais que procuram o divórcio o percentual de abertura à reconciliação poderia ser bem maior, adicionaram os autores.
O relatório sugeriu um período mínimo de um ano a partir da data de apresentação do divórcio até que ele entre em vigor.Este adiamento poderia dar tempo ao casal para reconsiderar a decisão de se separar.
Afinal de contas, muitos estados têm um período de espera para se casar, a fim de desencorajar as decisões impulsivas.
Além disso, às vezes, a decisão de divorciar é feita em um momento de crise emocional, e uma pessoa em tal estado não pode pensar sobre as consequências do divórcio a longo prazo.
Junto com um período de espera é fundamental oferecer serviços para promover a reconciliação. Atualmente, afirmaram os autores do relatório, a qualidade dos aconselhamentos matrimoniais disponíveis em muitas comunidades é insuficiente.Em muitos casos, os conselheiros matrimoniais não são adequadamente formados. Além disso, muitos conselheiros sentem que devem manter a neutralidade quanto à possibilidade do casamento terminar em divórcio ou não, o que não estimula a esperança para um casal à beira do divórcio.Programas de educação para o aprimoramento do matrimônio, especialmente para aqueles em maior risco de divórcio, foi outra recomendação. Avaliações de alguns dos melhores programas têm mostrado que estes são bastante eficazes.


Sobre técnicas de promoção da reconciliação ver mais aqui

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Liberdade de Educação na Suécia

No passado dia 10 de Novembro, O FLE- Fórum para a Liberdade de Educação teve honra de organizar um Encontro na Fundação Calouste Gubenkian subordinada ao tema: "Liberdade de Escolha e as Escolas com Contrato na Suécia: como, porquê e com que consequências".Apraz-nos fazer agora as conclusões do Encontro. Recordamos que este Encontro só foi possível pelo apoio da Embaixada do Reino da Suécia, Volvo e Autosueco.

A reforma da administração pública na Suécia, no início da década de 1990, descentralizou o poder de decisão, que na educação passou do Governo central para os pais, municípios e escolas. Dessa descentralização nasceu um sistema de vouchers, cujo princípio fundamental foi estabelecer a igualdade de oportunidades na escolha e no acesso às escolas, e que conduziu a um crescimento significativo do número de escolas independentes no país, financiadas em igualdade de circunstâncias com as escolas municipais, aumentando-se assim a diversidade da oferta educativa no país. Através deste sistema vouchers surgiu, no país, um mercado que possibilitou que todas as
famílias pudessem ser livres e capazes de escolher entre escolas públicas ou privadas, independentemente do seu estatuto social ou da sua situação financeira.

Cerca de 20 anos após a reforma, a Suécia vivencia hoje um alargado debate acerca dos efeitos desta reforma na qualidade da educação do país, um debate alimentado sobretudo pelos resultados do PISA 2009, nos quais a Suécia confirma a contínua queda de resultados face aos relatórios PISA de anos anteriores.

Importa referir, logo à partida, que essa queda de resultados não se reflectiu, na sociedade sueca, num questionamento das qualidades do sistema de ensino. A satisfação dos pais com a liberdade de escolha mantém-se elevada e existe, nos partidos representados no Parlamento, um consenso acerca das vantagens deste sistema. Este balanço de 20 anos permitiu, assim, aos líderes suecos repensar e corrigir alguns aspectos do seu sistema de ensino, nomeadamente em duas áreas. Em primeiro, em termos de avaliação do sistema (mais avaliação para controlo de qualidade, introduzindo exame no 3º ano de escolaridade), de modo a depender menos das avaliações internacionais da OCDE para olhar o seu próprio sistema. E em segundo, em termos de construção do curriculum, e em particular no redesenho dos sylabi nas disciplinas consideradas centrais para o desenvolvimento dos alunos (Sueco,
Matemática e Inglês), que passarão a ter mais detalhe do que anteriormente.

Deste modo, o sistema de ensino sueco, enquanto sistema descentralizado e dinâmico, encontra-se hoje num processo de afinações, resultado de uma reflexão acerca das fragilidades identificadas, mas seguindo a mesma linha condutora que marcou a reforma na década de 1990, i.e. colocando os alunos e a liberdade no centro, promovendo mais igualdade de oportunidades (nomeadamente, pela introdução de mecanismos de equilíbrio social numa sociedade agora mais heterogénea) e mais diversidade educativa para responder aos desafios do século XXI.

Um encontro muito actual, pelo que juntamos a apresentação do Sr. Mats Bjornsson bem como algumas noticias publicadas nos jornais e sugerimos a pesquisa do dossier dedicado à reforma educativa na Suécia .

Educar a vontade e não só o conhecimento









Não obstante 93,3% dos estudantes universitários revelar que tem um bom conhecimento nestas matérias o presidente da APF, Duarte Vilar, diz que a sua associação vai lançar uma campanha junto daqueles que será "uma tentativa para aumentar os conhecimentos dos estudantes universitários em matéria de contracepção”






Mas então, se eles sabem, porquê fazer uma tentativa para aumenta ainda mais os conhecimentos em matéria de contracepção ???






Se eu quiser ganhar dinheiro, basta que eu saiba que tenho que trabalhar ?






Será o mero conhecimento desta realidade suficiente para que eu ganhe mais dinheiro ?






Ou, pelo contrário, para que eu ganhe mais dinheiro, ainda que eu saiba que tenho de trabalhar mais, de facto, eu trabalho mesmo mais e, por isso, ganho mais dinheiro ?






Por outras palavras, mais um erro de estratégia:






- O conhecimento só condiciona a acção se for levado à prática e, por sua vez, só se leva à prática um conhecimento se a vontade actuar em conformidade.






Educar a vontade (e não só o conhecimento) é coisa que a APF não sabe (ou não quer saber)...






P.S.- Quanto à eficácia do preservativo na prevenção das gravidezes indesejáveis é outra guerra sobre a já aqui muito se escreveu.

Pelo combate à institucionalização de crianças

Um jornal diário de 17 de Outubro de 2011 noticiava que no ano de 2010 foram institucionalizadas 9136 crianças e no ano de 2009, 12579 crianças. Por ano nascem, em números redondos, 100.000 crianças. Contas feitas temos que, cerca de 10% das nossas crianças são privadas da sua família natural nos primeiros tempos de vida. Porquê? 10% da população infantil até aos 3 anos, está institucionalizada?

No “Admirável Mundo Novo” Aldous Huxley mostra-nos um mundo em que todas as crianças estão entregues à governação da sociedade porque dessa forma é mais barato controlar a sociedade. A ficção de Huxley é bizarra e arrepiante, mas é só ficção…

Em Portugal parece que nenhum Poder decretou que as crianças devem ser institucionalizadas. Mas o certo é que as circunstâncias, ou a falta delas, uma lei profundamente ideológica, e operadores para-judiciais e judiciais conduzem por ano 10% das nossas crianças à institucionalização.

Certo é também o custo humano da institucionalização que provoca nestas crianças carências, atrasos no desenvolvimento e incapacidades que num futuro se manifestarão. Não podemos deixar de referir o custo económico da institucionalização que numa IPSS ronda, por criança, os 2.700,00€ (dois mil e setecentos euros) por mês e numa instituição do Estado cifra-se nos 12.000,00€ (doze mil euros) por mês. Nas nossas casas uma criança de 2 anos despenderá de 300,00€ a 400,00€ por mês… Mas isto são números.

Mais séria é a dimensão humana de todo este silenciado e ideológico processo que afasta a maternidade e a paternidade do filho a que se dirige.

Porém há um grito de mães e pais que, vítimas de circunstâncias a que são alheios, se faz ouvir nos Tribunais de todo o País, porque num determinado dia foi lida a sentença e ficaram “inibidos do poder paternal” para sempre. Nunca mais lhes é permitido ver, beijar ou tocar no filho que é seu. O que falhou?

O “Admirável Mundo Novo” faz-se agora com os mais carenciados e os que estão mais sós na sociedade. É amanhã?

Isilda Pegado
Presidente da Federação Portuguesa pela Vida
In "Voz da Verdade"

domingo, 20 de novembro de 2011

Um país de velhos


Entre as dívidas e défices que nos escravizam, há um de que ninguém fala. Segundo a ONU, Portugal tem a segunda taxa de fecundidade mais baixa do mundo (1,3), muito longe do equilíbrio geracional (2,1). Pior só mesmo a Bósnia (1,1), que sofreu uma guerra civil e onde o futebol ainda é jogado em campos de batatas.

(...)

Portugal, apesar de ser o sétimo país mais envelhecido do mundo, ainda não acordou para a vida. O OE 2012 mantém uma política fiscal que discrimina o casamento e os filhos. Com os cortes nas deduções fiscais ter filhos passou a ser um privilégio apenas acessível a gente rica ou irresponsável. O aborto continua a ser subsidiado pelos nossos impostos, através do SNS, e os apoios à IVG são mais generosos do que os subsídios à maternidade ou adopção. Ao mesmo tempo, fechamos escolas primárias e maternidades no interior. Se continuarmos a ignorar o problema, o envelhecimento vai acentuar a grave crise social que já vivemos. Sem esquecer as contas do SNS.
Com menos população activa a segurança social será ainda menos sustentável e o ‘graal’ do crescimento económico continuará a ser uma miragem.
(...)
Estamos tão cegos pelos défices de curto prazo que não percebemos a vaga de fundo que nos ameaça. Mais do que o ouro do Banco de Portugal a população é o nosso mais precioso activo.
Conseguirá um país de velhos pagar as suas dívidas?
Já sobrevivemos a outras crises financeiras, mas se não invertemos o declínio demográfico o actual défice será uma brincadeira de crianças.


Paulo Marcelo
In "Diário Económico"

sábado, 19 de novembro de 2011

Precisamos de acessórios e roupa de bébé e criança


A Plataforma Algarve pela Vida está a acompanhar grávidas em dificuldade e necessita de alguns donativos tais como:

- Carrinhos de bébé.
- Roupas e sapatos de bébé (5 a 9 meses).
- Roupas e sapatos de criança- menino e menina (8 anos).
- Mantas para bébé.

Agradece-se todo o apoio que possam dar que poderão fazer chegar através do contacto ao nosso e-mail algarve.vida@gmail.com

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Textos de Outubro da Rádio Costa D'Oiro




DIA 4 de Outubro de 2011 – Terça-feira

Na vida das cidades, na nossa vida pessoal, profissional e familiar, nas decisões políticas deveríamos agir com maturidade.

A maturidade está associada à prudência das decisões, promove os bons resultados e dá garantias de maior sucesso.

Quantos divórcios, quantas crises, quantas gravidezes indesejadas, quantas bancarrotas e problemas financeiros, quanta deliquência, quantos crimes ou depressões não se evitariam se o gestor, se o pai, se o filho, se o político tivesse adoptado outra decisão mais acertada e mais sábia.
Porém, nem sempre é fácil ser se maturo. Por vezes, a imaturidade é a via mais fácil de seguir.
No Decreto "Optatam Totius", do Concilio Vaticano II, a Igreja Católica indica 3 características que devem pautar a maturidade humana.
São elas as seguintes:
- Estabilidade de ânimo.
- Capacidade de tomar decisões ponderadas.
- Um modo recto de julgar os acontecimentos e os homens e a si mesmo com objectividade, admitindo limitações e diferenciando o que é pura possibilidade do que já é conquista efectiva.

DIA 5 de Outubro de 2011 – Quarta-feira

"O aborto não pode ter isenção como tem a gravidez (...)" Esta é a posição do Dr José Manuel Silva, bastonário da ordem dos médicos
O aborto não é um direito.
A irresponsabilidade não pode ser recompensada. A irresponsabilidade não pode ser subsidiada. A irresponsabilidade não pode ser transformada num direito. E, acima de tudo, a irresponsabilidade não pode ser colocada no mesmo patamar da responsabilidade que é assumir uma gravidez e ter um filho.
Os cortes da saúde chegaram e as taxas moderadoras têm de subir, mas o aborto é gratuito.
As maternidades debatem-se com problemas sérios para manter a sua atividade, mas o aborto é gratuito.
Num contexto de crise demográfica, o tratamento de fertilidade deixou de ser uma prioridade, mas o aborto é gratuito.
Num país onde o aborto é completamente gratuito e a mulher até recebe um subsídio de - pasme-se - maternidade), é quase impossível encontrar um especialista em saúde materna nos centros de saúde. Portanto, no Portugal progressista de 2011, uma mulher que dá à luz é menos protegida do que uma mulher que escolhe abortar.

Dia 6 de Outubro de 2011 – Quinta-feira

APFN- Associação Portuguesa das Famílias Numerosas concorda com a adopção de medidas de emergência e que deverão ser pedidos sacrifícios sobretudo a quantos têm maior disponibilidade para o fazer e adoptarem-se medidas para poupar os menos afortunados.
Infelizmente, devido à desastrosa e crescente política anti-família e anti-natalidade praticada nas últimas décadas, particularmente nas duas últimas legislaturas, as famílias com filhos são sobremaneira afectadas, tanto mais afectadas quanto maior o número de crianças e jovens a cargo.
Tal deve-se à forma de se calcular o “escalão de rendimento”, isto é, o “nível de rendimento” das famílias no qual é estipulado o esforço a que irão ser submetidas, quer em termos de IRS, quer em termos de redução de contribuições sociais.
No caso do IRS, a situação é ainda pior: os escalões são calculados dividindo o rendimento apenas pelo “coeficiente conjugal”, isto é, por um ou dois, conforme se trate de um lar mono ou biparental, não entrando em linha de conta com o número de filhos.
A APFN, por isso, entre outras reivindicações, tem vindo a reclamar a substituição do coeficiente conjugal pelo “coeficiente familiar”.



Dia 7 de Outubro de 2011 – Sexta-feira

«O que resta do Pai?», pergunta-se o psicanalista Massimo Recalcati no seu oportuníssimo estudo sobre a paternidade na época pós-moderna.
A preocupação que partilha com os leitores é esta: Da figura do pai de outrora resta-nos muito pouco.
E para classificar os tempos que correm ele recupera uma expressão de Jacques Lacan: «a evaporação do pai».
De facto, a nossa cultura tem praticado uma demolição sistemática da figura do pai.
O pai deixou de ser referência de valor para avaliarmos o sentido, para delinearmos a fronteira do bem e do mal, da vida e da morte. O que defende Recalcati é que a figura do pai precisa de ser recuperada.
O conhecimento do que é um pai só pode ser um conhecimento vivido, profundamente experimental, qualquer coisa de sensível que nos faz participar de qualquer coisa de absoluto.
Que os filhos de hoje saibam ser melhores pais amanhã.

Dia 10 de Outubro de 2011 – Segunda-feira

Nos próximos dias 22 e 23 de Outubro (fim-de-semana), das 9h às 24h , a Plataforma Algarve pela Vida com o apoio do Centro Comercial Aqua vai levar a cabo uma nova mostra de instituições de solidariedade do concelho de Portimão.
Esta será mais uma excelente oportunidadede divulgar o trabalho e missão de cada uma das instituições de Portimão, em particular, nestes tempos de crise económico.
Não se esqueça, se for ao Centro Comercial Aqua, de nos visitar e ficar a conhecer melhor o que Portimão solidário tem para dar.


Dia 11 de Outubro de 2011 – Terça-feira

Apesar de ser tão forte o nexo dos filhos com os seus pais sob o ponto de vista biológico, há uma outra que, partindo de seres diferentes pelo sexo e sangue, cria uma fusão natural tão forte que a sua desintegração é tão impressionante como o desmembramento de um corpo vivo. Estou-me a referir ao casamento.
A entrega conjugal une e funde os esposos de tal modo que chegam a ser «uma só carne»- una caro.
A doação mútua, portanto, colocada na base da «una caro» dos esposos, deve inspirar a recíproca relação em toda a vida conjugal, e deve penetrar e configurar toda a vida familiar.
Por isso se diz que as próprias as relações entre pais e filhos têm as suas raízes na doação original que cada cônjuge fez entre si.
A paternidade e a maternidade não só não lesam a mútua entrega dos cônjuges como a enriquecem, constituindo a sua optimização mais coerente.


Dia 12 de Outubro de 2011 – Quarta-feira

O amor conjugal anima e vivifica a vida familiar. Por isso o amor conjugal faz que as relações entre os pais e os filhos estejam animadas pelo espírito de entrega mútua dos esposos, o qual se estende e difunde a todos os membros da família.
A solidez ou fragilidade de tal entrega, manifestada consciente ou inconscientemente na vida quotidiana, indica o grau de consistência de uma família como grupo social.(...)

«Mas não esqueçam que o segredo da felicidade conjugal está no quotidiano, não em sonhos. Está em encontrar a alegria íntima que dá a chegada ao lar; está no convívio carinhoso com os filhos; no trabalho de todos os dias, em que colabora toda a família; no bom humor perante as dificuldades, que é preciso encarar com desportivismo»
A estrutura do matrimónio e da família tem necessidade do amor como do seu espírito e da sua vida; um espírito que pode sempre ressurgir, superando possíveis crises conjugais, ainda que tivesse adormecido ou aparentemente se tivesse perdido.
Tudo se pode recuperar, desde que não se perca o rasto do amor.


Dia 13 de Outubro de 2011 - Quinta-feira

A responsabilidade exerce-se, ou deixa de exercer-se, nos actos que dependem da vontade; do qual decorre que os efeitos consequentes são responsáveis ou irresponsáveis.
Não se pode propor como responsável a vontade de não procriar, sem que esta mesma vontade determine uma atitude coerente nas relações conjugais.
Em conclusão, não se pode ser irresponsável nas relações íntimas e pretender ser responsável na transmissão da vida"
Esta afirmação é muito oportuna e muito adequada ao fenómeno do aborto.
Muitos casais assumem a realização de actos sexuais sem se preocuparem ou, no mínimo, descuidando a questão da prevenção da gravidez.
Não podem esses mesmos casais, depois, invocar a RESPONSABILIDADE como argumento para justificar a prática de um aborto quando, antes, foram IRRESPONSÁVEIS na prevênção dessa mesma gravidez.
Assim, é uma perfeita cobardia que muitos homens, perante a gravidez indesejada da parceira , proclamem que "nada têm a ver com isso", "que quem a arranjou, agora que o resolva" e que "não querem saber como é que a mulher vai resolver o problema".
Por isso, não podem os homens progenitores assobiar para o lado, dizendo que, quando concordaram nas relações sexuais só queriam ter uns momentos de prazer e nada mais.
É caso para dizer, quiseram usufruir dos benefícios imediatos da relação sexual, mas não querem assumir, depois, as consequências que daí possam resultar.
Ser livre, é ser responsável.

Dia 14 de Outubro de 2011 – Sexta-feira

Um autor italiano escreveu: «Somos anjos de uma asa apenas. Só permanecendo abraçados podemos voar».
O casamento é a serena e criativa conjugação destes dois sentimentos que, fora dele, pareciam destinados a existir unicamente em contraste: a solidão e a comunhão. O amor agudiza a consciência de sermos um; descobre, aos nossos próprios olhos, a irresolúvel incompletude que individualmente nos caracteriza, a nossa insuperável carência; e ensina-nos o sabor de uma, até aí desconhecida, solidão: aquela que se sente por estar privados do ser amado.
Mas o amor é sobretudo milagre da comunhão. Uma comunhão construída também com esforço, é claro, conquistada continuamente ao território muito defendido do egoísmo, traduzida em decisões quotidianas e vigilantes.
O fundamental é vislumbrado e servido em completa dádiva, acontece sem porquês, no âmbito de uma gratuidade infatigável, numa geografia sem condições nem reservas. O amor não se explica: implica-se.
É uma voluntária hipoteca, um sigilo de sangue, um entrelaçamento vital


17/10 - Alimentação saudável
Ontem dia 16, comemorou-se o dia da alimentação, mas os hábitos alimentares, o exercício físico e o ambiente que nos rodeia são decisivos para a nossa saúde, todos os dias!
Escolher os melhores alimentos para a nossa mesa nem sempre é tarefa fácil e exige uma disciplina rigorosa que aposte na descoberta dos sabores naturais e variados que a natureza tem para nos oferecer. Uma alimentação saudável é uma alimentação variada.
Mas é igualmente importante saber preparar correctamente os alimentos para as refeições, respeitando cuidados de higiene e de conservação que previnam a contaminação alimentar e garantam uma maior frescura dos produtos.
Aqui se relembram alguns conselhos:
• Inicie o seu dia com um pequeno-almoço completo, equilibrado e saudável.
• Coma de três em três horas. Não salte refeições. Não coma demais.
• Reduza o consumo de sal. Opte por usar ervas aromáticas e especiarias para que os seus cozinhados fiquem mais apetitosos.
• Coma mais legumes, mais hortícolas e mais frutas
• Beba água simples em abundância ao longo do dia! Evite as bebidas alcoólicas.
• Modere a ingestão de açúcar.
• Privilegie o azeite, tanto para cozinhar, como para temperar os pratos.
18/10 – Alimentação Infantil Equilibrada
Nos dias que correm muitas são as preocupações dos pais e educadores com a alimentação das crianças. Os avanços da medicina e o aumento dos conhecimentos sobre nutrição humana levaram à constatação de que as crianças não têm o metabolismo de um adulto, pelo que a sua alimentação deverá ser feita em função da sua idade e necessidades específicas nesse dado momento.
As crianças são todas diferentes e os seus hábitos alimentares variam muito em função da idade, estados de espírito, saúde, épocas do ano, etc. Para muitos pais a hora da refeição é algo de problemático, seja porque os seus filhos se recusam a comer determinados alimentos, seja porque tendem a comer de mais.
(in http://www.comezainas.com) Mas não podemos esquecer que comer em quantidade não significa qualidade!
19/10 – Quantidade não significa Qualidade
Ao contrário do que é comum pensar-se, comer muito não é sinónimo de comer bem, e uma criança gordinha, embora possa parecer saudável, pode não estar a fazer uma alimentação equilibrada, o que lhe trará problemas no futuro.
Os pais e educadores devem estabelecer a disciplina nas refeições, quer em termos de horários, locais ou dos próprios hábitos alimentares das crianças. Lembre-se: da alimentação do seu filho em criança dependerão, muito provavelmente, os seus hábitos alimentares no futuro. (in http://www.comezainas.com)
20/10 – Que ligação tão especial é esta que sinto pelo meu bebé?
A sua ligação ao seu filho começou provavelmente muito antes do seu nascimento. Mas, agora que o tem nos braços, essa relação vai fortificar-se e transformar-se talvez no envolvimento mais importante da sua vida e da dele:
• Esse vínculo vai moldar o desenvolvimento intelectual e emocional do seu bebé;
• Será a base da sua segurança, autoconfiança, auto-estima e capacidade para estabelecer relações ao longo da vida.
O seu filho está, na maioria dos casos, pronto a ligar-se a si desde os primeiros momentos da vida.No Portal da saúde da Direção Geral da Saude pode descobrir conselhos e informações que ajudarão a enriquecer a sua relação parental.
21/10 – Agora que o tempo das constipações está a chegar, aqui fica uma sugestão: A Linha Saúde 24 é uma iniciativa do Ministério da Saúde que visa responder às necessidades manifestadas pelos cidadãos em matéria de saúde, contribuindo para ampliar e melhorar a acessibilidade aos serviços e racionalizar a utilização dos recursos existentes através do encaminhamento dos Utentes para as instituições integradas no Serviço Nacional de Saúde mais adequadas. Disponibiliza:
• Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento, Aconselhamento Terapêutico, Assistência em Saúde Pública e Informação Geral de Saúde e está acessível através do telefone 808 24 24 24 (custo chamada local), ou via chat para pessoas com necessidades especiais;
Todos os dias, 24 horas por dia, basta ligar o 808 24 24 24 e entrará em contacto com Profissionais de Saúde qualificados e especialmente formados que lhe darão os melhores conselhos sobre a forma de lidar com a sua situação de saúde em particular. Seja ajudando-o a resolver o problema você mesmo ou encaminhando-o para o serviço de saúde mais adequado.

24/10 – educação ambiental
A ALGAR, S.A., empresa responsável pela valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos na região do Algarve, disponibiliza junto das escolas da região o «Guia de Atividades de Educação Ambiental ALGAR 2011/2012», que apresenta diversos programas de atividades pensados para os mais jovens.
A ALGAR promove também diversas ações de sensibilização nas escolas e entidades particulares sobre os variados temas, desde «O caminho dos resíduos», «A Recolha Selectiva de RSU no Algarve», «Valorizamos hoje o Ambiente de amanhã», etc.
Todas estas atividades são gratuitas e de fácil acesso através do site da ALGAR (www.algar.com.pt), basta preencher e enviar a ficha de inscrição que faz parte do referido Guia, para calendarização das atividades em que se pretende participar.
25/10 – Descobrir ideias milionárias, é provavelmente o sonho de qualquer um de nós. Ideias que podem render milhões, são a essência das lendas de sucesso empresarial que todos gostaríamos de ter. Normalmente nós lemos sobre este assunto num contexto em que um empreendedor decidiu seguir a sua paixão, ou de alguém que foi fundador e/ou precursor de uma determinada indústria.
No entanto, na maior parte das vezes, não é neste contexto que surgem as ideias que podem gerar milhões de lucro. Baseado em entrevistas feitas por Roberrt Jordan, a 45 fundadores de empresas, cada um dos quais começou, desenvolveu e vendeu a sua empresa por 100 milhões de dólares e nalguns casos bastante mais.
Aqui ficam alguns dos ensinamentos que os ajudaram a ter ideias com as quais conseguiram ter 100 milhões de dólares de lucro. Afinal quem sabe se não poderemos ser os próximos…
Preencher uma necessidade e não uma paixão. Descubrir o que ninguém faz, ou fornece, e comece a fazê-lo! Identificar o maior problema dos seus consumidores. Pôr as mãos a trabalhar, não usar apenas a cabeça. Vender a ideia. Procurar ajuda para o desenvolvimento da ideia.
No entanto, não é tudo um mar de rosas, e há que ter em atenção que a grande maioria dos empreendedores que obtiveram ideias milionárias falharam em algum momento. E nalguns casos esses falhanços foram de uma forma espectacular, antes de conseguirem encontrar a sua ideia milionária. Em resultado disso, aprenderam algumas lições valiosas, como a humildade e o desejo de se suplantarem. A maioria deles acha que se não fossem os seus erros e a forma como lidaram com eles nunca teriam tido o sucesso que alcançaram. (in http://www.criseedinheiro.com)
26/10 – Saber o que precisa para iniciar um negócio, seja ele qual for, pode ser um excelente desafio motivacional que nos leva a superar todas as expectativas, ou pode por outro lado ser um momento de extrema angústia e aumentar ainda mais o ritmo de stress.
Numa altura de crise, onde faltam oportunidades de emprego por conta de outrem, cada vez mais as pessoas equacionam em abrir os seus negócios próprios, ou microempresas, e recorrem a várias opções de financiamento, como também já falei aqui num artigo recente no blogue sobre o micro crédito.
Se é um dos muitos milhares de indivíduos que desejam começar a fazer o seu caminho na criação do seu próprio emprego, deve também ter em mente que as estatísticas demonstram que cerca de 95% dos negócios iniciados numa base de “trabalhar a partir de casa” não conseguem sobreviver aos primeiros 3 anos de actividade. Ou seja, se pensa em criar um negócio próprio, há algumas coisas que deve considerar antes de se aventurar no desconhecido. (http://www.criseedinheiro.com)
27/10 – Capacidade de Autonomia de decisão
Se vai começar um negócio próprio, é preciso ter em conta que a partir de agora não irá depender do seu chefe para a tomada de decisão. Desde as mais pequenas coisas como a escolha de uma caneta para escrever, ao papel para impressora, tudo é decisão sua. Por isso certifique-se de que é capaz de tomar decisões de forma autónoma, e que se sente bem com isso. Pode sempre pedir opiniões sobre um de terminado assunto, mas lembre-se sempre de que a palavra final deve ser sempre sua e de acordo com a sua sensibilidade para os assuntos em questão. Certifique-se de que está apto a tomar decisões e a saber arcar com as consequências dos seus actos. A partir deste momento não existe mais ninguém para culpar quando as coisas correrem mal. (http://www.criseedinheiro.com) A esta capacidade dá-se o nome de “capacidade de autonomia de decisão”, fundamental quando queremos abraçar um projecto pessoal.
28/10 – Poupar com sucesso não é difícil, é apenas uma questão de hábito! A poupança só é eficaz se soubermos fazê-la de forma correcta. Por outro lado, quando se fala em poupar, existe um problema de maior ou menor gravidade e que depende muito de nós próprios.
Já ouviu falar do princípio da inércia humana? Bem basicamente o princípio da inércia humana, diz que nós tendemos a repetir o que sempre fizemos e evitamos fazer coisas novas, que saem da nossa chamada “zona de conforto”. Isto quer dizer que de princípio esta teoria pode jogar contra nós. Se não estamos habituados a poupar diariamente, pode ser difícil começar. Mas depois do arranque da poupança, e depois de este hábito já ser um dado adquirido, então o princípio da inércia irá seguramente jogar a nosso favor, já que estaremos a fazer algo que é habitual. Logo já teremos quebrado a nossa própria “resistência interna”. (http://www.criseedinheiro.com) Comece já hoje a poupar!
31/10 - O que podemos fazer para sobreviver à crise? Vamos então por partes: 1 – Mudar de Hábitos - Uma das primeiras implicações que a crise nos obriga é a mudar os nossos hábitos de consumo, e a pensar duas, três e até quatro vezes, antes de gastarmos dinheiro. 2 – Ter consciência das dificuldades - As dificuldades trazidas pela crise, sentem-se cada vez mais, e o seu reflexo é sentido de perto pela nossa conta bancária. Assim, é preferível estar atento e ter sempre debaixo de olho as pequenas despesas, já que sem darmos por isso acabamos por gastar mais do que gostaríamos. 3 – Apertar o cinto - o (des)governo conduziu-nos a “emagrecer” as nossas poupanças e o dinheiro disponível, com as consequências directas no número que temos de vestuário. Afinal a expressão de “apertar o cinto” começa a ser visível não em sentido figurado, mas nos buracos do cinto que utilizamos para prender as calças na cintura.4 – Manter o espírito optimista - Bem, aqui a única coisa que nos resta fazer é mesmo manter o espírito aberto, e acreditar que as mudanças vão ocorrer. Apesar de não sabermos quando, e de sentirmos que “a coisa está negra”, como por hábito somos um povo de brandos costumes, vamos mantendo a esperança de que esta crise não poderá (sobre)viver para sempre. (http://www.criseedinheiro.com) Cada um tem de fazer a sua parte e chamar a si a responsabilidade de estabelecer prioridades e apelar ao bom senso e justiça para todos.

domingo, 13 de novembro de 2011

Estrasburgo diz não à Contracepção forçada

De acordo com a Corte Européia de Direitos Humanos é contra a liberdade e a dignidade humana


ESTRASBURGO, sexta-feira, 11 de novembro de 2011 (ZENIT.org) - A Corte Européia de Direitos Humanos (CEDH) pronunciou na terça-feira a sentença sobre as esterilizações forçadas de mulheres Rom na Eslováquia (VC c.Eslováquia, n. 18968/07).


Segundo o relato do Centro Europeu para lei e justiça (ECLJ), o tribunal europeu encontrou entre outros uma violação dos artigos 3 e 8 da Convenção européia, que diz respeito à proibição de tratamentos desumanos e degradantes e o direito ao respeito pela vida privada e familiar.


Segundo a Corte, "a esterilização consiste em uma interferência significativa no estado da saúde reprodutiva de uma pessoa. Uma vez que se refere a uma das funções essenciais do corpo do ser humano, recaem sobre muitos aspectos da integridade pessoal do indivíduo, inclusive o bem-estar físico e mental dele ou dela e a vida emotiva, espiritual e familiar".


"A Corte revela - prossegue o texto da sentença - que o procedimento de esterilização interferiu pesadamente na integridade física da recorrente enquanto esta é privada, em determinado modo, de sua função reprodutiva. No momento da esterilização a recorrente havia vinte anos, portanto na fase inicial de sua vida reprodutiva".


Como recorda o ECLJ, se trata do primeiro de uma série de recursos apresentados junto à Corte Européia por diversas mulheres de origem étnica romanichéis que foram esterilizadas em hospitais públicos desde 1999 na Eslováquia, ou seja, depois da queda do regime comunista.


Uma mulher esterilizada em 2000 durante o parto de seu segundo filho no Hospital Público de Prešov, afirmava ter assinado um documento de autorização sem entender do que se tratava e ignorando ainda a natureza e as consequências da intervenção. Segunda a denúncia, a pertença da mulher à etnia Rom teria sido um fator decisivo na proposta de uma esterilização.


Mesmo a ECLJ acolhendo a proposta em favor à sentença, contudo não compartilha a fundamentação da Corte, porque apresenta algumas falhas e abre as portas para possíveis desvios.


Como explica a ONG, os juízes europeus erram quando consideram a esterilização contraceptiva um procedimento médico. "Existe uma diferença enorme entre a esterilização como método contraceptivo e a esterilização com fins terapêuticos", destaca o Centro dirigido por Grégor Puppinick. A sentença sugere de fato que é possível “prejudicar a integridade física sem nenhum propósito médico ou terapêutico".


É também equivocada a opinião da Corte, de que o prévio consentimento informado é suficiente para eliminar o caráter desumano ou degradante de determinadas ações. “É um erro avaliar a legitimidade de uma ação do ponto de vista subjetivo, ou seja, o simples consentimento da pessoa pela ação” observou o ECLJ.


Além disso, para a ECLJ a sentença de Estrasburgo sugere erroneamente que a liberdade humana prevalece sobre a dignidade humana. Ainda que a Corte considere o princípio da dignidade humana equivalente ao princípio da liberdade humana, de fato não é assim. Para os juízes, o mero consentimento elimina a proibição absoluta dos tratamentos desumanos e degradantes sancionado pelo artigo 3 da Convenção européia.


Na sua reação, a ECLJ expressou também pesar pelo fato dos juízes não terem solicitado examinar separadamente os recursos nos termos do artigo 12 da Convenção, o qual garante o direito de contrair matrimônio e formar família. Como recorda a ONG, os mesmo juízes que reconheceram que a interevenção interferiu "fortemente" na capacidade da jovem mulher de procriar.


Para a ONG, com a respectiva sentença, a Corte "perdeu" uma oportunidade de condenar, de uma vez por todas, explicitamente as práticas eugênicas, que depois da Segunda Guerra Mundial sucederam nos programas de controle de natalidade.


Entretanto - conclui a ECLJ - os juízes de Estrasburgo podem ainda remediar, quando em breve se pronunciarem em casos semelhantes.


sábado, 12 de novembro de 2011

Textos Rádio Costa D'Oiro da primeira quinzena de Novembro


Textos “Algarve Pela Vida”
De 01 a 14 de Novembro de 2011

Dia 01 de Novembro – Terça-feira

Recordo o cheiro dos lençóis lavados, a guerra para lavar os dentes, histórias contadas antes de adormecer. O desejo de chegar a casa, o aconchego e, depois, outra vez a vontade de sair.
Corria para a minha mãe quando caía e me magoava. Não para o meu pai, porque seria preciso dar muitas explicações e ouvir de novo o racional "Eu já te tinha avisado...".
Um prato especial nos dias de festa. Birras. É preciso vestir aquela roupa nova. É a tua vez de lavar a louça.
Depois do jantar fazíamos jogos e entretínhamo-nos uns com os outros. Por vezes, quando era Verão, saíamos a passear e apanhávamos pirilampos.
A chuva lá fora, o calor dentro de casa. Um livro. Um amigo que vem lanchar. Um ralhete porque desta vez passámos dos limites e as calças vêm cheias de lama. Acordar com um beijo. Adormecer com uma oração.
Natal. Os primos. Visitas a casa dos avós. Brincadeiras. É tão bom ser pequenino...
Coisas pequenas. Diárias. Vulgares. Mas enormes, únicas, cheias de magia.
Ao crescer, descobri que para se ter os lençóis lavados e passados a ferro é preciso frequentemente deitar-se mais tarde e dormir menos.
Vim assim a saber que o cimento da família é aquilo que se faz pelos outros, deixando de fazer aquilo de que se gosta, para os ver felizes, para os construir, para os ajudar a chegar a onde devem chegar.
Aquelas pequenas coisas da minha infância foram grandes, afinal, porque eram feitas de um amor sacrificado e escondido. Esse amor toca naquilo que é pequeno e engrandece-o. Desenha flores no pó do quotidiano. Só ele permanece.
Texto de Paulo Geraldo, professor.

Dia 02 de Novembro – Quarta-feira

O psicólogo John Money, falecido em 2006 é considerado o "pai" da teoria da chamada "identidade de género" e que afirma que os géneros feminino e masculino são apenas culturais e não características inatas do ser humano.
Para defender a sua teoria, Money conduziu durante anos várias experiências com os gémeos Bruce e Brian, dois rapazes norte-americanos.
Bruce fora acidentalmente castrado aos oito meses, e em consequência, Money sugeriu aos pais que a criança recebesse uma intervenção cirúrgica, hormonas femininas e uma educação com perfil feminino.
E assim Bruce tornou-se "Brenda". Na sua adolescência, porém, "Brenda" sentia-se rapaz pelo que os seus pais decidiram revelar a verdade aos seus dois filhos. "Brenda" insistiu, então, em voltar a ser rapaz. Perturbados com a descoberta, ambos os irmãos acabaram por sofrer sérios problemas psicológicos que em 2002 e 2004 os levaram ao suicídio .





Dia 03 de Novembro – Quinta-feira

Um estudo realizado pela Deco/Proteste, junto de candidatos e de pessoas que conseguiram adoptar uma criança, concluiu que o processo em Portugal, além de burocrático demora em média três anos e 12% dos inquiridos aguardaram mesmo mais de cinco anos.
Aguentar o tempo de espera e a falta de apoio psicológico durante esse tempo, são de resto as principais preocupações manifestadas pelos inquiridos”.
Por sua vez, o principal factor que pode levar a desistir é a idade da criança que, em média, pretendem crianças com idades até aos três anos, embora alguns aceitem ficar com crianças mais de cinco anos.
Segundo o último relatório do Ministério do Trabalho, no ano 2009, havia quase 10.000 crianças, sem pais, e internadas em instituições de acolhimento.
Para quando mudar este panorama?

Dia 04 de Novembro – Sexta-feira

Os governos impõem a educação sexual nas escolas
Sempre ouvi dizer, embora como eufemismo, que praticar sexo é fazer amor, mas então como se pode administrar boa educação sexual se não se explicar primeiramente aos alunos, em que consiste realmente o amor ?
No sei se o governo ou o ministério têm algumas directivas sobre o que é o amor. Mas se o sexo é a consequência do amor e o ministério não ensinar o que é amor mas apenas o que é o sexo, está a ensinar a consequência, sem ensinar o que lhe está na origem.
Então vai ensinar o quê?
Se ensinar os métodos contraceptivos, então estará a ensinar primeiros socorros ou farmacologia, mas não estão certamente a dar educação sexual e muito menos a falar sobre o que é o amor.

Dia 07 de Novembro – Segunda-feira

O divórcio "à la carte", na hora, o divórcio "simplex", radicado na ideia de que o importante é ser feliz a cada momento, os outros que tratem de si, criando a sensação que a felicidade está na infantilização dos adultos, nos Peter Pan eternos, lança diariamente para a pobreza mães e filhos. Na anterior lei, o divórcio só era obtido uma vez regularizada a situação dos filhos. Agora, com esta lei, os filhos não são entrave. Na hora, o homem sai de casa, deixa filhos e mulher, empregada ou desempregada, tendo ela sacrificado ou não a sua vida profissional à família que queria construir. Ele divorcia-se legalmente bastando invocar essa vontade. Ela e os filhos, para reaverem alguns direitos, têm de ir a tribunal. Resultado: os tribunais estão completamente assoberbados de processos sem solução à vista, os filhos ficam sem pai e sem meios. Foi a lei mais brutalmente machista aprovada desde há muitos anos em Portugal por detrás de uma cortina de discursos de modernidade, de igualdade de género e de felicidades descartáveis ao virar de cada esquina.
A ausência de ética e de responsabilidade na sociedade, na família e em cada português eis o mote da crise actual que é, reconheça-se, uma crise sobretudo ética e de valores.




Dia 08 de Novembro – Terça-feira

Os principais motivos para os casais não desejarem ter mais filhos prendem-se com os entraves que as mulheres sentem em conseguir integrar o mercado de trabalho; com as dificuldades na conciliação família-trabalho; com os custos associados ao crescimento das crianças; e com as dificuldades relacionadas com a sua educação. Problemas de saúde, na gravidez, parto e cuidados infantis são também outros factores mencionados.
Em face deste quadro, o economista prof. João Duque defende a necessidade políticas urgentes de incentivo à natalidade e acrescenta mesmo que uma população envelhecida tem um perfil “menos empreendedor e menor propensão para o risco e para a inovação”. Por sua vez, Luís Campos e Cunha, ex-ministro das finanças vai mais longe e afirma que, parte do défice público “está relacionado com o envelhecimento” pelo que sugere aos reformados um papel mais activo nas empresas
Conciliar de forma harmoniosa o trabalho com a vida em família eis o grande desafio para todos nós.

Dia 09 de Novembro – Quarta-feira

Em cada uma das nossas casas, existem pequenos pormenores que, de forma quase subtil, podem contribuir de forma muito positiva, para garantir o reforço e consolidação dos laços familiares. Eis alguns:
- Evitar ser pessimista e enaltecer o positivo.
- Ser compreensivo e afectuoso, renunciando, se necessário, às próprias preferências pessoais.
-Saber escutar, de forma atenta e autêntica, se necessário, parando o que estamos a fazer.
- Evitar dar lições de moral. Melhor é dar exemplo e ser subtil na forma como se tenta passar as mensagens.
- Cumprimentar à entrada e saída de casa.
- Estar atento às pequenas tarefas coisas da casa, tais como arranjos, limpezas e arrumações.
- Arranjar tempo para estar com as pessoas da família, de preferência, uma a uma, a sós.
- Nas refeições, agradecer e elogiar o cozinhado. Ser agradecido.
E, por fim,
- Ter habitual e periodicamente um pormenor de atenção para quem vive connosco, por exemplo, através da compra de uma pequena prenda ou comida que seja do seu agrado

Dia 10 de Novembro – Quinta-feira

Afirma a psicóloga Maria Góis que da sua experiência “sem excepção, todas as mães que, por terem sido ajudadas, decidiram não interromper a gravidez, chegaram ao final da mesma com um estado de espírito completamente diferente daquele que tinham no início. Talvez a palavra que melhor caracterize este sentimento seja satisfação.
Estas mães, por muitos problemas pessoais, sociais ou económicos que tivessem, acolheram os seus filhos com grande satisfação. Por os terem tido, mas, acima de tudo, o sentimento lactente era o de, afinal, não ter sido necessário interromper o desenvolvimento da vida de cada um deles!
É esta a principal mensagem que esta psicóloga gostaria de passar:
É possível, quando confrontados com uma mãe que quer abortar, fazermos um caminho com ela.
Um caminho que exige disponibilidade, entrega, confiança, eficácia na condução e resolução dos problemas e, acima de tudo, uma grande capacidade de gerir as prioridades, ou seja, garantir o bem-estar da mãe e do filho.




Dia 11 de Novembro – Sexta-feira

Quem paga as reformas de uma geração é a geração seguinte.
As pessoas devem receber uma reforma proporcional à contribuição que deram à constituição da geração seguinte.
Há duas formas de contribuir para a sustentabilidade da segurança social:
a) ou tendo mais filhos
b) ou sofrendo a aplicação do "factor de sustentabilidade da segurança social".
Não é justo que dois casais com o mesmo rendimento, o casal A (com 3 filhos) e o casal B (com zero filhos), tenham o mesmo rendimento na reforma. O casal A passa pela vida com mais dificuldades criando os filhos que depois vão pagar a reforma ao casal B, sendo que o casal B usou o dinheiro que não gastou com filhos a investir, a viajar, a comprar bens importados agravando os problemas do país, a aforrar, a investir em PPR e outros benefícios fiscais.
Quem não teve filhos pode aforrar mais e por isso ter uma pensão menor. E quando esta medida de elementar justiça for tomada Portugal deixará muito rapidamente de ter a 3ª menor taxa de natalidade da Europa.

Dia 14 de Novembro – Segunda-feira

O que é a teoria da anomia?
Este termo foi cunhado por Émile Durkheim em seu livro “O Suicídio”
A anomia é um estado de falta de objectivos e perda de identidade, provocado pelas intensas transformações ocorrentes no mundo social moderno.
A partir do surgimento do Capitalismo como forma de explicar o mundo, há um brusco rompimento com valores tradicionais, fortemente ligados à concepção religiosa.
A Modernidade, com os seus intensos processos de mudança, não fornece novos valores que preencham os anteriores valores demolidos, ocasionando uma espécie de vazio de significado no quotidiano de muitos indivíduos. Há um sentimento de se "estar à deriva,"
Por sua vez, Robert Merton, em 1949 no seu livro “Estrutura Social e Anomia”
associa a anomia à prática de certos crimes e comportamentos anti-sociais (alcoolismo e toxicodependência).

sábado, 5 de novembro de 2011

Silenciosamente

Entre défices e dívidas, pouco se fala do que será, porventura, o maior défice que germina lentamente: o de natalidade. Dele resultará um dos maiores problemas que legaremos aos vindouros: a insustentabilidade do actual modelo social público. Pelo menos, com razoabilidade de custos e equidade.


Entre défices e dívidas, pouco se fala do que será, porventura, o maior défice que germina lentamente: o de natalidade. Dele resultará um dos maiores problemas que legaremos aos vindouros: a insustentabilidade do actual modelo social público. Pelo menos, com razoabilidade de custos e equidade.Foram agora conhecidos números que, em condições desejáveis, teriam levantado reflexões e propostas. Refiro-me aos dados mundiais sobre a taxa de fecundidade da mulher. Portugal ocupa a penúltima posição: 1,3 filhos por mulher. Em todo o mundo, pior só a Bósnia! Um valor igual a 62% do necessário para o equilíbrio geracional (2,1 filhos). Um índice que, há 40 anos, chegava aos 3 filhos. Esta vertigem só tem sido atenuada pela notável evolução da mortalidade infantil que não chega agora às 3 crianças por mil (no 1º ano de vida), quando há 40 anos atingia 55 nado-vivos!Se ao défice de natalidade (nascem 100.000 crianças quando precisaríamos, no mínimo, de 160.000), juntarmos o progresso assinalável da esperança de vida, constatamos o rápido envelhecimento da população: em 1970 havia 34 pessoas com mais de 65 anos de idade por cada 100 crianças e jovens. Agora aproximamo-nos de 120 velhos por cada 100 crianças! As escolas fecham e os lares não chegam O Estado Social só sobreviverá com uma primavera demográfica. Reduzir abonos, agravar custos de saúde infantil, eliminar deduções fiscais de educação é um sinal errado. Há países com uma boa evolução em resultado de políticas públicas de apoio à natalidade: a Holanda e os países nórdicos, além da Irlanda que é o único país da UE que repõe as gerações. Nós por cá andamos mais entretidos com a espuma do dia e a promoção de políticas anti-natalistas. Entretanto, a ameaça avança. Silenciosamente .


02 Novembro 2011

BagãoFélix - Economista e ex-ministro das Finanças em governo PSD/CDS

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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Reino Unido Restringe Lei do Aborto I





Abortion rules to be tightened in biggest shake-up for a generation




The Department of Health is to announce plans for a new system of independent counselling for women before they finally commit to terminating a pregnancy. The move is designed to give women more “breathing space”.




Pro-life campaigners suggest the change could result in up to 60,000 fewer abortions each year in Britain. Last year, 202,400 were carried out.



The plan would introduce a mandatory obligation on abortion clinics to offer women access to independent counselling, to be run on separate premises by a group which does not itself carry out abortions.



Critics of abortion clinics claim that the counselling they offer is biased because they are run as businesses — a claim denied by the clinics.



But abortion charities said they feared the proposals would prolong the period before an abortion took place, and that the motive was simply to reduce the number of terminations and was not in the best interests of women.










O Ministério da Saúde pretende anunciar um plano para um novo sistema deaconselhamento prévio das mulheres que pretendem abortar. As mudanças visamdar às mulheres mais "espaço para respirar".




O plano deverá introduzir a exigência de um aconselhamento por entidadeindependente [das clínicas de aborto], realizado em instalações diferentes epor uma equipa que não realiza abortos. Os críticos das clínicas abortistasdefendem que o "aconselhamento" realizado por estas está enviesado na medidaem que estas são geridas como qualquer negócio privado [...].